quarta-feira, 31 de março de 2010

FURNAS - PCR

Proposta do PCR Unificado não contempla as Trabalhadoras e Trabalhadores
Leia o boletim em
www.asef.com.br

segunda-feira, 29 de março de 2010

Energia - Canal Energia

Furnas é multada em R$ 53,7 milhões por apagão em 18 estados
Em fiscalização realizada em subestações da estatal foram constatados procedimentos de operação e manutenção não aderentes à legislação em vigor
Dayanne Jadjiski, da Agência CanalEnergia, Operação e Manutenção
26/03/2010

Furnas foi multada pela Agência Nacional de Energia Elétrica em R$ 53,7 milhões devido ao apagão ocorrido no último dia 10 de novembro do ano passado, que deixou 18 estados sem energia. De acordo com o termo de notificação emitido pela Aneel, a fiscalização realizada nas subestações Itaberá, Foz do Iguaçu e Ivaiporã, todas da estatal, constatou procedimentos de operação e manutenção da concessionária que não estão aderentes à legislação em vigor. A inspeção foi realizada, segundo a agência, entre os dias 17 de novembro e 15 de dezembro do ano passado.De acordo com o relatório, o blecaute teve sua origem no desligamento dos circuitos 1, 2 e 3 da linha de transmissão em 765 kV Itaberá - Ivaiporã provocando rejeição de 5.564 MW de geração da UHE Itaipu, bem como a abertura dos circuitos remanescentes que compõem a interligação Sul-Sudeste. O incidente interrompeu adicionalmente um fluxo de 2.950 MW, no sentido do Sul para o Sudeste, e promoveu o desligamento dos dois bipólos do Sistema HVDC, que no momento estavam transmitindo 5.329 MW. Em função dos desligamentos, ocorreram outros que acarretaram uma interrupção total de 24.436 MW, correspondente a 40% de cargas do Sistema Interligado Nacional.Segundo a Aneel, o valor da multa corresponde a 0,81% do faturamento anual do período de dezembro de 2008 a novembro de 2009 de Furnas, que foi de R$ 6,583 bilhões. O prazo para recolhimento da multa ou interposição de recurso, segundo o auto de infração que data de 22 de março, é de dez dias. Furnas, através de sua assessoria, confirmou o recebimento da notificação e afirmou que vai recorrer à diretoria da agência.

O Estado de São Paulo

28/03/10
Guerra de nervos por Belo Monte
A menos de um mês do leilão, esquenta a disputa para construir e operar a maior hidrelétrica do mundo controlada por empresas privadas
David Friedlander

Dias atrás, correu na praça o boato de que um dos dois consórcios de empresas interessados na hidrelétrica de Belo Monte tinha desistido do leilão. Um grupo é encabeçado pela Andrade Gutierrez. O outro, pela Camargo Corrêa e pela Odebrecht. Não se sabe como a história começou, mas ela se espalhou rapidamente. "Parece que o outro consórcio está fora", disse ao Estado um alto executivo de um dos consórcios. No grupo rival, outro executivo foi mais sutil: "Ouvi também. Mas aqui não foi". Alimentado pelos dois lados, o boato tem um pouco de provocação contra os adversários. Mas serviu, principalmente, para manter o governo sob pressão. A 22 dias do leilão, a guerra de nervos é uma prévia do que promete ser a competição por Belo Monte. A divulgação do edital, primeira etapa da disputa, detonou uma descarga elétrica em alguns dos maiores grupos privados do País. Eles querem sair do leilão do dia 20 de abril carregando embaixo do braço a concessão para explorar a terceira maior hidrelétrica do mundo. Detalhe: as duas maiores usinas, a chinesa Três Gargantas e Itaipu, são estatais. Belo Monte será, portanto, a maior usina hidrelétrica do mundo controlada por empresas privadas.O primeiro embate, no entanto, é com o governo. As empresas dizem que a tarifa máxima fixada para a usina, de R$ 83 o megawatt/hora, não remunera o investimento e pedem compensações para fazer frente ao preço que, segundo elas, é baixo. Na quinta-feira à noite, executivos da Camargo e da Odebrecht trataram o assunto em Brasília com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Para hoje está marcada uma nova rodada de negociações, mas entre técnicos do governo e das empresas.Com custo estimado em R$ 19 bilhões pelo governo ? e em cerca de R$ 30 bilhões pelas empresas interessadas ?, Belo Monte interessa a uma gama enorme de empresas. São grandes grupos econômicos com investimentos no setor elétrico, indústrias que têm na energia um dos seus principais insumos e as construtoras, que cobiçam a obra.Isso explica por que Camargo, Odebrecht e Andrade são destaque no processo. Eles têm investimentos pesados no setor elétrico (a Camargo controla a CPFL, a Andrade é sócia da Cemig e a Odebrecht quer crescer no ramo) e são donos das maiores construtoras do País. Com uma rentabilidade de 10% a 15% ao ano, o investimento em energia garante um mercado cativo e em expansão, já que o País precisará consumir cada vez mais energia para continuar crescendo. Segundo estimativas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), há tanto interesse no setor de energia elétrica que ele deverá receber R$ 92 bilhões em investimentos entre 2010 e 2013. Nenhum outro segmento de infraestrutura, diz o banco, receberá tanto dinheiro no período.No consórcio liderado por Camargo e Odebrecht está também o fundo de pensão Funcef, dos funcionário da Caixa Econômica. No grupo da Andrade, entraram a Vale, a Votorantim e a Neoenergia.Os dois grupos disputam ainda algumas adesões de peso, como o grupo franco-belga Suez, maior produtor privado de energia do País e o grupo siderúrgico Gerdau. O Suez é a grande esperança do governo para aumentar a competição no leilão. O Planalto tenta convencer o grupo a liderar um terceiro consórcio. Essa possibilidade, até o momento, parece pouco provável.Se Belo Monte entrasse em operação hoje, com a tarifa-teto de R$ 83 por megawatt-hora fixada pelo governo, proporcionaria uma receita mínima de R$ 3,3 bilhões a seus donos. Antes de entrar em operação ela também vai gerar negócios. No pico da construção, Belo Monte deverá empregar cerca de 20 mil pessoas, usar 2800 equipamentos entre caminhões, gruas e guindastes, e deslocar 230 milhões de metros³ de terra, mais do que o Canal do Panamá. É um sonho para empreiteiros e fornecedores.

terça-feira, 23 de março de 2010

ASSEMBLÉIA

Companheiros e Companheiras de FURNAS
Assembléia para aprovação da Pauta Específica
dia 30/03/2010às 18 horas, na sede do SINTERGIA-RJ.
Veja as Pautas, Nacional e Específica no site da ASEF
www.asef.com.br

