terça-feira, 29 de novembro de 2011

Energia

Jornal da Energia, 29/11/11
Trabalhadores de Belo Monte fecham trecho da Transamazônica
Obras no canteiro principal da usina estão paradas; consórcio diz que cronograma está adiantado
Da redação, com informações da Agência Brasil
Cerca de 100 trabalhadores que atuam na construção da hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo implantada no rio Xingu, Pará, interditaram a Rodovia Transamazônica nesta segunda-feira (28/11), no quilômetro 55, próximo à cidade de Altamira. O consórcio construtor da obra informou que um caminhão está bloqueando a estrada.Neste momento, há dois policiais rodoviários federais negociando a abertura da via. Nos três demais três canteiros da usina, as obras continuam. A empresa diz que suspendeu os trabalhos no sítio Belo Monte até o resultado de uma reunião com os trabalhadores por questões de segurança.Entre os pontos discutidos entre representantes dos operários e da empresa estão a ampliação do recesso de fim de ano e do tempo de baixada – período em que a empresa libera os trabalhadores oriundos de outras localidades, para visitarem suas famílias –, além de aumentos salariais.Segundo o consórcio construtor, a data-base para os aumentos salariais é novembro e, portanto, tudo ainda estaria dentro do prazo acertado. O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada e Afins do Pará (Sintrapav-PA) informou à que só se manifestará após a conclusão das reuniões.Os dias parados, segundo o consórcio, não causarão atraso nas obras porque o cronograma está adiantado.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Energia

Jornal da Energia, 25/11/11
Em meio a negociações pela EDP, Eletrobras vai a Portugal
Cemig, E.On e chinesa também estão na disputa por fatia na elétrica
Da redação
Uma comitiva formada por executivos da área de negócios no exterior da Eletrobras embarca para Portugal com retorno marcado para dezembro. A viagem, autorizada por despacho no Diário Oficial da União, é apontada como "para participar de reuniões sobre o setor elétrico".Apesar da descrição genérica, a ida da equipe internacional coincide com as negociações que a estatal trava para comprar até 21,35% da EDP Portugal.Além da empresa, a mineira Cemig, a alemã E.On e a chinesa Three Gorges também disputam os ativos da elétrica portuguesa. Os papéis pertencem ao governo do país, que, em meio à crise, pretende fazer caixa com a venda.Os nomes escalados para a viagem são os do analista Victor Magalhães e do superintendente de operações internacionais, Sinval Gama. O Jornal da Energia tentou contato com a Eletrobras para obter mais detalhes sobre a excursão, mas não obteve resposta até o momento.Além desses executivos, a Eletrobras enviará, para a Guiana Francesa, o gerente do departamento de prospecção de novos negócios no exterior, Pedro Jatobá, e o coordenador da área internacional em Brasília, Marcos Barbosa de Oliveira; os dois tratarão, também tratarão de "reuniões sobre o setor elétrico".

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Energia

Canal Energia
Norte Energia disponibiliza vídeos com informações sobre Belo Monte
Três vídeos falam sobre o projetos da usina, a tecnologia utilizada e sua participação para o desenvolvimento sustentável do país
Da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente
A Norte Energia está divulgando vídeos com informações sobre a hidrelétrica de Belo Monte (PA, 11.233 MW) e sua participação para o desenvolvimento sustentável do Brasil. No primeiro vídeo constam dados como a necessidade de aumento em 60% da capacidade energética instalada brasileira nos proximos dez anos e o posicionamento do Brasil como um país de matriz limpa.Segundo a Norte Energia, um inforgráfico mostra as alterações no projeto da usina, com a redução da área alagada, inicialmente de 1.225 km², para 503 km². Esta mudança, ainda de acordo com a empresa, permitiu que nenhuma terra indígena fosse alagada pelo reservatório e nenhum índio precisasse ser removido de suas terras.Um outro vídeo, intitulado A Usina e as Casas de Força, mostra como ficará a usina quando concluída e a tecnologia aplicada no projeto. O fato de utilizar o modelo a fio d'água, por exemplo, contribuiu para diminuir a área alagada. O declive natural entre o reservatório principal e a casa de força principal também garantem a geração necessária para abastecer o país e confirmar a viabilidade da usina. No último vídeo, chamado A Obra, a Norte Energia apresenta o trabalho de levantar canteiros de obras para este grande empreendimento e detalhes da montagem das casas de forças que formam a usina.Para ver os vídeos, clique http://www.blogbelomonte.com.br/2011/11/22/para-quem-quer-saber-mais-sobre-belo-monte/

