quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Energia

Canal Energia
Eletrobras investe R$ 5,9 bilhões em 2012, segundo Planejamento
Grupo executou 69,1% do orçamento previsto para o ano passado. Estatais realizaram aportes recordes de R$ 97,9 bilhões
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
30/01/2013

O Grupo Eletrobras executou 69,1% do orçamento previsto de R$ 8,549 bilhões para 2012, aplicando assim R$ 5,905 bilhões nos projetos de geração, transmissão e distribuição, informou o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão nesta quarta-feira, 30 de janeiro. O governo comemorou os investimentos das estatais que somaram R$ 97,874 bilhões no ano, considerados recorde, inclusive no nível de execução, 92,7%, do orçamento de R$ 105,592 bilhões.

A Petrobras foi responsável pelo investimento de R$ 85,887 bilhões, o equivalente a 98,1% do total previsto para 2012. Juntas as estatais ligadas ao Ministério de Minas e Energia fizeram investimentos de R$ 91,793 bilhões, ou 95,6% do orçamento autorizado de R$ 96,066 bilhões. O Ministério do Planejamento lembrou que o orçamento autorizado para as todas as estatais federais em 2013 é de R$ 110 bilhões.

A Eletrobras divulgou recentemente que pretende investir R$ 13,7 bilhões este ano, acima do total de R$ 11 bilhões aportados em 2012. A diferença do total investido é explicado pelo tipo de monitoramento feito pelo ministério, que verifica os desembolsos de caixa diretos e não inclui financiamentos e participações indiretas.

Entre as empresas do grupo Eletrobras, os maiores aportes ficaram por conta de Furnas e Chesf, que aplicaram R$ 1,147 bilhão e R$ 1,152 bilhão, respectivamente, o equivalente a 89,9% e 61,8% dos orçamentos aprovados para o ano. A Eletronuclear investiu apenas 44,3% dos R$ 1,619 bilhão previstos para este ano. O aporte de R$ 716,861 milhões tem como destino principal as obras da usina nuclear de Angra 3 (RJ-1.405 MW), que teve uma de suas principais etapas, a montagem eletromecânica, adiada por recursos dos competidores não qualificados para a etapa final.

A Eletronorte fez um aporte de R$ 348,010 milhões no ano passado, o correspondente a 61,5% do orçamento de R$ 565,723 milhões. Já a Eletrosul investiu R$ 469,683 milhões, 88,6% dos R$ 530 milhões previstos para 2012. E a CGTEE aplicou R$ 64,861 milhões, o equivalente a 78,3% dos R$ 82,822 milhões orçados para 2012.

Distribuição - Entre as distribuidoras do grupo Eletrobas, a Amazonas Energia fez o maior aporte de R$ 732,755 milhões, 75,8% dos R$ 966,560 milhões previstos. A empresa do Piauí investiu R$ 314,648 milhões, correspondentes a 89% dos R$ 353,420 milhões. A Eletrobras Distribuição Rondônia investiu R$ 222,946 milhões, 90,4% dos R$ 246,504 milhões aprovados para 2012. A distribuidora do Acre aportou em seus projetos R$ 52,903 milhões, 67% dos R$ 78,933 milhões.

A Eletrobras Distribuição Alagoas investiu R$ 103,502 milhões, 67,6% dos R$ 153,091 milhões orçados para o ano. A Eletrobras Distribuição Roraima, por sua vez, aplicou R$ 26,726 milhões no ano passado, 85,1% dos R$ 31,414 milhões previstos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Energia

Canal Energia
Grupo Eletrobras recebe R$ 5,912 bilhões de indenizações por ativos renovados
Chesf, Eletrosul e Eletronorte optaram por receber 50% à vista, já Furnas quis a maior parte do montante de forma parcelada
Da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
29/01/2013
O Grupo Eletrobras divulgou comunicado relatando que já recebeu R$ 5,912 bilhões da indenização prevista de R$ 14,092 bilhões pelos ativos de geração e transmissão que tiveram as concessões renovadas sob as regras previstas na Medida Provisória 579. Segundo a holding, Chesf, Eletronorte e Eletrosul optaram receber 50% do valor devido à vista e o restante de forma parcelada. Já Furnas decidiu por receber grande parte do valor de forma parcelada. O valor parcelado será corrigido pela taxa equivalente da remuneração regulatória.
A Chesf recebeu R$ 3,492 bilhões à vista; já a Eletrosul, R$ 1,014 bilhão; e a Eletronorte, R$ 896,7 milhões. Furnas conseguiu R$ 66,6 milhões. Na primeira parcela, o governo desembolsou para o grupo R$ 441,8 milhões, dividos em R$ 186,5 milhões para Furnas, R$ 163,5 milhões para Chesf, R$ 49,7 milhões para Eletrosul, e R$ 42,1 milhões para Eletronorte.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