VAMOS A LUTA!
A Diretoria
SINTERGIA-RJ

segunda-feira, 22 de março de 2010

Trabalho e Sindicalismo

Diap, 22/03/10
44h: "argumentos dos empresários não são corretos", diz Lupi

"A quase totalidade dos países do mundo desenvolvido, grupo no qual o Brasil pretende estar, utiliza carga horária de trabalho de 36, 37 horas. Então, quando dizem que em nenhum lugar do mundo se aplica esse tipo de escala, não faz sentido", diz ministro do Trabalho, Carlos Lupi O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi afirmou, na última quarta-feira (17), que o debate sobre a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas (PEC 231/95) não tem sido tratado com sinceridade por parte do empresariado. De acordo com o ministro, boa parte dos argumentos dos empresários não são corretos, entre eles o de que a redução da jornada levaria as empresas à falência."A quase totalidade dos países do mundo desenvolvido, grupo no qual o Brasil pretende estar, utiliza carga horária de trabalho de 36, 37 horas. Então, quando dizem que em nenhum lugar do mundo se aplica esse tipo de escala, não faz sentido. Quanto ao argumento de que empresas vão quebrar por causa disso, sabemos que esse também não é verdade", disse Lupi durante audiência pública na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados para discutir as metas e programas do ministério para 2010.Lupi lembrou que os empregados gastam entre uma a duas horas para ir ao local de trabalho e outro tanto para voltar para casa. "Por que o Brasil não pode evoluir?", questionou o ministro.Juros altosAs declarações foram aplaudidas pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) que também pediu ao ministro que utilize sua voz no governo para tentar impedir uma nova escalada no valor dos juros no País. O deputado criticou a política de juros adotada pelo Banco Central. "O Henrique Meirelles [presidente do BC] vai aumentar outra vez os juros para beneficiar banqueiros e, logo em seguida, vai sair para ser candidato. Não podemos concordar com isso, ministro", disse o deputado.Carlos Lupi respondeu que não pode criticar outro setor do Governo como ministro, mas disse que não vê realmente sentido em ampliar outra vez a taxa de juros. "A minha opinião de cidadão é de que os juros altos prejudicam o Brasil. Podem gerar dinheiro para a especulação, podem ampliar os lucros dos bancos, mas não geram nenhum emprego", afirmou. Ele ressaltou que é preciso valorizar a indústria nacional, que emprega, ao invés dos especuladores.Licença-maternidadeNa audiência, a deputada Emilia Fernandes (PT/RS) afirmou que o ministério precisa priorizar políticas para as mulheres. A parlamentar pediu maior empenho do ministério na aprovação da licença-maternidade de 180 dias (PEC 30/07) para as trabalhadoras do setor privado."Estamos pedindo o mínimo. Na Suécia, por exemplo, o período é de um ano e, além disso, eles não falam licença-maternidade, pois ela pode ser repartida entre a mãe e o pai. O importante é que haja sempre um dos pais com a criança durante esse período-chave que é o primeiro ano na vida", disse.O ministro afirmou que a ampliação da licença é uma das prioridades do ministério, junto com a diminuição da carga horária de trabalho. "Temos nos esforçado muito para diminuir o hiato entre a renda dos homens e das mulheres em nosso País", afirmou.ProJovemO ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que precisa da ajuda de deputados e de senadores para assegurar as verbas do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem). Destinado aos jovens desempregados de 18 a 29 anos, o ProJovem Trabalhador tem como objetivo a preparação para o mercado de trabalho e em ocupações alternativas geradoras de renda. O jovem participante desta modalidade poderá receber um máximo de seis auxílios financeiros de R$ 100.Lupi lembrou que o Orçamento de 2009 previa R$ 1 bilhão para a qualificação profissional, mas apenas R$ 400 milhões foram liberados em virtude de cortes e contingenciamentos. Ele ressaltou que o ProJovem tem grande relevância na área social, pois 90% dos jovens que frequentam os cursos do programa são de famílias que ganham menos de um salário mínimo.As declarações foram em resposta aos deputados Manato (PDT/ES) e Manuela D'Ávila (PCdoB/RS), que pediram prioridade aos programas de qualificação como o ProJovem. "No meu estado, mais de 8 mil estudantes foram qualificados com o ProJovem. Todos os municípios do Espírito Santo com mais de 20 mil habitantes tiveram esse benefício, qualificando, estimulando e mudando a mentalidade deles para permitir o crescimento pessoal e do País também", disse Manato.Royalties do petróleoO ministro criticou a aprovação, pela Câmara, dos novos critérios de distribuição dos royalties para exploração de petróleo (substitutivo ao PL 5.938/09, do Executivo). Segundo Lupi, essa discussão não ocorre da maneira correta, pois essa não é uma luta entre a Federação e o estado do Rio de Janeiro. "Não sou candidato a nada, mas não posso ficar contra o estado que me acolheu, assim como acolheu também 1 milhão de mineiros e 2 milhões de nordestinos", disse. (Fonte: Agência Câmara)

Energia

Diário do Comércio e Indústria, 22/03/10
Indústria tenta igualar consumidor livre e cativo em Belo Monte
PORTO VELHO SÃO PAULO - Antes mesmo de ter sua obra iniciada, a usina de Belo Monte pode mudar os parâmetros do setor elétrico nacional. Isso porque, o segmento industrial está tentando garantir aos consumidores livres o mesmo alívio de exposição que é dado aos cativos, ou seja, às distribuidoras. Por isso, segundo a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), as indústrias não devem contratar os 10% da energia que tem direito se mantidas essas condições. "Enviei um ofício ao Ministério, mas não fomos atendidos. Então ressaltamos isso na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)", afirma o presidente da Abrace, Ricardo Lima, lembrando que o diretor técnico-regulatório da associação, Luciano Pacheco, esteve na reunião da agência que aprovou o edital de Belo Monte.O que deseja a entidade que representa é evitar o risco que os clientes têm ao contratar energia de outro submercado. A dificuldade é em relação aos valores do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD): se houver uma variação entre esse preço no submercado Norte (N), onde estará Belo Monte, com o submercado onde está localizada a indústria, no sudeste/centro-oeste (SE/CO), por exemplo, o consumidor tem de arcar com tal custo."Neste mês de março, por exemplo, não teria problema, porque o PLD está igual. Mas imagina a situação de março de 2009, quando a diferença entre o PLD do SE/CO para o N foi de R$ 65.91 por MWh. Ou seja, a indústria tem um contrato e ainda tem de pagar essa diferença", exemplifica Lima.O pleito da Abrace, de usar o mecanismo de alívio de exposição, evitaria isso, como já acontece hoje com as distribuidoras. Nesse modelo, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) usa o excedente financeiro, gerado pelas multas e diferença de preços, para regular as disparidades.Durante aprovação do edital da hidroelétrica, diretores da Aneel afirmaram que a questão deve ser mesmo estudada, mas para os próximos leilões, já que exige toda uma mudança de diretrizes. Mesmo assim, Lima ainda busca uma alteração para agora. "Quem sabe não conseguimos, nos próximos dias, mudar isso para dar mais segurança ao mercado livre", questionou o presidente da associação.Em Belo Monte, os consumidores livres terão direito a até 10% da energia gerada. Os outros 90% serão divididos entre cativo e autoprodutores.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Energia

O Globo, 19/03/10
Leilão da usina de Belo Monte será em 20 de abril
Mônica Tavares

BRASÍLIA - O Ministério de Minas e Energia informou agora há pouco que o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, será realizado dia 20 de abril. O edital com as regras do leilão será aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) durante a reunião pública prevista para essa tarde, a partir das 16 horas. Estimada em cerca de R$ 20 bilhões, a usina terá capacidade para gerar cerca de 11 mil megawatts. De acordo com o governo, a hidrelétrica deve começar a gerar energia em 2015. De acordo com o site do Ministério, a Aneel vai elaborar o "edital e o respectivo contrato de comercialização de energia no ambiente regulado necessários para a promoção do referido leilão, com prazo de duração de 30 anos e início de suprimento em 2015". A usina será a segunda maior hidrelétrica do país, atrás apenas de Itaipu, com capacidade de geração estimada em 11 mil megawatts O valor para a construção da usina foi autorizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na quarta-feira. O TCU também aprovou o teto máximo de R$ 83 por megawatt/hora.

Canal Energia

Belo Monte: Eletrobrás terá 49% de participação nos dois consórcios
Ainda está em aberta a composição das empresas nos dois grupos que vão disputar usina, segundo Edison Lobão
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, de Porto Velho (RO), Negócios e Empresas
18/03/2010

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira, 18 de março, que a Eletrobrás terá 49% de participação nos consórcios que vão disputar a hidrelétrica de Belo Monte (PA, 11.233 MW). Segundo ele, apenas dois consórcios devem concorrer à outorga do empreendimento, sendo que cada um terá duas subsidiárias da Eletrobrás No entanto, ainda está em aberto a divisão das estatais nos dois grupos. Ou seja, Furnas, Eletronorte, Eletrosul e Chesf serão parceiras dos dois consórcios, mas ainda não se tem a participação de quais empresas estarão nos consórcios.O presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, informou que a estatal ainda vai operacionalizar a diretriz definida pelo ministério. O primeiro consórcio, oficialmente formado, é composto por Andrade Gutierrez Participações, Neoenergia, Vale e Votorantim Energia. Um outro consórcio formado por Odebrecht, Camargo Corrêa, Funcef e FI-FGTS está sendo fechado. Chesf e Eletrosul são sócias na hidrelétrica de Jirau (RO, 3.300 MW).Já o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, confirmou que o preço teto do leilão será de R$ 83 por MWh, valor aprovado pelo Tribunal de Contas da União, baseado no valor de investimento de R$ 19 bilhões. O edital do certame, que será realizado no dia 20 de abril, foi aprovado hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica.Lobão, Muniz e Tolmasquim participaram da inauguração da Indústria Metalúrgica e Mecânica da Amazônia, fábrica de equipamentos resultante da joint venture entre a Alstom e a Bardella.A repórter Carolina Medeiros viajou a Porto Velho a convite da Alstom

quinta-feira, 18 de março de 2010

Energia

Canal Energia
Belo Monte: Preço-teto sugerido fica em R$ 83 por MWh e o custo da usina em R$ 19 bilhões
Licença prévia tem impacto de R$ 801 milhões nos novos valores da usina, aponta TCU. Custo indireto, como acampamento de funcionários, chega a 22% do valor total
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Planejamento e Expansão
17/03/2010