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Energia

Jornal da Energia, 23/11/11
PAC 2: investimentos para o setor elétrico chegam a R$ 16,1 bilhões
Em 2011, programa ajudou a colocar em obras 44 usinas que somam 15,4GW
Por Ivonete Dainese
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, apresentou nesta terça-feira (22/11) o balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A execução global do PAC até setembro desse ano era de R$ 143, 6 bilhões, ou seja, 15% do previsto para o período de 2011 a 2014. O salto, se comparado ao primeiro balanço em junho desse ano (R$ 86,4 milhões), foi de 66%.Para os setores de geração, transmissão, petróleo, gás e combustíveis renováveis, entre estatais e o setor privado, incluídos no setor de infraestrutura, o aumento nos desembolsos foi de 83% entre julho e setembro, totalizando R$ 59,5 milhões. Nesses setores, já foram concluídas 11,3% das ações previstas até 2014, com aportes que somaram R$80,2 bilhões entre janeiro e setembro.Em energia elétrica, os investimentos chegam a R$ 16,1 bilhões. O PAC já ajudou a viabilizar 2.532MW em usinas para geração de energia, 882 quilômetros de linhas de transmissão e três subestações. Os 2,5GW de usinas são provenientes de quinze empreendimentos em operação, sendo quatro hidrelétricas (1.473 MW), onze termelétricas (809 MW), nove eólicas (216 MW) e duas pequenas centrais hidrelétricas (35 MW).Ainda no setor elétrico, em 2011, foram iniciadas as obras de 44 usinas que deverão totalizar 15.419 MW. São seis hidrelétricas, que juntas vão somar 14.156 MW. Os destaques são Belo Monte (11.233 MW), com 1,2% de obras realizadas; Teles Pires (1.820 MW), iniciada em 22 de agosto; Santo Antônio do Jari (373,4 MW), 3% pronta; Colíder (300MW), com, 20% da obra realizada; e Ferreira Gomes (252MW), 14% concluída.Também foram iniciados os trabalhos para erguer cinco termelétricas, com 502 MW; 28 parques eólicos, somando 676 MW; e, finalmente, cinco pequenas centrais hidrelétricas, com 86 MW.Já os 882 quilômetros de linhas de transmissão estão distribuídas entre a LT Nova Mutun- Sorriso-Sinop, LT Parecis- Brasnorte; LT Juina- Brasnorte; LT Barra dos Coqueiros- Quirinopólis; e LT Chapadão- Ilha Solteira C1,C2 e C3.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Trabalho e Sindicalismo

Agência Brasil, 22/11/11
Governo anuncia novo salário mínimo de R$ 622,73
Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo anunciou ao Congresso Nacional a elevação do valor do salário mínimo para R$ 622,73 a partir de 1º de janeiro de 2012. A previsão era R$ 619,21, com a revisão aumentou R$ 3,52. O reajuste consta da atualização dos parâmetros econômicos utilizados na proposta orçamentária de 2012. O anúncio foi enviado em ofício do Ministério do Planejamento.O projeto orçamentário encaminhado ao Congresso, em agosto passado, foi feito com previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 5,7%. Com a atualização que elevou a inflação para 6,3%, também haverá a elevação do reajuste do salário mínimo, que era 13,62% para 14,26% em relação ao atual valor que é R$ 545,00.A política de recuperação do salário mínimo prevê reajuste com base na inflação de 2011 mais a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010, que foi de 7,5%. Com a projeção de aumento do INPC haverá também aumento nos benefícios assistenciais e previdenciários para os que recebem acima de um salário mínimo. A previsão de reajuste para esses casos subiu de 5,7% para 6,3%.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Energia