ENERGIA


Jornal da Energia, 25/01/13
Governo bancará R$8,46 bi para garantir redução de até 32% na conta de luz
Valor será aportado anualmente no encargo conhecido como Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
Por Wagner Freire
Em reunião realizada nesta quinta-feira (24/01), a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) detalhou como ficará a situação do encargo conhecido como Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Além das funções atuais, a CDE assumirá novas obrigações setoriais a partir deste ano. O resultado será um salto no saldo desse encargo, dos atuais R$2,45 bilhões para R$14,12 bilhões. E para compensar as despesas adicionais desse "superencargo", o governo garantiu que aportará R$8,46 bilhões. No entanto, parte desse recurso virá de créditos obtidos pela hidrelétrica de Itaipu, cuja energia gerada já é paga pelos consumidores brasileiros.

Somado-se à renovação de uma série de contratos de concessões de geração, transmissão e distribuição, o governo pretende reduzir a conta de luz em 18% para os consumidores residências e 32% para os industriais e comercias a partir de 2013.

Os percentuais são maiores do que o inicialmente anunciado, que era de 16,2% para consumidores residenciais e de até 28% para consumidores industriais. O aporte é quase três vezes maior do que os R$3,3 bilhões estimados em setembro de 2012 e compensa ainda a não participação de cinco empresas, que não aderiram à Medida Provisória 579 e não renovaram suas concessões, na formação do montante a ser reduzido. 

A Aneel definiu ainda as quotas anuais da CDE a serem pagas pelos agentes do setor elétrico em 2013, calculada em R$1.024 bilhão - o que representa uma redução de 73% em relação ao valor fixado em 2012.

O encargo tem como finalidade promover a competitividade das fontes renováveis, subsidiar a universalização do acesso à energia elétrica, bem como garantir recursos para subsidiar as tarifas dos consumidores de baixa renda. Com a Lei 12.783, publicada no último dia 14 de janeiro, foram incorporadas novas funções a CDE. Entre os novos dispêndios, estão as obrigações que eram da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e da Reserva Global de Reversão (RGR), além de prover recursos que garanta a modicidade tarifária e o equilíbrio econômico das 63 distribuidoras de eletricidade.

As novas funções da CDE exigirão a ampliação das fontes de recuso, que virão do pagamento do Uso do Bem Público (UBP) - pagos por geradores hidrelétricos; das multas arrecadadas pela Aneel; dos R$8,46 bilhões de créditos anuais do Tesouro; da RGR e dos reposicionamentos arrecadados dos agentes por meio de cotas anuais da CDE.

Segundo detalhamento feito pela Aneel, em 2013, a CDE deverá bancar R$2,027 bilhões que serão gastos no ano com o Programa Luz Para Todos; outros R$2,2 bilhões para subversão da Tarifa Social; além de R$2,77 bilhões para custeio da CCC; R$1 bilhão com a compra de carvão mineral para térmicas, entre outros custos do setor neste ano.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Energia

