sexta-feira, 17 de maio de 2013

Energia

Instituto do Observatório Social
Construtora pede mais R$ 1 bi por Belo Monte

As dificuldades diárias enfrentadas na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, extrapolaram os limites de seus canteiros de obra e chegaram à mesa de negociação de seus empreendedores. Agora, a tensão se instalou entre o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), que reúne o grupo de empreiteiras responsáveis por tocar as obras da usina, e o dono do empreendimento, o consórcio Norte Energia. Desde o fim do ano passado, apurou o Valor, o CCBM tenta negociar um termo aditivo ao contrato que assinou com a Norte Energia. Seis meses de discussões se passaram, mas o acordo não avançou. O CCBM cobra uma fatura extra de aproximadamente R$ 1 bilhão da Norte Energia. Esse seria o primeiro aditivo do contrato, que foi fechado em R$ 13,8 bilhões.

A reportagem é de André Borges e publicada pelo jornal Valor, 15-05-2013.

O CCBM é liderado pela construtora Andrade Gutierrez, seguida pela Odebrecht e Camargo Corrêa, além de outras sete empreiteiras com participações menores. Do outro lado da mesa está a estatal Eletrobras, que detém 49% da estatal Norte Energia, seguida por representantes dos fundos de pensão Petros e Funcef, com uma fatia de 10% cada um. O consórcio também tem participação da Neoenergia, Amazônia (Cemig e Light) e Vale, entre outros sócios minoritários.

Procurado pelo Valor, o CCBM não comenta o assunto. A Norte Energia informou, por meio de nota, que “não se manifestará neste momento sobre quaisquer negociações contratuais com seus fornecedores.”

A pressão tende a aumentar. As reivindicações feitas pelas empreiteiras se baseiam, basicamente, nos custos extras que passaram a ter por conta da onda de paralisações enfrentada em quase dois anos de obra, além das concessões sobre benefícios e salários feitas pelo CCBM em acordos trabalhistas. Ao todo, Belo Monte soma 90 dias de paralisações. As estimativas apontam que, para cada dia parado na usina, o custo adicional é de aproximadamente R$ 10 milhões para os construtores.

Na esfera trabalhista, um dos acordos com os sindicatos que mais puxaram os gastos foi a alteração de prazo da “baixada” dos funcionários. Inicialmente, a cada seis meses, cada empregado tinha direito de passar uma semana em casa. Desde o ano passado, porém, esse prazo foi reduzido para três meses. Além disso, não se trata apenas de dispensar o funcionário. A empresa tem de se responsabilizar pelos custos de transporte, seja de ônibus ou avião. Paralelamente, no entanto, ela tem de manter à risca o cronograma de execução da obra, ou seja, precisa contratar mais funcionários para garantir que o trabalho seja cumprido. Hoje Belo Monte tem 23 mil trabalhadores, número que saltará para 28 mil até outubro, mas que tem possibilidades de chegar a até 30 mil pessoas.

O maior interessado em executar a obra dentro do cronograma é o CCBM, já que seu pagamento só é feito de acordo com a entrega de serviços, isto é, a cada etapa de trabalho concluída, a Norte Energia entra em campo, faz a medição do trabalho e paga por aquela parcela que foi executada. Como chove muito na região amazônica entre os meses de novembro e abril, a execução dos serviços pelas empreiteiras cai drasticamente e, com ela, os valores que entram nos seus caixas.

Às avessas, Belo Monte repete a história vivida na construção da hidrelétrica de Jirau, que está sendo erguida no rio Madeira, em Porto Velho (RO). Neste caso, porém, as negociações financeiras entre a construtora Camargo Corrêa e o consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) foram parar na Justiça, por conta dos desentendimentos sobre quem, afinal, deveria bancar os prejuízos causados pelos atos de vandalismo que, por mais de uma vez, colocaram abaixo os alojamentos da usina.