Folha de São Paulo, 21/11/11
Município de Altamira pede suspensão das obras de Belo Monte
A cidade de Altamira (PA), palco da maior obra do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), pediu à presidente Dilma Rousseff, ao Ibama e ao MPF (Ministério Público Federal) a suspensão das obras da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, informa Agnaldo Brito em reportagem publicada na Folha deste domingo. O maior município em extensão territorial do Brasil já começou a sentir os efeitos da migração em massa após o início da construção, há mais de quatro meses. Segundo a Secretaria de Planejamento de Altamira, apenas 30% das obras prometidas pela Norte Energia, responsável pelo projeto, foram atendidas. São construções e ampliações de salas de aula e posto de saúde, além de um novo hospital. As obras de saneamento, promessa feita quando da autorização para o início da obra, estão atrasadas. "O que me tranquiliza é que a Licença de Instalação [que autorizou o início da obra] não é definitiva. Sou favorável, sim, se não atenderem [as exigências], que a licença seja suspensa", disse a prefeita, Odileia Sampaio (PSDB).

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Jornal da Energia

Furnas terá eólicas no leilão A-5 e já fala em combinar a fonte com energia solarEstatal estuda geração híbrida em parques; usinas viabilizadas no certame A-3 de agosto usarão turbinas da alemã FuhrländerPor Natália Bezutti
Acompanhando as oportunidades que surgem das energias alternativas, a estatal Eletrobras Furnas confirmou que vai participar do leilão A-5 também com parques eólicos. Além disso, a empresa está avançando com estudos na área solar, enquanto aguarda a regulamentação sobre o tema, que está em estudo na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em 2009, no primeiro leilão eólico do Brasil, a estatal viabilizou três parques no Rio Grande do Norte, somando cerca de 150 MW. As usinas, que estão em fase inicial de construção, utilizam máquinas da francesa Alstom. No último leilão A-3, realizado em agosto deste ano, a empresa saiu vencedora com outros quatro parques, sendo dois no Ceará, e dois no Rio Grande do Norte, totalizando 98MW.
Nesse último certame, Furnas apostou na tecnologia para oferecer preço de R$ 99,70 por MWh - um deságio de 28% sobre o preço inicial. Um dos trunfos para reduzir o custo foi o uso de turbinas fabricadas pela alemã Fuhrländer. Segundo a estatal, as máquinas contam com alta potência, de 2,5 MW, e, com torres entreliçadas, chegam a 141 metros de altura – sendo as mais altas utilizadas no País. A eficiência dos equipamentos resultou na compra de 34 aerogeradores, enquanto, no leilão anterior, Furnas comprou 94 para atender parques de tamanhos relativamente semelhantes.
No leilão A-5, além dos parques eólicos, a estatal visa os empreendimentos hidrelétricos de São Manoel (700MW) e Sinop (400MW), ambos na bacia do rio Teles Pires. A engenheira da superintendência de novos negócios de Furnas, Cláudia Barros, afirma que a estatal também prevê a participação no A-3 de 2012.
“Na verdade a eólica não precisa disso (o tempo de viabilização do A-5, de cinco anos), o A-3 (três anos) atende. Mas é um leilão interessante, o governo está investindo bastante nessa parte de eólica e promovendo leilões todo ano, porque a demanda é grande, novas oportunidades surgindo. E ainda tem muitos projetos bons no mercado para serem viabilizados”, explica Cláudia.
A engenheira também adianta que Furnas vai apostar na energia solar e diz acreditar que a fonte em pouco tempo estará com sua regulamentação finalizada, tendo em vista o interesse dos mercados europeus. “É só conversar, porque a eólica começou tímida também. Agora (o governo) tem que aproveitar essa crise”.
Segundo Cláudia, Furnas estuda implantar futuramente em seus parques eólicos a complementação da energia solar, em projetos híbridos, tendo como meta manter um patamar de geração de energia “mais firme”, devido à inconstância do vento. “O ano de 2009 foi muito ruim para os parques eólicos, com medições muito baixas. Quem estava com parque muito ruim compensou em 2010 e 2011. Mas no Brasil a incidência solar é mais constante, inclusive com equipamentos que conseguem captar irradiação, sensação térmica, mantendo assim a constância”, completa.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Energia

