quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Energia

Jornal da Energia, 31/08/11
Associação eólica mundial projeta novos 25GW eólicos até o fim do ano Valor é 17,6% maior que o do segundo semestre de 2010; até junho deste ano, foram 18,4GW instalados no mundo
Por Paulo Silva Junior
A Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA) estima que a capacidade global instalada chegará aos 240,5GW até o final deste ano, com o acréscimo de 25G,5GW projetados somente para o segundo semestre. Os dados constam do balanço periódico da WWEA, divulgado nesta segunda-feira (29/08).O crescimento previsto para o período julho-dezembro de 2011 é, portanto, 17,6% maior do que o verificado na mesma época do ano anterior (21,6GW). Na comparação entre os primeiros semestres, o janeiro-junho deste ano também foi 15% melhor (18,4GW contra 16GW em 2010).O relatório destaca também que em 2011 a lista de países com geração eólica subiu de 83 para 86 com as instalações realizadas em Honduras, Venezuela e Etiópia. O documento ainda ressalta que alguns países introduziram "novas e ambiciosas" legislações para o segmento, como Equador, Japão, Malásia e Uganda.ExpansãoNo primeiro semestre deste ano, quem mais instalou parques eólicos foi a China, com novos 8GW que levaram a capacidade total do país para 52,8GW. O número é bastante parecido com o montante colocado em operação na primeira metade de 2010 (7,8GW). Se igualar a expansão total do ano passado, a matriz chinesa fechará 2011 com 63,7GW.Na sequência, os maiores crescimentos foram dos Estados Unidos (2,2GW) e da Índia (1,4GW), países que ocupam, respectivamente, a segunda e quinta posição por capacidade instalada, com 42,4GW e 14,5GW. Os terceiro e quarto lugares são da Alemanha (27,9GW) e Espanha (21,1GW). Os números levam em conta usinas concluídas até o fim de junho de 2011.3% da eletricidade globalSegundo estimativa da WWEA, com os 25,5GW que serão instalados até o final do ano, a capacidade mundial da energia eólica chegará aos 240,5GW, o que levará a fonte a uma participação de 3% em toda a demanda de energia elétrica do mundo."Apesar do desenvolvimento da energia eólica ao redor do mundo estar novamente acelerado, nós seguimos vendo taxas de crescimento relativamente moderadas comparadas com os últimos anos. De um lado, é muito animador ver os novos países chegando. Por outro, precisamos de mais apoio em níveis nacional e internacional", cobra o secretário geral da WWEA, Stefan Gsanger. O executivo afirma que o setor aguarda "especialmente" a conferência de mudança climática da ONU, que será realizada em Durban, na África do Sul como um possível aceno para um melhor cenário para a energia eólica nos países desenvolvidos. "Nos países industrializados, esperamos que o Japão possa ter um ativo e positivo papel na fonte eólica para que possa rapidamente integrar o grupo dos países líderes em eólicas", analisa.