O plenário do Tribunal de Contas da União aprovou nesta quarta-feira, 17 de março, o novo custo da hidrelétrica de Belo Monte (PA-11.233 MW) apresentando pela Empresa de Pesquisa Energética. Segundo esses cálculos, a usina deve sair por R$ 19 bilhões aos empreendedores e o preço-teto do leilão deveria ser de R$ 83 por MWh. O novo custo da usina leva em conta um impacto de R$ 801 milhões das exigências da licença prévia emitida pelo Ibama.O ministro José Múcio, relator do processo no TCU, assinalou que o custo socioambiental da usina está fixado em R$ 3,34 bilhões. Ele chamou atenção ainda para o custo indireto da obra, que também foi revisado, e elevado para R$ 2 bilhões, ou 22,7% do custo direto do empreendimento. No custo indireto estão incluídos a construção de acampamentos para os operários, por exemplo. A EPE justificou esses valores pela distância da usina, em relação às áreas urbanas mais próximas.Comparada as usinas do Rio Madeira, Belo Monte sairá mais barato, pelos cálculos da EPE, no quesito investimento por potência instalada. A usina custará R$ 1.655,00 por kW, enquanto Santo Antônio está saindo por R$ 3 mil/kW e Jirau por R$ 2,6 mil/kW. Em relação a energia assegurada, a usina sai por valor semelhante. Serão R$ 4.227/kW em Belo Monte e R$ 4.280/kW, em Santo Antônio; e R$ 4.425/kW em Jirau.Com o sinal verde do TCU, a Agência Nacional de Energia Elétrica vota na próxima quinta-feira, 18, o edital do leilão da usina previsto para a segunda quinzena de abril. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que deve ser definido ainda hoje a forma de participação da Eletrobrás no leilão. Mas o MME e a Eletrobrás não confirmaram a informação à Agência CanalEnergia.

Canal Energia

BNDES libera R$ 1 bilhão para o setor elétrico no primeiro bimestre
No acumulado de 12 meses, as liberações chegam a R$ 14,598 bilhões e as aprovações, R$ 10,084 bilhões
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
17/03/2010

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social liberou R$ 1,010 bilhão para o setor elétrico no primeiro bimestre deste ano. O resultado é 75% maior que no mesmo período de 2009 Por outro lado, as aprovações para as elétricas caíram 93% para R$ 546 milhões no período de comparação. No acumulado de 12 meses, as liberações chegam a R$ 14,598 bilhões e as aprovações, R$ 10,084 bilhões.O setor de infraestrutura, como todo, recebeu R$ 5,718 bilhões em janeiro e fevereiro, o que significa alta de 98% sobre iguais meses anteriores. Somente em fevereiro, foram liberados R$ 2,7 bilhões, com crescimento de 73% em relação ao mesmo mês passado. As aprovações do segmento cairam 39% este ano para R$ 6,065 bilhões. Em 12 meses, foram destinados R$ 51,483 bilhões à infraestrutura do país e aprovados outros R$ 55,347 bilhões.Nos últimos 12 meses, o BNDES desembolsou R$ 143,3 bilhões, com alta de 53% na comparação com igual período anterior. As liberações ficaram em R$ 16 bilhões em janeiro e fevereiro. As aprovações de empréstimos totalizarma R$ 169,1 bilhões em 12 meses, com alta de 39% Para o bimestre, foram aprovados R$ 14,4 bilhões. As consultas, por sua vez, tiveram alta de 37% para R$ 229 bilhões no mesmo período. Em janeiro e fevereiro, o banco recebeu R$ 24,6 bilhões em consultas.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Trabalho e Sindicalismo

Diap, 15/03/10
Agenda Política: pesquisa Ibope medirá influência de Lula

Nova pesquisa CNI/Ibope sobre avaliação do Governo Lula e sucessão presidencial vai ser divulgada, nesta terça-feira (16), e poderá trazer novidades, como a influência de Lula para as eleições de 3 de outubroNa Câmara, os líderes definem pauta prioritária para o semestre. No Senado, a regulamentação do pré-sal é o principal tema. Na economia, destaques para a reunião do Copom para definir a taxa básica de juros e o anúncio de corte de gastos no Orçamento da União para 2010.CâmaraConstam da pauta da Câmara onze medidas provisórias. Entre elas, a que aumentou o salário mínimo de R$ 460 para R$ 510 e estabelece uma política de reajuste para 2010 a 2023 (MP 474/09) e a que reajusta o salário de aposentados e pensionistas que ganham acima do salário mínimo (MP 475/09).SenadoDuas MPs trancam a pauta: 470/09, que concede crédito de até R$ 6 bilhões à Caixa e de R$ 1 bilhão ao Banco do Nordeste; e 471/09, que concede incentivo fiscal às montadoras e fabricantes de veículos das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.CopomO Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne nesta semana para decidir a taxa básica de juros (Selic), hoje em 8,75% ao ano. A ata da reunião será divulgada na próxima semana, dia 25.CNI/IbopeA Confederação Nacional da Indústria deve divulgar, na terça-feira, pesquisa Ibope sobre avaliação do governo Lula e sucessão presidencial. Em novembro, tanto a avaliação do governo quanto do presidente Lula subiram. Na disputa pelo Planalto, José Serra tinha 38% e Dilma Rousseff, 17%. Como já mostraram pesquisas mais recentes, a CNI/Ibope deve confirmar a queda na vantagem de Serra para Dilma, com empate técnico entre os dois contendores.Corte de gastosO Governo deve anunciar, nesta semana, corte de gastos no Orçamento da União para 2010. Os cortes serão feitos para que o governo atinja a meta de superávit primário, cuja meta para este ano é 3,3% do PIB.Veja, a seguir, a previsão dos principais acontecimentos políticos desta semana:Segunda-feira (15)- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz visita oficial à Israel.- A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência da Republica pelo PT, participa, às 9 horas, em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá), da apresentação do projeto de construção da Ferrovia Centro-Oeste, que, nos seus 1.602 km, irá ligar Uruaçu (GO) a Vilhena (RO), cruzando os principais polos do agronegócio em Mato Grosso.- Último dia para os brasileiros que tinham depósito na caderneta de poupança em 15 de março de 1990 entrarem na Justiça contra o banco de que eram clientes pedindo a correção monetária expurgada no Plano Collor.- PSol realiza debate interno sobre quem deve representar o partido nas eleições presidenciais de 2010. O debate em São Paulo com a militância acontece às 19 horas, na sede do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro/SP), na Rua Borges Lagoa, 208, Vila Mariana, próximo ao Metrô Santa Cruz. Três pré-candidatos estão inscritos: 1) o ex-deputado federal João Batista Araújo, o Babá; 2) o presidente do PSol de Goiás, Martiniano Cavalcante; e 3) o ex-deputado federal e candidato pelo PSol ao governo do estado de São Paulo em 2006, Plínio de Arruda Sampaio Terça-feira (16)- Visita do Presidente Lula aos Territórios Palestinos.- Prevista divulgação de pesquisa CNI/Ibope sobre avaliação do governo Lula e sucessão presidencial.- Os líderes partidários da Câmara se reúnem na residência oficial do presidente da Casa, Michel Temer (PMDB/SP), para definir os projetos de lei e de lei complementar prioritários para serem apreciados neste semestre.- A Câmara dos Deputados antecipa a comemoração pelos 88 anos do PCdoB. Fundado em 25 de março de 1922, o partido será homenageado no salão nobre da Casa, com a presença do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, além de lideranças e personalidades da política e dos movimentos sociais de diversos partidos. A iniciativa é aberta ao público e está marcada para as 17h. Sua realização é uma iniciativa da Liderança do PCdoB na Câmara e do senador Inácio Arruda (PCdoB/CE).- Início da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.Quarta-feira (17)- Entre os dias 17 e 19, dirigentes da Força Sindical dos estados da região Norte - Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins - se reúnem em Manaus para debater o desenvolvimento a região amazônica. O 1º Seminário da Região Norte "propõe o início de debates permanentes entre os dirigentes sindicais dos sete estados" para buscar a construção de "posições unitárias que avancem no sentido de serem nacionalmente ouvidos", diz a apresentação do evento. - A Comissão de Minas e Energia da Câmara realiza audiência pública sobre o novo marco regulatório da mineração com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.- A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara realiza audiência pública sobre os programas e metas do Ministério do Trabalho para 2010 com o ministro Carlos Lupi.- O Tribunal de Contas da União julga a avaliação dos novos cálculos relativos aos estudos econômicos do projeto da hidrelétrica de Belo Monte.- O Copom anuncia taxa básica de juros (Selic).- No Centro do Rio, será feita uma manifestação contra a emenda Ibsen Pinheiro, organizada pelo governo do Rio e pelos municípios produtores de petróleo do RJ (organização presidida por Rosinha Garotinho, prefeita de Campos).- O Supremo Tribunal Federal julga ações que pretendem suspender determinações judiciais que ordenaram a cobertura do SUS (Sistema Único de Saúde) para a realização de cirurgias e tratamentos médicos no exterior, fornecimento de medicamentos, entre outros.- Visita do Presidente Lula à Jordânia.Quinta-feira (18)- Receita Federal divulga arrecadação de fevereiro.- Divulgação do IGP-10 de março.Sexta-feira (19)- O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o diretor de normas, Alexandre Tombini, participam da 2ª Conferência de Crédito Imobiliário do BC, em Fortaleza.- Sete medidas provisórias passam a trancar a pauta da Câmara.