Canal Energia
Revisão tarifária: Fator X passa a variar com qualidade do fornecimento de energia
Aneel incluiu ainda incentivos para que as empresas busquem custos operacionais mais eficientes
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, de Brasilia, Regulação e Política
08/11/2011
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica aprovou nesta terça-feira, 8 de novembro, mudança na forma de cálculo do Fator X para o terceiro ciclo de revisão tarifária das distribuidoras. A principal mudança é a criação do componente Xq, que vai levar a qualidade do fornecimento para a tarifa dos consumidores. Ou seja, se o serviço piorar, esse indicador aumenta, levando o reajuste ao consumidor ser menor. Por outro lado, se a qualidade melhorar, o indicador diminui e a tarifa cai menos.A Aneel incluiu, ainda, incentivos, via fator X, para que as empresas busquem custos operacionais mais eficientes. Serão estabelecidas, quando necessário, trajetórias dos valores e custos operacionais que serão admitidos para a composição da tarifa das empresas que praticarem taxas de eficiência fora da média definida pela agência, o que também contribuirá para um nível tarifário mais justo, com menos impacto ao consumidor."Desde o primeiro ciclo temos buscado atrelar a tarifa a qualidade. Com esta proposta haverá avanço de forma concreta", afirmou André Pepitone, diretor da Aneel. O diretor Edvaldo Santana contestou, argumentando que a nova metodologia pode prejudicar os investimentos com vista à Copa do Mundo e às Olimpíadas."Fica muito ruim para a imagem do setor elétrico dizer que não vai conseguir investir para esses eventos", frisou o diretor.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Jornal da Energia

Furnas recupera torres de transmissão no Paraná
Trabalho mobilizou 240 pessoas ao longo de dez dias
Da redação
A tempestade que atingiu algumas cidades do Paraná no último dia 29 de outubro destruiu parte da rede elétrica. Um exemplo foram as torres de Furnas instaladas no entorno do município de Vera Cruz do Oeste. O trabalho de recuperação movimentou cerca de 240 pessoas.Já na segunda-feira (31/10), a torre de transmissão do circuito 1 foi reerguida e, neste domingo (06/11), outras duas torres do circuito 2, encerrando assim o serviço. Foram necessários três guindastes, sete carretas, quatro retroescavadeiras, torres de iluminação e de comunicações, geradores e até um helicóptero de apoio, entre outros equipamentos.Na ocasião do incidente, Furnas afirma que o funcionamento perfeito de seus sistemas de controle e de proteção minimizou os impactos, não havendo qualquer consequência para o atendimento da carga suprida pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). A empresa acionou as equipes de emergência, que foram deslocadas imediatamente ao local para a identificação dos danos e o início da recuperação dos circuitos no menor tempo possível.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Energia

No O Globo:
"Governo vai renovar concessões do setor elétrico"
Postado 4 novembro 2011 às 7:00
Publicado em 4 de Novembro de 2011 pelo O Globo. Por Mônica Tavares.
Novos contratos levarão em conta tarifas mais baixas, já que investimentos foram amortizados.
O governo decidiu renovar as concessões do setor elétrico, que começam a vencer em 2014 e 2015, nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia. A renovação será feita por medida provisória - descartou-se a necessidade de emenda constitucional - e tratará caso a caso, introduzindo o conceito de modicidade tarifária (tarifas mais baratas). Essa era a tendência da União, que tem a propriedade de todos os ativos (usinas, linhões) desde o governo Lula. Mas só agora o Executivo bateu o martelo e avisou aos concessionários em reunião ontem com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.As concessões do setor elétrico começaram a vencer em 1995, mas, como a legislação previa, foram renovadas por 20 anos. Por isso, deveriam ir a leilão as concessões de oito empresas geradoras (que comandam 58 usinas), nove companhias de transmissão de eletricidade e 41 das 64 distribuidoras do país. Mas, para o Executivo, tal opção era muito custosa, econômica e politicamente.Para se ter uma ideia, 44% da energia a ser renovada estão nos principais estados governados pela oposição (Minas, São Paulo e Paraná). Além disso, o fim das concessões mexe diretamente com os interesses de estatais como Chesf, Furnas e Eletronorte. O governo nunca viu com bons olhos a ideia de as hidrelétricas de Xingó, Três Marias, Furnas e Paulo Afonso, por exemplo, pararem nas mãos do setor privado, principalmente do capital estrangeiro.Do que o Executivo sempre fez questão nesse assunto era garantir a modicidade tarifária. Isso porque os investimentos dessas empresas já foram amortizados, e o custo da energia, com isso, pode ser bem menor a partir dos novos contratos.Estão vencendo as concessões relativas a 21.792 megawatts (MW) dos 103 mil MW da capacidade instalada (21,2% do parque brasileiro), a 73 mil quilômetros de linhas de transmissão (82% do sistema) e a 64% das distribuidoras brasileiras.Sem querer confirmar a opção pela renovação, o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica, Mário Menel, limitou-se a dizer que nos próximos 30 dias o governo detalhará sua decisão.Durante a reunião com o ministro, os agentes do setor também demonstraram preocupação com a falta de regras para a venda do excedente de energia.O governo quer colocar o tema na mesma MP da renovação das concessões. As associações ponderam que há urgência em se definir os mecanismos. Ficou decidido que será criado um grupo informal junto ao ministério para estudar este e outros assuntos urgentes. O sinal de preço, isto é, como se calcula o preço da energia, também é outra reivindicação do setor.São Paulo, 04 de Novembro de 2011 - 19:15