Trabalho e Sindicalismo

Diap, 31/08/11Acordo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC é criticado por centrais
Os acordos salariais fechados nesta semana pelos metalúrgicos das montadoras do ABC, Taubaté e São Paulo, e na Renault do Paraná reintroduziram no país uma modalidade que foi testada no começo do novo século e não vingou - os reajustes salariais por períodos longos de tempo. Estimulados pela estabilidade de preços, em 2001, no ABC, montadoras e sindicato celebraram um acordo por dois anos, mas depois voltaram à prática da negociação anual. Longe do ABC, o acordo salarial fechado no domingo pelos metalúrgicos divide a opinião de outros sindicatos da categoria. O acerto que valerá até 2012 garante 5% de aumento real (metade este ano, metade no próximo), além de abono de R$ 2,5 mil. Para sindicalistas não filiados à CUT, a validade de dois anos não é vantajosa para o trabalhador, já que a conjuntura econômica pode mudar muito no longo prazo. Já o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) avalia o acordo prolongado como positivo em um cenário permeado de incertezas com a deterioração das economias internacionais.A divergência está principalmente no aumento real alcançado. Os sindicatos de metalúrgicos de São José dos Campos e Campinas não ficaram satisfeitos com os 5% e afirmam que vão exigir reajustes maiores em suas campanhas salariais. Bom acordoJá a Federação dos Metalúrgicos do estado de São Paulo, da Força Sindical, vê com bons olhos o acordo, que poderia trazer perspectivas de um reajuste igual aos cerca de 800 mil metalúrgicos representados pela entidade, que têm data-base em novembro. "Estamos falando de uma negociação que está no topo da cadeia. Usaremos esse acordo como exemplo", diz Marcos Mota, assessor político da federação.Ontem, o acordo do ABC foi superado pelo dos metalúrgicos da Renault, no Paraná, que concedeu aumentos reais de 2,5% este ano, mais 3% em 2012, e 3,5% em 2013, além da reposição da inflação e uma correção da estrutura de salários da empresa que pode conceder até mais 10% reais para os trabalhadores da primeira faixa salarial da montadora. Além desses percentuais reais, o acordo também prevê abonos salariais de R$ 5 mil todos os anos.Sobre a validade de dois anos do acordo fechado pelo ABC, Mota acredita que um acordo anual é mais interessante para o trabalhador em função de mudanças na conjuntura econômica, que, mesmo improváveis, podem acabar ocorrendo. Na opinião dos presidentes dos sindicatos da categoria em Campinas e em São José, o aumento atingido pelo ABC foi insuficiente. Rebaixado, diz sindicato de SJC"É um acordo rebaixado. Com a inflação alta do jeito que está, eles teriam que lutar por coisa maior", afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, Vivaldo Moreira Araújo. A campanha salarial do sindicato filiado ao Conlutas pede neste ano reajuste real robusto, de 9,8%, mais a previsão de INPC. Em 2010, o aumento acima da inflação para os 40 mil metalúrgicos da região foi de 4,5%. O sindicato da categoria em Campinas, integrante do Intersindical, exige aumento real de 8,25% aos 60 mil trabalhadores em sua base.Analistas consideraram o aumento conseguido pelos metalúrgicos do ABC, São Carlos e Taubaté robusto (o acordo da Renault foi divulgado posteriormente), o que pode ser tomado como base na negociação de outros setores importantes com data-base próxima.Para Fábio Romão, da LCA Consultores, o percentual é "importante" e sinaliza que a renda dos trabalhadores continuará em alta. Na avaliação do Dieese, o acordo foi positivo, o que não marca necessariamente um paradigma em todas as negociações que ainda vão ocorrer no ano, diz o coordenador de Relações Sindicais da entidade, José Silvestre Prado de Oliveira. "Mas é óbvio que ele terá efeito de sedução em outras categorias", diz. (Fonte: Valor Econômico)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Energia

Jornal da Energia, 24/08/11
Eletrobras: perdas em distribuição sobem 130% e chegam a R$592 mi no semestre
Das cinco concessionárias da estatal, apenas uma teve lucro, de R$4,7 milhões; subsidiária do Amazonas perdeu R$431,8 milhões no períodoPor Luciano CostaO lucro da holding Eletrobras avançou 2,3% no primeiro semestre deste ano, mas os negócios da estatal no setor de distribuição de energia continuam significando um "rombo" no balanço. Nos resultados divulgados ao mercado nesta terça-feira (23/8), a companhia contabiliza um prejuízo total de R$591,6 milhões em suas concessionárias de distribuição. Das cinco empresas, que atuam no Amazonas, Alagoas, Piauí, Rondônia e Roraima, apenas uma apresentou saldo positivo.As perdas no semestre ainda representam uma alta de 130% frente ao resultado do setor no ano passado, quando os prejuízos já haviam somado R$257,6 bilhões. O pior desempenho continua sendo o da Eletrobras Distribuição Amazonas, que amargou um resultado negativo de R$431,8 bilhões - mais do que o dobro do que os R$213,4 bilhões de 2010. Na subsidiária de Alagoas, os prejuízos cresceram de R$10,5 milhões para R$33,5 milhões, enquanto, na de Rondônia, as perdas foram de R$61,3 milhões para R$72 milhões.A distribuidora da Eletrobras em Roraima, que havia ficado no azul, com ganho de R$15 milhões na primeira metade de 2010, fechou o mesmo período deste ano com R$58,7 milhões em perdas. Mesmo a concessionária do Piauí, que lucrou R$4,7 milhões até o final de junho deste ano, teve um resultado pior, frente aos R$12,6 milhões positivos em 2010.Nesta segunda-feira (22), ainda antes da divulgação do balanço, o diretor de geração da Eletrobras, Valter Cardeal, negou notícias da imprensa de que a estatal estaria estudando e considerando a privatização de algumas das empresas de distribuição. O executivo afirmou que não havia fundamento nessa ideia e que, se a Eletrobras estivesse pensando em algo, seria "em comprar, e não vender" ativos.O diretor financeiro da Eletrobras, Armando Casado, afirmou nesta terça (23), em teleconferência com investidores e analistas, que o desempenho das distribuidoras "é um ponto de preocupação da companhia", mas também negou qualquer intenção de se desfazer dos negócios. "Não existe nada aqui dentro da empresa, essa modelagem, vamos dizer assim, sequer é estudada no momento". De acordo com o executivo, começam agora os desembolsos de um projeto apoiado pelo Bird para otimizar a gestão e o desempenho das concessionárias. "Temos um plano de ação, de combate às perdas, ajustes nos custos operacionais. Isso tem sido um foco de bastante preocupação. Vamos persistir agora com esse plano, conduzindo a companhia, procurando melhorar ela".Casado ainda disse que a Eletrobras está alerta aos possíveis efeitos do terceiro ciclo de revisão tarifária sobre a arrecadação e os investimentos dessas empresas. "Estamos preocupados também. A gente sabe que tem que corrigir esses resultados aqui para não consumir tantos recursos como está se consumindo". O executivo também previu "para o final de setembro" o lançamento de um plano de negócios que trará metas para as empresas do grupo.* Matéria atualizada às 17h40 para acréscimo de informações.