Folha de São Paulo, 23/01/13
Eletrobras reduz custos e ações já dispararam 41% desde 8 de janeiro
Com a perspectiva de o grupo Eletrobras perder R$ 8,7 bilhões por ano em receita após aceitar a renovação de suas concessões que venceriam até 2017, algumas subsidiárias da estatal do setor de energia já iniciaram a redução de despesas antes mesmo de a direção aprovar o novo plano de negócios para readequar os custos da companhia à nova realidade.
No domingo (20), a Folha mostrou que, para compensar a perda de receita com a diminuição das tarifas, as estatais elétricas estão cortando investimentos em patrocínio social, esportivo e institucional.
Os cortes vão da redução de horas extras ao cancelamento de patrocínios esportivos e institucionais e são cruciais para a empresa compensar a forte queda na receita devido à aceitação integral dos novos preços estipulados pelo governo para a energia elétrica gerada por hidrelétricas em troca da prorrogação das concessões por mais 30 anos.
Desde 8 de janeiro, a ação preferencial B da Eletrobras já acumula valorização de 41,4%. Hoje, o papel liderou os ganhos do Ibovespa (principal índice de ações da Bolsa brasileira) e subiu 6,2%. Foi o décimo pregão consecutivo de alta.
Formalmente, a Eletrobras ainda está analisando onde cortar despesas --o novo plano de negócios deve ser aprovado e até o fim do primeiro trimestre. Algumas controladas e até a própria holding, no entanto, já começaram a buscar economias.
ESPORTES
A Eletrobras está cortando patrocínios esportivos. Segundo uma fonte no grupo, o contrato anual de R$ 16 milhões com o clube Vasco da Gama deve ser cancelado.
No basquete, a holding deve cancelar as verbas da liga nacional masculina de basquete (NBB), da liga feminina e do basquete Master neste ano. Apenas o patrocínio às seleções da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) devem ser mantidos --e há negociações para reduzir o valor do patrocínio.
Em 2012, o basquete recebeu R$ 16,2 milhões em aportes da estatal.
Na Eletrosul, os cortes atingiram dois dos principais times de futebol de Santa Catarina. A empresa encerrou em dezembro os contratos com Avaí e Figueirense, que somavam cerca de R$ 6,1 milhões por ano, segundo a assessoria de imprensa da estatal.
Também em dezembro, a Eletrosul anunciou o cancelamento dos editais de patrocínios sociais e institucionais que valeriam para 2013, economizando mais R$ 1,5 milhão.
CHESF E FURNAS
Na geradora e transmissora de energia Chesf, a meta é reduzir o custeio em cerca de 20% (R$ 200 milhões por ano), segundo uma fonte da companhia. Além de um PDV (Plano de Demissão Voluntária), a empresa tem cortado horas extras e verbas com viagens.
Os ajustes já estão sendo feitos. Desde setembro, a empresa suspendeu por tempo indeterminado o recebimento de propostas de patrocínio.
Também em setembro, Furnas divulgou um plano para reduzir o quadro de funcionários em mais de um terço e cortar despesas operacionais para melhorar os resultados.
Na ocasião, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, explicou que o programa de reestruturação em Furnas estava em andamento havia um ano e meio, quando o governo federal sinalizou que a renovação das concessões elétricas seria onerosa às empresas e resultaria na queda das tarifas aos consumidores.
DISTRIBUIDORAS
Uma das maiores dificuldades da holding será fazer ajustes nas despesas de pessoal, disse uma das fontes. Apesar de não ser uma empresa operacional, ela tem atualmente cerca de 1.300 funcionários.
Outra questão que continua na pauta da Eletrobras --e que pode ajudar na redução de custos-- é a possibilidade de vender o controle das seis distribuidoras federalizadas, tradicionais acumuladoras de prejuízos que pesam no balanço do grupo.
Segundo uma das fontes, uma possibilidade em análise é vender o controle das empresas, mas manter a Eletrobras como sócia minoritária das empresas, e recuperar o dinheiro injetado nessas distribuidoras com a gestão privada das companhias.
As distribuidoras atuam em seis Estados (Acre, Amazonas, Alagoas Piauí, Rondônia, e Roraima) e, segundo a própria Eletrobras, só devem sair do vermelho a partir de 2014.



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Energia

Jornal da Energia, 22/01/13
Falhas na rede provocam quedas de energia em três estados brasileiros
Na última sexta-feira (18/01), municípios do Piauí, Maranhão e Goiás tiveram problemas no fornecimento de eletricidade
Por Wagner Freire

Na última sexta-feira (18/1), duas falhas distintas em subestações da Chesf e de Furnas provocaram desabastecimento de energia elétrica, resultando na interrupção de 269,5 MW de cargas e ao menos 800 mil pessoas sem luz dos estados de Piauí, Maranhão e Goiás.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a explosão de um equipamento na linha de transmissão Teresina/Boa Esperança (Chesf) provocou, às 8h58, o desligamento do setor de 230kv da subestação Teresina, no estado do Piauí. Houve a interrupção de 229,5 MW de carga, sendo 192MW da distribuidora Cepisa - o que afetou a capital Teresina (PI) - e 36,5MW da concessionária Cemar, no Maranhão, o que afetou os municípios de Timom e Caxias. Neste caso a normalização do fornecimento de energia só ocorreu por completo às 10h03.