Diap

15/03/10
Dieese prevê retomada dos investimentos econômicos

"Os assalariados passaram a ter um incremento real dos ganhos, que repercutiu também nos benefícios dos aposentados e nas transferências sociais", comenta economista do Dieese, Clemente Ganz LúcioO diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, prevê para este ano uma retomada dos investimentos no país. Ele destacou que o equilíbrio macroeconômico se dá "quando ocorre a retomada do investimento na frente do consumo".Lúcio disse que o crescimento de 7,7% do consumo no ano passado deverá ter continuidade este ano. O aumento do consumo foi apontado nos dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) divulgados, na última quinta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)."O Brasil foi recolocado como um mercado de consumo de massa. A tendência é que neste ano tenhamos um crescimento econômico de 5% e a geração de 2 milhões de empregos com carteira assinada. Com o incremento do emprego deve aumentar o consumo", afirmou o economista.Para ele, os dados do PIB são positivos e refletem um crescimento econômico continuado, que foi interrompido em 2008, com a crise financeira mundial. "O Brasil diminuiu sua atividade econômica, mas foi menor do que aconteceu em outros países", disse ele, referindo-se à queda de 0,2% do PIB brasileiro, menor que a de grandes economias, como a dos Estados Unidos, do Japão, da Grã-Bretanha e da Itália.De acordo com o economista, o aumento do salário mínimo foi um dos fatores que contribuíram para a elevação do consumo. "Os assalariados passaram a ter um incremento real dos ganhos, que repercutiu também nos benefícios dos aposentados e nas transferências sociais".Lúcio destacou que o crescimento nas regiões Norte e Nordeste é maior que no Sul e no Sudeste, em função de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. "Os trabalhadores, mais pobres, a base da pirâmide salarial, passaram a consumir. Eles antes estavam excluídos", ressaltou. (Fonte: site Tendências de Mercado)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Energia

O Globo, 12/03/10
Apagões em série: Procon, Defensoria Pública, Fecomércio e Cabral pressionam Light e Aneel
RIO - O Procon-RJ notificou nesta quinta-feira a Light para que a empresa apresente, em dez dias, explicações sobre os apagões que atingiram ruas da Zona Sul e do Centro nas últimas semanas. Segundo o subsecretário-adjunto dos Direitos do Consumidor, José Teixeira Fernandes, se as justificativas da concessionária não forem satisfatórias, será instaurado um processo administrativo que poderá resultar em multa de R$ 300 a R$ 5,5 milhões. Além disso, a Defensoria Pública do estado estuda abrir uma ação civil por dano coletivo contra a Light, cujo valor da indenização seria revertido para o Fundo de Defesa do Consumidor. - Estamos recebendo inúmeras reclamações de cortes de energia - afirmou o defensor Fábio Schwartz, do Núcleo de Defesa do Consumidor. Light tem que indenizar por aparelhos danificadosSegundo o Procon, o consumidor que teve algum aparelho danificado ou registrou prejuízos em suas atividades em decorrência dos apagões, deve procurar, em primeiro lugar, a própria concessionária. Se o problema não for resolvido, ele deve recorrer ao Procon. Em até 88% dos casos, segundo Fernandes, as partes conseguem chegar a um acordo. Quando isso não acontece, o consumidor é encaminhado à Justiça e o Procon instaura um processo administrativo. Nos últimos dez anos, a Light foi multada em aproximadamente R$ 21,1 milhões pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por questões relacionadas à má prestação de serviço. Desse total, cerca de 60% - R$ 13,5 milhões - referem-se a problemas na operação que atingiram os consumidores cariocas desde o ano passado. De 2001 até este ano, oito multas foram dadas à concessionária. O último processo, no valor de R$ 9,5 mihões, menciona especificamente que falhas de manutenção foram responsáveis pelo apagão nos bairros do Leblon, Ipanema e Copacabana em novembro de 2009. A companhia recorreu e não pagou as duas últimas multas aplicadas pela agência reguladora do setor. Fecomércio-RJ cobra de governador intervenção na LightA Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, através de sua assessoria, que ainda está decidindo qual atitude tomar. O governador Sérgio Cabral disse que já pediu à agência "providências enérgicas" em relação aos últimos apagões no Rio, não apenas na área atendida pela Light, mas também na da Ampla. Entre os problemas causados estão, segundo Cabral, prejuízos aos serviços da Cedae. O prefeito Eduardo Paes disse esperar que os problemas sejam resolvidos rapidamente: - O que está acontecendo é assustador, inacreditável. A Fecomércio-RJ, por sua vez, cobrou de Cabral uma intervenção na Light diante do que classificou de omissão da Aneel e do Ministério das Minas e Energia. A entidade, que representa 61 sindicatos responsáveis por 60% do PIB do estado e três milhões de empregados, pediu, em ofício ao governador, uma ação conjunta para combater o problema. "O Centro do Rio, local de grande concentração bancária e de comércio, sofreu interrupções que, somadas, ultrapassam 24 horas só nesta semana e representam perdas imensuráveis, além de dificultar a vida do cidadão. Para uma cidade que se consagrou como sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, é inconcebível que falhas dessa natureza ocorram sem que a concessionária apresente justificativas plausíveis e soluções", diz a Fecomércio em nota. - Os apagões não afetam só os negócios e o comércio da região, mas a imagem do Rio. Eles ocorriam antes em bairros mais residenciais. Hoje está no centro financeiro e comercial do estado - acrescentou o coordenador de relações institucionais da entidade, Marcos Neves. Pesquisa mostra prejuízos de 477 estabelecimentosUma pesquisa feita pela Fecomércio com 477 estabelecimentos comerciais cariocas em dezembro mostrou que 51,2% dos entrevistados sofreram com a falta de energia em algum momento nos dois últimos meses de 2009. Nesse período, os comerciantes informaram ter tido em média três episódios de falta de luz, com durações médias de quase três horas. Entre os que sofreram sem energia, 53,7% tiveram perdas. Desse grupo, 78,6% amargaram prejuízos médios de cerca de R$ 10 mil pela impossibilidade de atender clientes ou perda de estoque e de equipamentos. Somente uma loja da rede Ponto Frio, na Rua Uruguaiana, teve perdas de vendas estimadas em R$ 1 milhão nos dois últimos dias, segundo a gerente Elizabeth Rodrigues. Segundo o Sindicato dos Bares e Restaurantes do Rio (SindRio), 172 estabelecimentos foram afetados de alguma forma pela falta de luz ontem no Centro. A entidade calcula em 40% a queda no movimento de bares e restaurantes em relação a dias normais de funcionamento.