Brasil Econômico

Aneel aprova reajuste de tarifas de cinco concessionárias
A Aneel aprovou nesta terça-feira (23/8) o reajuste das tarifas das concessionárias Energisa Paraíba, Força e Luz Coronel Vivida (Forcel), Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e Companhia Energética do Piauí (Cepisa). As novas tarifas entrarão em vigor no próximo domingo (28/8).Para os consumidores da Energisa Paraíba, o aumento será 8,06% para baixa tensão (residências, comércio, etc) e 6,43% para alta tensão (indústrias). A empresa atende a 1,1 milhão de unidades consumidoras em 216 municípios da Paraíba.As 6,3 mil unidades consumidoras do município de Coronel Vivida (PR) atendidas pela Forcel terão reajuste de 7,43% para as residências e de 6,84% para as indústrias.O reajuste tarifário anual da concessionária Ceal vai resultar em aumento de 1,93% para os consumidores de baixa tensão e um reajuste negativo de -0,43% para as indústrias. A empresa atende a 898.014 unidades consumidoras, localizadas em 102 municípios de Alagoas.Para a concessionária Cemar, que atende a 1,7 milhão de unidades consumidoras em 217 municípios do Maranhão, o aumento será 7,53% para as residências e 6,05% para as indústrias.Já os 974.284 consumidores do estado do Piauí atendidos pela Cepisa terão aumento de 12,82% para baixa tensão e de 10,08% para alta tensão.De acordo com a Aneel, os índices de reajuste são calculados levando com conta a variação de custos que a empresa teve no período. A fórmula inclui custos de distribuição, sobre os quais incide o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e o Fator X, que é calculado com base na produtividade das concessionárias e determina a redução que deve ser aplicada no cálculo do reajuste da tarifa.A Aneel também decidiu hoje manter as tarifas atuais da Elektro Eletricidade e Serviços até a publicação da metodologia definitiva do terceiro ciclo de revisões tarifárias. A Elektro atende a 1,95 milhão de unidades consumidoras em 223 municípios do estado de São Paulo e cinco de Mato Grosso do Sul.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Energia

Canal Energia
Furnas tem novos dirigentes após reestruturação da diretoria
Conselho de Administração da companhia aprovou a criação da diretoria de Planejamento, Gestão de Negócios e Participações
Da Agência CanalEnergia, Recursos Humanos 22/08/2011