Em nota, a Eletrobras Piauí informou que a suspensão do fornecimento foi de responsabilidade da Chesf, provocada por um curto-circuito em um transformador de corrente da sua subestação localizada no bairro Tabuleta, em Teresina. O desligamento atingiu 394 mil consumidores, afetando 33 municípios. Também em nota, a Cemar informou que teve 450 mil pessoas afetadas em seis municípios.

O ONS informa que a LT 230kV Teresina/Boa Esperança c.2 permanecerá desligada para manutenção corretiva. A previsão é a de que a linha só esteja normalizada em 25 de janeiro.

A segunda ocorrência aconteceu às 15h06 da sexta-feira. O desligamento do setor de 138 kV da subestação Serra da Mesa (Furnas) provocou a interrupção de 40Mw de carga da Celg, sendo 25MW de Porangatu e 15MW de Minaçu, ambos municípios goianos. O serviço de fornecimento de energia foi normalizado às 16h34. No entanto, a LT Serra da Mesa/Minaçu "foi entregue a manutenção para inspeção terrestre em busca de possível defeito".

Não foi possível levantar a população desabastecida em Goiás, pois, após várias tentativas, a reportagem não teve sucesso ao contatar a Celg.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Energia

Jornal da Energia, 19/01/13
Falha na transmissão deixa clientes da Coelba sem luz
Interrupção afetou fornecimento da Chapada Diamantina; Normalização completa do serviço demorou 13 horas
Por Wagner Freire

Uma falha no sistema de transmissão gerenciado pela Coelba provocou uma interrupção de energia na noite desta quinta-feira (17/01), na Bahia. Segundo relatório do Operador Nacional do Sistema (ONS), às 21h27 ocorreu o desligamento automático da Linha de Transmissão Irecê/Águas Belas. Como consequência, houve a interrupção de 33MW de carga da distribuidora Coelba, empresa que faz parte do grupo Neoenergia.

De acordo com a Coelba, a falha afetou o fornecimento de energia da Chapada Diamantina, deixando 63,4 mil unidades consumidoras sem luz. "A causa da interrupção foi um defeito em componente da linha de distribuição (isolador). A Coelba avalia se o defeito foi provocado por uma das várias descargas atmosféricas que ocorreram na região no período", explicou a concessionária, em nota.

Sete subestações foram afetadas. As subestações de Itaberaba e São Miguel tiveram suas cargas normalizadas às 20h31 e 20h39, respectivamente. As demais voltaram à normalidade na madrugada desta sexta-feira (18/01), sendo a última (SE Wagner e Lençóis) normalizada somente às 9h40.

Do desligamento até a normalização completa do fornecimento foram 13 horas. "Por ser uma ocorrência noturna, a empresa ficou impossibilitada de utilizar o serviço de helicóptero para agilizar a inspeção nos 150 km de comprimento da Linha de Transmissão, que está em grande parte situada em área mata", justificou a Coelba.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Energia

Jornal da Energia, 18/01/13
Furnas conclui troca de torre da LT que caiu em Angra
Trabalhos duraram nove dias e mobilizaram 80 trabalhadores; Linha tem extensão de 36 quilômetros
Da redação, com informações da Agência Brasil

Furnas informou nesta quarta-feira (16/01) ter concluído os trabalhos de substituição da torre da linha de transmissão Muriqui-Angra dos Reis, que caiu com os deslizamentos de terra provocados pelas fortes chuvas que atingiram o município de Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, no começo deste mês.

Segundo nota divulgada pela empresa, a instalação da nova torre, de 45 metros de altura e pesando 16 toneladas, mobilizou cerca de 80 homens de vários departamentos da empresa e durou nove dias de trabalho. “Não houve interrupção no fornecimento de energia para a região durante os reparos”.