Canal Energia

Eletrobrás unifica planejamento para lançar-se no mercado global
Subsidiárias vão incorporar nome da holding, que perderá acento gráfico. Marca e estratégia serão apresentados dia 22 de março
Da Agência CanalEnergia, Negócios e Empresas
11/03/2010

A Eletrobrás lançará no próximo dia 22 de março, no Rio de Janeiro, sua nova marca e sua estratégia para se tornar uma empresa global. Além da mudança do logotipo, a holding terá seu nome incorporado ao de suas subsidiárias. De acordo com a estatal, o objetivo é unificar o planejamento estratégico para as empresas do grupo. O novo conceito apresenta a Eletrobrás como "uma empresa global, que produz energia limpa e renovável e é focada em resultados".A mudança inclui a perda do acento gráfico no nome (Eletrobras), a exemplo do que aconteceu com a Petrobras. Com o novo posicionamento, as subsidiárias passarão a se chamar: Eletrobras CGTEE, Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Furnas, Eletrobras-Eletronuclear, Eletrobras Eletrosul, Eletrobras Amazonas Energia.No caso das distribuidoras, a Ceron (RO) passará a se chamar Eletrobras Distribuição Rondônia. O mesmo acontece com a Boa Vista Energia (RR) - Eletrobras Distribuição Roraima, Ceal (AL) - Eletrobras Distribuição Alagoas, Cepisa (PI) - Eletrobras Distribuição Piauí e Eletroacre (AC) - Eletrobras Distribuição Acre. O Cepel também ganhará o acréscimo e será chamada de Eletrobras Cepel. Veja abaixo como será o novo logotipo da Eletrobras.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Agência Brasil

11/03/10
País deverá ter excedente de trabalhadores qualificados em 2010, diz Ipea
Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Brasil deverá ter um excedente de mão de obra qualificada em 2010. De acordo com dados divulgados hoje (10) pelo Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea), o ano fechará com 653 mil trabalhadores, qualificados e com experiência profissional, que não serão absorvidos pelo mercado.A estimativa é de um universo de 19,3 milhões de pessoas com qualificação e experiência profissional para uma demanda potencial de 18,6 milhões de trabalhadores.Segundo o Ipea, a economia brasileira deve criar 2.000.607 novos empregos neste ano. O estado de São Paulo deve ser responsável pela maioria dos novos postos de trabalho, num total de 700.053.O levantamento mostra que os setores com excesso de mão de obra qualificada devem ser o industrial, agrícola e o de serviços sociais ? coletivos e individuais. No entanto, outros setores deverão registrar escassez de mão de obra qualificada, como comércio, alojamento, saúde, educação e alimentação. No estado de São Paulo, faltará mão de obra na construção civil.O estudo aponta que haverá ao longo do ano 24,8 milhões de trabalhadores disponíveis no mercado e, como 19,3 milhões desses têm a qualificação exigida para o trabalho, a conclusão é que, na outra ponta, 22,2% dos trabalhadores não têm a qualificação para a demanda existente.?Dessa forma, a massa de trabalhadores sem qualificação requer políticas públicas de combate a essa exclusão, visto que constitui-se um exército que não se encontra nas mesmas condições de competitividade no mercado de trabalho. Mesmo com o crescimento econômico, ainda continuará havendo um estoque de trabalhadores desempregados?, diz o estudo.

Trabalho e Sindicalismo

Diap, 11/03/10
Governo enviará ao Congresso regulamentação do direito de greve
"O Governo não pode ficar omisso, pois é uma exigência constitucional. Não teremos um consenso total, mas já teremos andado com o debate, que ficará em outro patamar", disse secretário de Recursos Humanos (SRH)O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva informou, na última terça-feira (9), durante reunião com o Grupo de Trabalho (GT) da Bancada Sindical, que o Governo enviará ao Congresso Nacional, até maio deste ano, projeto de lei que regulamentará o direito de greve no serviço público Segundo Duvanier, a proposição será um conjunto de princípios e de abrangência nacional. "O Governo não pode ficar omisso, pois é uma exigência constitucional. Não teremos um consenso total, mas já teremos andado com o debate, que ficará em outro patamar", disse aos representantes sindicais do GT. O secretário informou ainda que ao todo serão dois projetos de lei e que, além de tratar do direito de greve, também discorrerão sobre a "negociação coletiva e a resolução de conflitos" e sobre a "liberação de ponto do mandato classista" da Administração Pública. Os projetos foram discutidos com o GT da Bancada Sindical durante mais de dois anos e ainda não têm consenso. De acordo com Duvanier, o projeto sobre o "Direito de Greve" só não foi encaminhado ainda pelo Governo porque está sendo discutido com a Bancada Sindical. Na terça-feira, a Bancada Sindical entregou algumas alterações ao projeto inicialmente apresentado para análise da Secretaria de Recursos Humanos, mas Duvanier antecipou que o Governo enviará os projetos ao exame do Congresso mesmo sem acordo. O presidente do Sindireceita, Paulo Antenor de Oliveira, afirmou que prefere focar a garantia da negociação ao direito de greve, conforme o raciocínio de que só se faz greve quando não há espaço para negociação. Paulo Antenor também destacou que a instituição da negociação coletiva em estados e municípios deveria ser prioridade. "Felizmente, tivemos uma mesa de negociação durante os oito anos de Governo Lula, mas em estados e municípios isso não é realidade".Na opinião do vice-presidente do Sindireceita, Hélio Bernades, os projetos devem ser encaminhados o mais breve possível. "O ideal é realmente construir um consenso, mas estamos no final do Governo e, se o GT não fechar isso, podemos retroceder em outro momento, pois não saberemos se haverá debate sobre o projeto em outro governo".O secretário de Recursos Humanos disse ainda que os projetos serão apresentados na próxima segunda-feira (15) aos secretários estaduais e serão colocados disponíveis para consulta pública em breve. Na próxima reunião com o GT, o Governo se posicionará sobre as alterações propostas. (Fonte: Sindireceita)Para ver o Projeto de Lei e observações das centrais sindicais: http://www.sindireceita.org.br/acms/cliente/sindtten/docs/comunicacao/bol0452010_proj_lei.pdf

terça-feira, 9 de março de 2010

Trabalho e Sindicalismo

Diap, 09/03/10
Agenda Política: empatada, Adin do DEM retorna à pauta do STF

Dos quatros votos faltantes, a tendência é que dois sejam favoráveis à Adin e dois favoráveis às centrais sindicais. A votação conclusiva poderá acontecer, nesta quarta-feira (10), no STFCom o "voto-vista" do ministro Eros Grau contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4067, que discute a legalidade da destinação da contribuição sindical para as centrais sindicais, a matéria retorna à pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (10).
Agora, a votação está empatada em três votos favoráveis à Adin e três contrários. Ainda faltam votar quatro ministros: Gilmar Mendes (presidente), Ellen Gracie, Carlos Britto e Celso de Mello. O ministro José Antonio Dias Toffoli está impedido de votar, pois se posicionou contrário à Adin quando era advogado-geral da União.Na avaliação do DIAP, dos quatro votos faltantes, apenas um será favorável às centrais. Os outros três, pelo perfil conservador desses ministros, serão contrários às entidades.
Vamos aguardar.Veja, a seguir, a previsão dos principais acontecimentos políticos desta semana:
Terça-feira (9)-
Câmara tenta concluir votação de projeto de lei que trata do regime de partilha na exploração do petróleo do pré-sal.- Câmara deve encaminhar para análise do Senado o projeto de lei que trata da capitalização da Petrobras (pré-sal).- Reunião do Conselho Diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) discute edital da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Quarta-feira (10)- Presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP) se reúne com líderes partidários para propor que seja acelerado o ritmo de votações na Casa, a partir da definição de uma pauta de prioridades para este semestre.- Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara realiza audiência pública sobre as perspectivas energéticas da indústria brasileira no cenário de crise comercial. Foram convidados o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, o presidente da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres, Ricardo Lima, e o presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau.- Supremo Tribunal Federal (STF) julga Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 4067, que questiona o repasse de 10% da arrecadação da contribuição sindical às centrais sindicais. Também pode ser julgada adin da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) contra dispositivos da Lei Complementar 87/96 que regulamenta a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A entidade quer excluir a incidência do ICMS sobre a prestação de serviço de transportes rodoviários interestadual, intermunicipal e internacional de passageiros.- Guido Westerwelle, ministro das Relações Exteriores alemão, faz visita oficial ao Brasil e discute Irã.- Departamento do Tesouro dos EUA divulga contas do governo relativo a fevereiro.
Quinta-feira (11)- Reunião da Executiva Nacional do PV, em Brasília, para discutir lançamento de candidaturas próprias nos estados com o objetivo de fortalecer Marina Silva na disputa à Presidência República.- Último dia para os senadores apresentarem emenda ao projeto de lei que cria a Petrosal (PLC 309/09).- IBGE divulga PIB de 2009.- IBGE divulga resultado das vendas do varejo em janeiro.- Sebastián Piñera, presidente eleito do Chile, toma posse.- Departamento de Comércio dos EUA divulga déficit comercial relativo ao mês de janeiro.