O Conselho de Administração de Furnas aprovou nesta segunda-feira, 22 de agosto, a nova composição de diretores e redistribuição das áreas executivas da empresa. Foi aprovada ainda a criação da diretoria de Planejamento, Gestão de Negócios e Participações, que ficará sob responsabilidade de Olga Simbalista, mestre em engenharia nuclear e ex-coordenadora de planejamento da Eletrobras. A área será responsável pelas atividades de planejamento estratégico e empresarial, gestão de negócios corporativos, de empreendimentos e de prestação de serviços. A diretoria vai acompanhar os novos negócios e as parcerias de Furnas com outras empresas, além da comercialização de energia elétrica, estudos de mercado, pesquisas e desenvolvimento tecnológico.As diretorias de Engenharia e Construção foram reunidas em uma única instância, denominada Diretoria de Expansão, com o objetivo de otimizar o desempenho das áreas de engenharia e construção dos empreendimentos corporativos. Márcio Abreu, engenheiro eletricista com 40 anos de experiência e ex-diretor técnico executivo de Itaipu Binacional, será responsável pela área.Nilmar Foletto responderá pela diretoria de Finanças. O executivo é mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas e funcionário de carreira de Furnas até 2001, tendo ocupado cargos de chefe de divisão de planejamento financeiro, chefe de departamento e assistente da diretoria financeira.A diretoria de Operação mantém suas atribuições nas atividades de operação, apoio técnico, manutenção das instalações de produção e transmissão de energia e de telecomunicações, focando cada vez mais em qualidade e confiabilidade. Cesar Ribeiro Zani continua à frente das atividades. A diretoria de Gestão Corporativa segue responsável pela infraestrutura corporativa, incluindo a cadeia de suprimento de materiais e serviços, espaços físicos e instalações, organização e tecnologia da informação, gestão do conhecimento e de pessoas, focando suas atividades em qualidade e menor custo. O diretor continua sendo Luis Fernando Paroli Santos."As mudanças têm por objetico adequar a estrutura da empresa ao modelo de negócios que vem sendo praticado no setor elétrico, otimizar o desempenho da gestão societária das participações de Furnas, direcionar a macro estrutura da empresas para o seu melhor dimensionamento e prepará-la para os novos desafios", declarou Flavio Decat, que segue à frente da presidência da companhia.

Canal Energia

Concessões: Dilma terá novidades sobre renovação em breve, afirma ministra do Planejamento
Setor elétrico vem pressionando o governo por um posicionamento oficial
Matheus Gagliano, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Regulação e Política 22/08/2011
A presidenta Dilma Rousseff terá uma solução para questão da renovação das concessões em breve, garantiu a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, em entrevista após participar de evento nesta segunda-feira, 22 de agosto, em São Paulo. "O governo está trabalhando e em breve a presidenta Dilma deve trazer novidades sobre o assunto", afirmou.Miriam é a segunda autoridade do governo federal a dizer que uma decisão do governo deve ser tomada nos próximos meses. Semana passada, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmara que a posição do governo deveria sair nos próximos dois meses. O setor elétrico vem pressionando o governo federal para se posicionar logo sobre a questão para que possa se preparar para o processo seja de licitação ou de prorrogação das concessões dos ativos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Energia

Jornal da Energia, 20/08/11
Com parceria, Furnas vende 85MW eólicos no leilão de reserva
Quatro parques serão construídos no Nordeste, em investimento de R$300 mi
Da redação
A parceria entre Furnas (49%) e o consórcio Famosa (51%), formado pelo Grupo BMG e a Ventos Tecnologia, sai do leilão de reserva desta quinta-feira (18/08) com a venda de energia assegurada para quatro parques eólicos, dois no Rio Grande do Norte e dois no Ceará. Somadas, as plantas têm capacidade de 85MW.O investimento total para os quatro empreendimentos será de R$300 milhões. No RN, o parque Famosa I demandará R$80 milhões, enquanto o Rosada custará R$105 mi. No CE, a eólica Pau Brasil está orçada em R$52 milhões, enquanto a São Paulo renderá desembolsos de R$62 milhões.Furnas já está construindo os parques Rei dos Ventos I e III, em Galinhos-RN, e Miassab III, em Macau-RN, também em parceria, estas realizadas para o leilão de reserva em dezembro de 2009.

Jornal da Energia

Light diz à CVM que não há negociações por Belo MonteCompanhia nega boatos de que entraria no grupo que vai construir a megausina no rio Xingu
Da redação
A Light enviou correspondência à Comisssão de Valores Mobiliários (CVM) para negar notícias que saíram na imprensa de que teria acertado a entrada na Norte Energia, companhia responsável pela construção e futura operação da hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW), que está sendo construída no rio Xingu, no Pará. De acordo com o documento, "não existe, até o momento, qualquer negociação em curso entre a companhia e os atuais sócios da Norte Energia".Nesta semana, o presidente da Light, Jerson Kelman, já havia dito à imprensa, durante evento em São Paulo, que a participação na megausina do Xingu nunca havia sido discutida dentro da companhia.