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Energia

Canal Energia
Concessões: Presidente Dilma deve apresentar posição dentro de 30 dias, segundo Abiape
Dez associações se reuniram com ministro Edison Lobão para discutir questões do setor
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Regulação e Política
03/11/2011
A presidenta Dilma Rousseff deve apresentar seu posicionamento sobre a situação da renovação das concessões do setor elétrico ao Ministério de Minas e Energia dentro de 30 dias. A informação foi passada pelo ministro Edison Lobão aos presidentes de dez associações do setor elétrico durante reunião nesta quinta-feira, 3 de novembro. Mario Menel, presidente da Abiape, disse que esse decisão da presidente é importante para colocar em andamento a construção do ordenamento jurídico necessário para a realização ou da renovação ou da licitação dos ativos.O executivo, escolhido porta-voz do grupo, disse que será necessário se ter um parecer jurídico, que mostre qual melhor ato legal para se proceder a determinação da presidenta, seja uma lei ordinária ou uma proposta de emenda a Constituição. "Ou pode-se criar uma solução e imediatamente tem judicialização. Não é bom para ninguém. Seja renovação ou licitação tem que ter um ordenamento", ponderou. As associações estão preocupadas, principalmente, com os prazos, que precisam de compatibilização com o término das concessões a partir de 2015."Mostramos para eles como tinham que ser compatibilizados os prazos, inclusive para poder, eventualmente, retornar do mercado livre para o mercado cativo. Hoje tem um tempo regulamentar de cinco anos. Como não tem mais cinco anos até a renovação, tem que saber as regras e inclusive compatibilizar esses prazos", observou Menel.O encontro teve como base a Carta do Rio de Janeiro lançada durante o 8º Encontro Nacional do Setor Elétrico, realizado em outubro pelo Grupo CanalEnergia. O documento, que abrange questões relevantes do setor elétrico, foi subscrito pelas dez associações, que participaram do encontro com Lobão. Além da Abiape, participaram Abraceel, ABCE, Anace, Abrage, Anace, ABEEólica, Abrace, Abragef, Abraget e Apine.Na reunião, as associações chamaram a atenção do ministro para os prazos para a implementação das mudanças na governança corporativa da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Segundo Menel, o prazo ideal para a publicação das determinações seria até 5 de dezembro, o que permitiria manter o prazo de abril de 2012 para efetivar a mudança. "Se esse prazo não for obedecido, não vai dar tempo de preparar todos os atos legais, fazer as assembleias, mudar o estatuto", alertou.As associações falaram da necessidade da liberação de venda de excedentes dos contratos de energia dos consumidores e a desvinculação desse assunto da ampliação do mercado livre. Recentemente, duas emendas que tratavam do assunto e foram apresentadas a Medida Provisória 540 acabaram retirados. A formação de preços foi outro tema na pauta da reunião. Sobre esse aspecto, o ministro Lobão pediu um estudo detalhado, que deixasse claro os pleitos do setor.O ministro Lobão aceitou abrir um canal de discussão técnico com as associações para discutir assuntos em estudo no MME, antes de um posicionamento final. "A reunião foi um sucesso por abrir esse canal de comunicação tecnicamente com o ministério. E o assunto é o que não falta para formar uma agenda positiva. Ele foi sábio ao dizer que regulamenta para a sociedade e não para o governo", contou Menel.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Energia