Energia

Canal Energia
Furnas pede LI da linha de transmissão de Simplício
Sistema, em circuito duplo, terá 146 quilômetros de extensão dividido em dois trechos, sendo um em circuito duplo
Da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente
08/03/2010

Furnas anunciou nesta segunda-feira, 8 de março, que pediu a licença de instalação da linha de transmissão Anta-Simplício-Rocha Leão ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis. A linha, em 138 kV, atenderá ao complexo hidrelétrico de Simplício, com 333,7 MW, em construção entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A linha conseguiu a licença prévia no último dia 1º.O empreendimento será constituído por duas linhas ? uma em circuito simples, LT Anta-Simplício, com extensão aproximada de 27 km, interligando as subestações Anta e Simplício, ambas de Furnas; e outra, em circuito duplo - LT Simplício-Rocha Leão -, com extensão aproximada de 119 km, que interligará as subestações Simplício e Rocha Leão, esta última de propriedade da Ampla.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Jornal do Brasil

05/03/10
Belo Monte vai custar mais de R$ 16 bi com exigências
Carolina Eloy, Jornal do Brasil

RIO - Os investimentos necessários para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, foram revisados e serão maiores do que os R$ 16 bilhões previstos inicialmente, confirmou quinta-feira o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. As exigências feitas pelo Ibama para liberar a licença prévia do negócio impactaram e elevaram o custo para a usina. A EPE apresentou um novo estudo para o Tribunal de Contas da União (TCU), com estimativas revisadas, disse Tolmasquim quinta-feira durante o seminário O setor energético e a transição para a economia de baixo carbono, no Rio, promovido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade.- Entregamos o estudo na quarta-feira ao TCU, mas não posso revelar o novo valor. O custo será maior por causa das atividades extras que não estavam previstas anteriormente - disse Tolmasquim.A hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, perto da cidade de Altamira, no oeste do Pará. A usina terá potência instalada de 11 mil MW e capacidade de gerar o equivalente a 10% do consumo energético brasileiro. Belo Monte é considerada a principal obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).Tolmasquim contou que existe um estudo do governo para que apenas fontes renováveis sejam mantidas nos leilões de geração de energia elétrica até 2019. Ele disse que a versão preliminar do Plano Decenal de Energia 2010 ainda está sendo discutido. O documento final pode excluir completamente as licitações de projetos de usinas termelétricas a óleo.A EPE e o Ministério de Minas e Energia analisam se é viável dar prioridade a fontes renováveis de energia, disse Tolmasquim. Segundo ele, é possível deixar de lado as térmicas a óleo, mas isso vai depender das aprovações em energia hídrica e das licenças ambientas para outras fontes de energia.

Energia

Diário do Comércio e Indústria, 05/03/10
Preço-teto de Belo Monte será R$ 81 o MWh, diz Lobão

SÃO PAULO - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem que o novo preço-teto da hidroelétrica de Belo Monte (11.233MW) enviado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) ao Tribunal de Contas da União (TCU) é de R$ 81 por MWh, informou a assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia.O orçamento inicial era de R$ 16 bilhões para o custo da obra, com tarifa máxima para o leilão de R$ 68 o MWh. Porém, a EPE fez alterações com base em exigências das construtoras interessadas na obra e das novas condicionantes ambientais colocadas pelo Ibama após o primeiro cálculo.Com esse preço dito por Lobão, a tendência é que o custo de Belo Monte fique por volta dos R$ 20 bilhões - alguns investidores já afirmaram que a megausina não sai por menos de R$ 30 bilhões.Para a disputa, um consórcio já está formado, com Andrade Gutierrez, Neoenergia, Vale e Votorantim. Os postulantes a um segundo ou até terceiro grupo concorrente aguardam a definição dos valores para formatar as respectivas entradas no certame.Odebrecht e Camargo Correa devem encabeçar um grupo; empresas do setor elétrico como CPFL e GDF Suez ressaltaram nos últimos dias que estudam a participação; autoprodutores como Alcoa e CSN também já demonstraram interesse; e a Eletrobrás ainda definirá se vai ao leilão com subsidiárias colocadas em cada lado da disputa ou se aguarda o vencedor para buscar uma sociedade com a holding.O processo depende agora do parecer do TCU para que o Governo feche o valor da hidroelétrica e a Agência Nacional de Energia Elétrica possa lançar o edital da licitação do empreendimento.O edital deve sair este mês.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Energia

Jornal do Brasil, 04/03/10
Cemig consolida mercado interno para ganhar a AL

DA REDAÇÃO - Com 10,768 milhões em sua rede de distribuição, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tem planos de expandir também para a América Latina. Primeiro, a estratégia é consolidar a posição no mercado brasileiro de energia com a aquisição de outras empresas. A estatal adquiriu, pelo consorcio Rio Minas Energia, em 2006, a Light, que atua nos segmentos de geração, distribuição e comercialização, e agora tem planos de comprar a Ampla, distribuidora do interior do estado do Rio. Além de atuar em 19 estados, a Cemig também está presente no Chile, onde construiu uma linha de transmissão (não atingida pelo terremoto), além de exportar energia para Argentina e Uruguai. Luiz Fernando Rolla, diretor de Finanças, Relações com Investidores e Controle de Participações, explica que a Cemig tem plano estratégico com visão de longo prazo na integração da América Latina. - Para este ano, a prioridade da companhia é garantir a qualidade dos serviços ? reforça o diretor da Cemig.Hélder Queiroz, professor do grupo de Economia da Energia da UFRJ, destaca que a empresa está em processo de consolidação da sua expansão. Para ele, é preciso algum tempo após a aquisição para que seja possível ver os resultados da nova administração das empresas compradas.- As aquisições estão sendo feitas de forma inovadora e rápida e isso chama atenção ? declara Queiroz. A capacidade instalada de usinas operadas pela mineira chega a 8.500 MW ? que corresponde a 8,5% da geração nacional de energia ? sendo 6.691 MW de propriedade da Cemig. Rolla destaca que a companhia é o segundo maior grupo gerador do país.Em 2009, os investimentos da empresa somaram R$ 3,6 bilhões, aplicados em expansão e melhoria das linhas de transmissão, geração e distribuição. - Os projetos de manutenção da rede urbana devem contar com mais de R$ 600 milhões este ano. Principalmente Rio de Janeiro e Belo Horizonte, cidades onde o consumo aumentou muito este ano por causa do calor ? conta Rolla. Diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires considera viável a estratégia da Cemig, apesar de pouco comum no setor elétrico brasileiro. Segundo ele, há capital suficiente para a expansão. Pires disse que a única preocupação do mercado em relação à Cemig é a mudança do governo do estado de Minas Gerais, hoje ocupado por Aécio Neves (PSDB).- A companhia sempre foi bem administrada e é eficiente no seu setor. O único risco é eleger um governante que decida mudar o rumo atual da empresa ? avalia Pires. A Cemig investiu, entre 2003 e 2009, mais de R$ 10 bilhões, sendo que um quarto desse valor (R$ 2,5 bilhões) foi gasto nas aquisições de participações estratégicas na Light (não inclui ainda a transação com a Equatorial e Andrade Gutierrez), TBE, Terna, Usina Rosal e parques eólicos do Ceará.Nas usinas da Cemig e subsidiárias, foram investidos R$ 1,9 bilhão. Na melhoria do sistema de distribuição, foram R$ 3,9 bilhões (incluindo o Luz para Todos), além de R$ 1,2 bilhão em transmissão e subtransmissão.