A linha de 36 quilômetros de extensão integra o sistema de transmissão de Furnas na região, fazendo parte do tronco Santa Cruz–Angra, transportando energia para o sul fluminense.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Energia

Energia
Jornal da Energia, 17/01/13
Central nuclear de Angra bate recorde de geração
Juntas, Angra 1 e 2 geraram mais de 16 milhões de MWh em 2012
Da redação

As usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 fecharam o ano de 2012 gerando, juntas, 16.040.790,5 MWh – a melhor marca da história até agora, segundo a Eletronuclear. A produção seria suficiente para suprir, ao mesmo tempo, as cidades de Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre durante um ano.

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no ano passado, a produção de Angra 1 e Angra 2 representou 3,12% da matriz elétrica brasileira. Particularmente, no que diz respeito ao Rio de Janeiro, a energia nuclear gerou o equivalente a um terço do consumo total de energia elétrica do Estado.

“Pelo terceiro ano seguido, as usinas brasileiras bateram recorde de produção. Os resultados podem ser atribuídos, principalmente, ao comprometimento e alto grau de profissionalismo dos funcionários da Eletronuclear. Angra 1 e Angra 2 representam uma garantia de disponibilidade e confiabilidade no fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional”, comemora o presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro da Silva.

Angra 1

No ano passado, a usina de Angra 1, individualmente, também bateu recorde de produção, gerando 5.395.561 MWh – valor que supera os 4.654.487 MWh gerados em 2011. O fator de disponibilidade da usina em 2012 foi de 97,25% - o maior fator anual desde o inicio de sua operação comercial, em 1985.

“Angra 1 apresenta um desempenho ascendente. As melhorias feitas ao longo do tempo, principalmente com a troca dos geradores de vapor, permitiram que ela alcançasse índices operacionais de ponta”, complementa Othon. Angra 2, por sua vez, teve uma produção de 10.645.229 MWh em 2012 – sua segunda melhor marca até hoje, o que a coloca entre as melhores usinas do mundo.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Energia

Energia
O Globo, 16/01/13
Governo descarta racionamento e mantém plano para matriz energética
Lobão diz que situação é “meramente conjuntural”

BRASÍLIA – O governo está seguro de que não há risco de racionamento de energia elétrica e não vai promover mudanças em seu planejamento para o setor elétrico diante de temores que foram gerados nas primeiras semanas do ano pela baixa dos reservatórios das hidrelétricas, disse nesta terça-feira à Reuters o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Questionado se o governo poderia lançar políticas para reforçar o parque de termelétricas, por exemplo, Lobão respondeu que “não muda nada”.

— A situação atual é meramente conjuntural. Podemos transmitir a garantia de que não haverá desabastecimento. Essa era ficou para trás, há mais de 10 anos — completou, referindo-se ao racionamento de energia enfrentado pelo país entre 2001 e 2002, no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso.

No fim do ano passado, o governo mandou acionar as usinas termelétricas para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas, que na virada de dezembro para janeiro estavam no pior nível em 10 anos.Segundo Lobão, as termelétricas que estão acionadas permanecerão funcionando “pelo tempo que for necessário”. Porém, o ministro disse que, com a volta das chuvas, já é possível imaginar que as térmicas podem começar a ser desligadas entre abril e maio.

— Os reservatórios já começam a melhorar seu nível, com as chuvas intensas que estão caindo no Brasil inteiro. Mas há uma certa demora no preenchimento deles pelo fato de que as principais nascentes se encontram aqui no Planalto Central e em Minas Gerais — disse.

As chuvas dos últimos dias estão ajudando a recompor os níveis dos lagos das hidrelétricas, mas a capacidade de armazenamento ainda não permite desligar as térmicas. Os reservatórios de hidrelétricas da região Nordeste tiveram leve recuperação de domingo para segunda-feira, subindo de 29,33% para 29,62%, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No Sudeste/Centro-Oeste, o nível de armazenamento nas represas avançou de 29,83% para 30,43%.

Lobão voltou a garantir que não faltará gás natural nem para as indústrias e nem para as termelétricas, e confirmou que a usina de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, de 640 megawatts (MW), começará a gerar energia até o fim deste mês, mas não a plena carga.O país está, atualmente, com cerca de 11,8 mil megawatts médios sendo gerados em usinas termelétricas, o equivalente a cerca de 20 por cento da carga total.