Portal da CUT
Para evitar acidentes, trabalho de manutenção na rede elétrica deve ser feito a dois, exigem sindicatos do setor
Os trabalhadores e trabalhadoras do setor elétrico, através de seus sindicatos, estão cobrando das autoridades públicas, especialmente do Ministério do Trabalho, uma legislação clara que impeça o trabalho solitário, individual, de quem opera na manutenção e inspeção das redes elétricas de rua.Na avaliação dos sindicatos cutistas do setor, com base na experiência concreta do trabalho de campo, quando alguém faz esse tipo de serviço sem a companhia de outro trabalhador capacitado, o risco de acidentes, inclusive fatais, aumenta em grande escala.Por isso, a CUT e os sindicatos do setor querem regulamentar de maneira bastante explícita este ponto, que faz parte da chamada Norma Regulamentadora 10 (NR10). No texto atual, há brechas para que os empresários flexibilizem as condições de trabalho e segurança e coloquem trabalhadores fazendo essas operações de alto risco sozinhos.Leia texto, escrito por Cecília Gomes, do Sinergia-SP CUT, que narra a última audiência com o ministro do Trabalho sobre o tema, e ainda detalha os riscos aos quais estão expostos esses trabalhadores:Trabalho isolado em pauta no TEMMinistro Carlos Lupi recebe bancada dos trabalhadores para tratar de Saúde e Segurança. Sinergia CUT participou do encontro “Na última quarta (26), o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, recebeu a bancada dos trabalhadores para ouvir reivindicações referente à saúde e segurança no trabalho. O presidente da CUT Artur Henrique inicou a reunião a partir da carta de Brasília que expressa diretrizes para prevenção de acidentes de trabalho, resultada da audiência do TST, realizada nos dias 20 e 21 passados e muito ligada à pauta que seria apresentada na reunião.O presidente do Sinergia CUT, Jesus Francisco Garcia, participou do encontro levando a carta elaborada pela bancada dos trabalhadores na subcomissão de Trabalho Individual, ligada à comissão Permanente Nacional de Segurança em Energia Elétrica, que expõe as divergências sobre as situações em que é permitido que o eletricista execute o serviço sozinho.“Este polêmico ponto da NR10 é alvo de tentativas de flexibilização por parte do empresariado, que quer reduzir postos de trabalho às custas da segurança dos trabalhadores”, alerta Jesus.A carta alerta para os graves riscos aos quais os eletricitários estarão expostos, caso trabalhem sozinhos. Na avaliação dos trabalhadores, a Norma é genérica e há concordância em discutir e aprovar possíveis atividades de forma individual caso não seja colocado em risco a integridade dos trabalhadores (leitura, inspeção visual, entrega de contas, por exemplo).No entanto, foram apontadas ao ministro as peculiaridades da transmissão e distribuição de energia que expõe os trabalhadores a situação de risco, como por exemplo: o fato de a área de trabalho não ser delimitada fisicamente, sem padronização que apresente uma prévia análise de risco. O cenário da rua é dinâmico e imprevisível, com fluxo de pessoas, falta de iluminação, descargas atmosféricas, áreas com presença de delinqüentes, entre outros fatores que dividem a atenção do trabalhador que está nas atividades de operação e ou manutenção de redes elétricas. Em situações de emergência, caracterizam-se como grave e iminente risco aos trabalhadores “…essa situação deve ser considerada como condição impeditiva para a realização das atividades consideradas no item 10.7.3 da NR 10”, afirma a carta, que pede que este item não seja alterado sem a a aprovação por parte da bancada dos trabalhadores.O ministro comprometeu-se a elaborar uma portaria a partir a Secretaria de Inspeção do Trabalho para que nenhum movimento de alteração às normas técnicas seja feito sem respeitar o conceito tripartite da OIT.” Fonte: Cecília Gomes e Isaías Dalle – CUT