O Estado de São Paulo

04/03/10
Valor revisado de Belo Monte fica entre R$ 16 bi e R$ 20 bi
Nos bastidores, empresas interessadas em participar do leilão acreditam que obra pode chegar nos R$ 30 bi
Leonardo Goy - BRASÍLIA

O custo total estimado pelo governo para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), foi elevado em relação aos R$ 16 bilhões previstos inicialmente. Mas, segundo uma fonte que teve ontem acesso à revisão dos cálculos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o novo valor não é superior a R$ 20 bilhões.A EPE e o Ministério de Minas e Energia entregaram ontem ao Tribunal de Contas da União (TCU) relatório com os novos valores da obra. Ao montante inicialmente calculado tiveram de ser somados, por exemplo, o R$ 1,5 bilhão relativo às condicionantes exigidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) na licença prévia da obra. Nos bastidores, as empresas que estão interessadas em participar do leilão vinham criticando os R$ 16 bilhões calculados inicialmente pela EPE por considerarem a estimativa muito baixa. Entre os executivos das empresas, a expectativa é de que a complexidade da obra - que exigirá, até mesmo, a construção de canais artificiais - possa custar cerca de R$ 30 bilhões. Mas há especialistas que avaliam que o valor correto ficaria entre os R$ 16 bilhões iniciais do governo e os R$ 30 bilhões do mercado.Segundo fonte da área de energia do governo, chegou-se a calcular que o preço final da usina ficaria entre R$ 19 bilhões e R$ 22 bilhões. A revisão do valor da obra também deve ter levado ao aumento do preço-teto da energia da Belo Monte, inicialmente calculado em R$ 68 por megawatt-hora. Pelos critérios do leilão, obterá o direito de construir e operar a usina de 11,2 mil MW o consórcio que se dispuser a vender a energia pelo menor preço, abaixo do teto previamente estipulado. O TCU precisa agora aprovar essa revisão, o que não deve demorar, segundo um ministro do tribunal, uma vez que a metodologia do cálculo já havia sido avalizada pelo tribunal.Depois disso, caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovar o edital e marcar a data do leilão. O governo pretende realizar a licitação em abril. Pelas regras do setor, é preciso haver um intervalo de 30 dias entre a publicação do edital e o leilão. FORA DA FESTAAssim, já não é mais possível que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, participem como ministros do evento, já que os dois terão de se licenciar dos respectivos cargos até o fim de março para concorrer às eleições deste ano. Dilma é pré-candidata do PT à presidência da República e Lobão deverá tentar renovar seu mandato de senador pelo PMDB do Maranhão.

quarta-feira, 3 de março de 2010

O Globo

03/03/10
Cemig, superestatal de Aécio que passa a controlar distribuidora de energia do Rio, tem indicadores piores que os da Light

BRASÍLIA e RIO - A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vem mostrando grande apetite no mercado, passando a controladora da Light no mês passado e agora negociando a compra da Ampla, mas a estatal mineira apresentou no biênio 2008/2009 indicadores de qualidade piores do que os da distribuidora fluminense, como mostra reportagem de Mônica Tavares, Gustavo Paul, Bruno Rosa e Bruno Villas Bôas, publicada na edição do GLOBO, nesta quarta-feira. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que desde 2003 o tempo médio mensal de corte de luz da Cemig oscila entre 11 e 14 horas - sendo este último o indicador de 2008 e 2009. No ano retrasado, último dado consolidado, o índice médio em todo o Sudeste foi de 10,62 horas sem luz. Na Light, ele ficou em 11,6 horas em 2008 e chegou a 13 horas em novembro passado (o mínimo de 2009 foram 9 horas). O número médio de interrupções de fornecimento ao mês é outro indicador no qual a controladora não se destaca. Foram sete desligamentos na Cemig em 2008 e entre seis e sete no ano passado, ao passo que na Light os índices ficaram em, respectivamente, 6,74 e entre seis e sete. A Ampla tem números ainda piores. Não há dados médios para sua área de concessão. Mas, em 2009, considerando-se alguns dos maiores municípios atendidos, seu melhor desempenho seria em Niterói, com média mensal de 8,79 interrupções de fornecimento gerando 12,53 horas mensais de corte. Multada entre 2000 e 2008 anualmente por inconsistência no fornecimento do serviço, reincidente já no início de 2010 com um punição de R$ 9,5 milhões (maior do que os R$ 7 milhões somados de 2003 a 2008), a Light precisa de um choque de gestão na área técnica, segundo especialistas, modernizando sua estrutura de fornecimento de serviços. Neste sentido, afirmam, a associação com a Cemig tende a fortalecer o negócio, pois um conglomerado tem maior capacidade de investimento. É neste contexto de choque de gestão que é bem recebida pelos agentes do setor a mudança na presidência da empresa. O Conselho de Administração da companhia aprovou na terça-feira Jerson Kelman, indicado pela Cemig, para o cargo, no lugar de José Luiz Alquéres . A Cemig indicou ainda dois nomes técnicos e de reconhecida capacidade operacional: José Humberto de Castro, que foi da Celpe (distribuidora pernambucana), e Evandro Leite, ex-superintendente de geração e transmissão da estatal mineira. Segundo comunicado da Light, João Batista Zolini Carneiro assume como vice-presidente executivo e de Relações com Investidores, interinamente, em substituição a Ronnie Vaz Moreira.

Energia

Canal Energia
Furnas recebe licença prévia de LT Anta-Simplício-Rocha Leão
Linha será constituída por duas linhas, sendo uma em circuito simples, com extensão aproximada de 27 km e outra com cerca de 119 km em circuito duplo
Da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente
02/03/2010

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis concedeu nesta segunda-feira, 1º de março, a licença prévia da linha de transmissão, em 138 kV, Anta-Simplício-Rocha Leão. O empreendimento, que pertence a Furnas, será constituído por duas linhas. Uma delas, LT Anta-Simplício, opera em circuito simples, tem extensão aproximada de 27 quilômetros, e interliga as subestações Anta e Simplício, ambas de propriedade de Furnas. Já a linha Simplício-Rocha Leão tem cerca de 119 quilômetros, circuito duplo e interligará as SEs Simplício e Rocha Leão, esta última pertencente a Ampla.

terça-feira, 2 de março de 2010

Jornal do Brasil

02/03/10
Consumo de energia elétrica segue em alta no mês do Carnaval

BRASÍLIA - A alta do consumo de energia em fevereiro, de 11,8% na comparação anual, para 58.436 megawatts médios, indica que a economia continua sua trajetória de recuperação pós-crise, destacou segunda-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela medição. Na comparação com janeiro de 2010, houve crescimento de 4,9%. O aumento do consumo vem sendo observado desde o segundo semestre de 2009, acrescentou o ONS. O aumento da temperatura e o Carnaval também foram apontados como fatores que influenciaram na alta, além da entrada de mais 400 MW médios com a interligação do sistema isolado do Acre e Rondônia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Para atender ao aumento da demanda, o ONS determinou que algumas usinas térmicas entrassem em operação, o que deve encarecer a conta de luz do brasileiro ao longo do ano.O destaque foi o crescimento de carga usada pelo sistema Sudeste/Centro-Oeste, que teve aumento acima da média do mercado, com variação positiva de 12,4% sobre fevereiro de 2009, região de grande concentração de empresas e indústrias.No Sul, o crescimento foi de 11,7% contra igual período de 2009, também puxado pela melhora da atividade econômica. No Nordeste, o avanço foi de 11% e, no Norte, de 7,8%, na comparação anual.Pequenas centrais hidrelétricasA Renova Energia, empresa que produz energia elétrica a partir de pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e de usinas eólicas, vai fazer uma oferta de units que pode levantar até R$ 867,9 milhões. Uma oferta inicial de 25,72 milhões de units representativas de uma ação ordinária e duas preferenciais, com preço entre R$ 19 e R$ 25, com isso, deve levantar, incialmente, R$ 642,9 milhões.O início do período de reserva ocorre na sexta-feira, dia 8, e se encerra no dia 16 deste mês. A fixação do preço das units está marcada para 17 de março, e o início dos negócios no nível 2 da BMF&Bovespa para 19 de março.Investidores de varejo terão direito a percentual entre 10% e 20% do total de units do lote inicial. O investimento varia de R$ 3 mil a R$ 300 mil. Os coordenadores da oferta incluem os bancos Santander e Bank of America Merrill Lynch.

Energia

O Globo, 02/03/10
Cemig, estatal mineira de energia, vai fazer proposta para comprar Ampla, diz Aécio

BELO HORIZONTE, RIO e BRASÍLIA - O apetite da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) por novas aquisições ainda não foi saciado. Na segunda-feira, o governador mineiro, Aécio Neves (PSDB), disse que a empresa pretende fazer uma proposta ao grupo espanhol Endesa para assumir o controle da Ampla, responsável pela distribuição de energia em 66 municípios do Estado do Rio, que correspondem a 73,3% do território fluminense. É o que mostra matéria de Marcelo Portela e Bruno Rosa, publicada na edição desta terça-feira , no GLOBO. Aécio não entrou em detalhes, mas confirmou que já há conversas entre a direção da companhia mineira e o grupo espanhol, e a proposta de aquisição deverá ser feita este mês: - Ainda não está definido o valor, mas vamos fazer uma proposta. Segundo uma fonte envolvida nas negociações entre as empresas, estaria sendo discutida uma "associação" entre a Light e a Ampla. Os rumores de uma união começaram há mais de um ano e sempre foram negados pela italiana Enel, controladora da Endesa. A Cemig já havia assumido o controle operacional da Light mês passado, ao dobrar sua participação de 13% para 26% da distribuidora. No fim de 2009, a companhia também já havia adquirido a italiana Terna Participações, por R$ 2,2 bilhões.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Trabalho e Sindicalismo

Diap, 01/03/10
40h: ampliar direitos
Paulo Pereira da Silva*

A PEC 231/1995, de autoria dos senadores Inácio Arruda (PCdoB/CE) e Paulo Paim (PT/RS), e relatada na Câmara pelo deputado Vicentinho (PT/SP), que propõe a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução salarial, e que também aumenta o valor adicional da hora extra de 50% para 75%, é importante instrumento de distribuição de renda e ampliação dos direitos dos trabalhadores.Com a redução da jornada todos ganham. A redução, por exemplo, vai gerar mais empregos, contribuindo para o crescimento do mercado interno, fator importante para o crescimento econômico. De acordo com o Dieese, a implementação da medida tem o potencial de criar cerca de 2 milhões de postos de trabalho.Há ainda as vantagens sociais, já que o trabalhador terá mais tempo para a família, o lazer e sua própria qualificação profissional. A medida também vai contribuir para a diminuição dos acidentes de trabalho, resultado das jornadas exaustivas.Como percebemos acima, os benefícios para a sociedade são tantos que diversos países registram uma carga menor do que a brasileira. Exemplos: Espanha (35,3 horas semanais), Alemanha (37,6), Reino Unido (40,7).Nas últimas décadas, as inovações tecnológicas e organizacionais, as várias formas de arranjos produtivos, o aumento substancial da educação e um maior nível de qualificação dos trabalhadores resultaram num excepcional aumento de produtividade para as empresas. Dados do IBGE, por exemplo, revelam que a indústria da transformação registrou um aumento da produtividade de 84% entre 1988 e 2008.Percebemos claramente que houve grande ganho por parte do setor patronal e que a redução da jornada é uma forma justa de distribuir entre os trabalhadores parte dos ganhos acumulados. O custo da implantação da redução da jornada para 40 horas semanais é de 1,99%. Como a produtividade na indústria tem crescido constantemente, em pouquíssimo tempo o aumento de custo já estaria mais do que compensado. Aliás, estudo da Fiesp recém-divulgado dá conta de que a expansão da produção em boa parte é sustentada pelo aumento da produtividade dos trabalhadores.Como todas as grandes conquistas são resultados de lutas árduas, as centrais sindicais - Força Sindical, CUT, CGTB, CTB, UGT e Nova Central - na chamada Unidade de Ação, estão com suas agendas centradas na mobilização nos locais de trabalho e nas ruas e na aprovação da medida no Congresso Nacional, visando esclarecer a nação e sensibilizar os parlamentares sobre a importância de reduzirmos a jornada de trabalho.Vale lembrar que, em 2008, as centrais sindicais entregaram ao Congresso, como símbolo da vontade popular, 1,5 milhão de assinaturas pela redução da jornada.A luta pela redução da jornada acontece desde os primórdios do capitalismo. No início era uma questão da própria sobrevivência dos trabalhadores, que tinham jornadas que chegavam a 18 horas por dia.No Brasil, duas reduções aconteceram devido à organização e à mobilização dos trabalhadores. A luta dos trabalhadores resultou na promulgação da Constituição Federal, em 1988, quando a carga horária de trabalho no país, que era de 48 horas/semana desde 1934, foi oficialmente fixada em 44 horas semanais. Hoje, muitas categorias têm carga menor, fruto da negociação dos sindicatos e da pressão na hora de fechar os acordos coletivos.Recentemente o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB/SP), apresentou uma proposta de reduzir a jornada em 2011 para 42 horas, com a perspectiva de nova redução, negociada entre capital e trabalho, a partir de 2013. A Força Sindical está consultando suas entidades filiadas e os trabalhadores sobre essa proposta.Em princípio entendemos que houve avanço na negociação e elogiamos a atitude e o bom senso do presidente da Câmara em buscar um equilíbrio entre as relações capital-trabalho.Não há a menor dúvida de que essa importante mudança na legislação é extremamente necessária e interessa aos trabalhadores e à sociedade em geral, porque gera empregos, melhora a qualidade de vida, fortalece o crescimento econômico e consolida os direitos dos trabalhadores.(*) Presidente da Força Sindical e deputado federal (PDT/SP). Publicado originalmente pela Folha de S.Paulo, na coluna Tendência/Debates (27)

Energia

Canal EnergiaJerson Kelman será novo presidente da Light
Executivo substituirá José Luiz Alquéres, que segue para presidir conselho de administração
Fábio Couto, da Agência CanalEnergia, Recursos Humanos
27/02/2010

Jerson Kelman será o novo presidente da Light (RJ), no lugar de José Luiz Alquéres. O anúncio oficial deve acontecer na próxima-segunda-feira, 1° de março, segundo apurou a Agência Canal Energia. Alquéres deverá assumir a presidência do conselho de administração da empresa.A saída de Alquéres já era prevista desde que o executivo assumiu o cargo, em 2006, quando a Rio Minas Energia adquiriu a Light - que era controlada pela EDF. Inicialmente previsto para um período de dois anos, a gestão de Alquéres teve início com processo de saneamento financeiro e mudanças na gestãoA mudança no comando da companhia acontece após reestruturação da RME, com a saída da Andrade Guiterrez. A operação foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica na última terça-feira, 23 de fevereiro, o que leva a Cemig a deter 25,53% das ações da companhia. Esse percentual aumentará com a aquisição da participação da Equatorial no negócio, o que está sendo estruturado pela empresa mineira.Alquéres, que também preside a Associação Comercial do Rio de Janeiro, recebeu convite para ser presidente do conselho de administração, enquanto o vice-presidente executivo e de Relações com Investidores da companhia, Ronnie Vaz Moreira, foi convidado a continuar como diretor da área financeira.Entre outras funções, Kelman foi pesquisador do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), diretor-presidente da Agência Naional de Águas entre 2000 e 2005 e diretor-geral da Aneel entre 2005 e 2009. Atualmente Kelman estava na BR Investimentos, como sócio. Kelman é Engenheiro Civil, Ph.D. em Hidrologia e Recursos Hídricos (1976) pela Colorado State University.

Canal Energia

MME reitera que definições para concessões fica para próximo governoMinistério já possui uma concepção inicial do que seria o destino das concessões, mas complexidade do tema requer cautela na análise, diz Edison Lobão Danilo Oliveira, da Agência Canal Energia, de Imperatriz (MA), Regulação e Política
26/02/2010

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta sexta-feira, 26 de fevereiro, que a decisão sobre as concessões que vencem nesta década será conhecida apenas no próximo governo. Ao reiterar que "não há pressa" para dar uma definição sobre o tema, Lobão disse que o ministério já possui uma concepção inicial do que seria o destino das concessões, mas que a complexidade do tema requer cautela na análise."O processo não está parado. O governo estuda com cuidado, com a responsabilidade a que lhe cabe a questões pendentes como esta. O MME já tem uma concepção própria, mas ela se concluirá no próximo governo. É preciso privilegiar a perfeição e a segurança da decisão que será tomada", disse Lobão, durante visita às obras da hidrelétrica de Estreito (TO/MA, 1.087 MW). O vencimento das concessões é o tema da Reportagem Especial do CanalEnergia Corporativo desta semana. Assinantes podem acessá-la ao clicar aqui.Lobão também revelou que a crise financeira foi responsável pela mudança de planos do governo, que pretendia lançar um programa de troca de geladeiras no país. Segundo o ministro, o programa estava quase pronto, mas o cenário internacional obrigou o governo a ampliar o escopo do programa. "Decidimos ampliar o plano com a redução de impostos para a linha branca. A troca de geladeiras tornou-se um programa de compra de geladeiras novas", destacou. Ainda de acordo com Lobão, outro programa, o Luz para Todos, deve encerrar o prazo, em dezembro deste ano, com atendimento de 15 milhões de pessoas.O repórter Danilo Oliveira viajou a convite da GDF Suez