Com 11,2 mil megawatts (MW) de capacidade instalada e valor total estimado em R$ 28,9 bilhões, Belo Monte é responsável por 33% da expansão de capacidade de energia planejada para o país entre 2015 e 2019. A primeira das 24 turbinas da usina está prevista para iniciar operação em fevereiro de 2015 e a última, em janeiro de 2019.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Energia

Canal Energia
Estudo aponta que preservação de florestas conserva potencial energético de hidrelétricas
Pesquisa feita por Ipam adverte que aumento no desmatamento pode fazer com que Belo Monte perca 30% do seu potencial
Da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente
14/05/2013

A intensidade do desmatamento da floresta amazônica é diretamente proporcional ao potencial das usinas hidrelétricas da região. A afirmação é de estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia - Programa Internacional. O estudo quantificou o impacto da cobertura florestal regional sobre a produção de energia elétrica, em especial a da UHE Belo Monte (PA - 11.233 MW). Os resultados do estudo mostram que as florestas tropicais tem uma importância maior do que se imaginava no processo de formação de chuvas que dão força aos fluxos dos rios. A pesquisa aponta que caso o desmatamento continue aumentando na Amazônia, a projeção de geração de Belo Monte vai diminuir em 30%.

De acordo com Claudia Stickler, autora principal do estudo, os esforços feitos para reduzir o desmatamento na Amazônia estão ajudando a garantir o potencial energético, mas esses esforços devem continuar com a preservação regional. Para o climatologista Marcos Costa, outro autor do estudo, os resultados do estudo são importantes para a elaboração do planejamento energético no longo prazo. Ele ressalta que quanto mais florestas ficarem em pé, haverá mais água nos rios, o que traz mais energia elétrica passível de ser gerada.

Os pesquisadores montaram vários cenários com a produção de energia em diferentes níveis de desmatamento na bacia do rio Amazonas e os cenários com mais florestas eram os que mais produziam energia. Com os níveis atuais de desmatamento, os resultados mostram que a precipitação é de 6 a 7% menor que se houvesse uma cobertura florestal total. E com a perda de 40% de florestas tropicais antecipada por alguns prognósticos até 2050, a precipitação seria entre 11 e 15% mais baixa, resultando assim em 35 a 40% menos energia. Os resultados do estudo poderão servir de base para regiões além da Amazônias, como a África e o sudeste da Ásia. Países como Peru, Colômbia, Congo, Vietnã e Malásia.

Ainda segundo Cláudia Stickler, é necessário que quem planeja a energia leve em consideração o aspecto da cobertura florestal ao calcular o potencial de fornecimento de energia do projeto. Mas ela averte que os projetistas de usinas não costuma levar em consideração os desmatamentos futuros e quando isso é feito, eles projetam que o desmatamento vai aumentar a quantidade de água que flui para as represas, quando os estudos mostraram que acontece justamente o contrário.

Os autores do estudo pedem mais atenção aos custos de energia associados a derrubada de florestas para fins de desenvolvimento, como para a construção de estradas e fazendas. Eles querem que em contrapartida a essas ações sejam feitos programas de apoio a redução do desmatamento com agricultores e pecuaristas.

Para ver a íntegra: http://www.pnas.org/content/early/2013/05/09/1215331110.abstract

terça-feira, 14 de maio de 2013

Energia

Jornal da Energia, 14/05/13
Lucro líquido da Light cai 43,8% no primeiro trimestre
Perdas não técnicas caíram 0,5 ponto percentual na comparação entre os mesmos períodos de 2012 e 2013
Por Maria Domingues

A Light registrou lucro líquido de R$79 milhões no terceiro trimestre de 2013, queda de 43,8% ante os R$140 milhões reportados no mesmo período do ano passado. A receita líquida aumentou 6,9% na comparação entre os trimestres, de R$1,761 bilhão para R$1,883 bilhão. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (ebitda) foi de 355 milhões, o que significa uma retração de R$355 milhões ante o mesmo trimestre de 2012, que foi de R$433 milhões.

Segundo a empresa, as perdas não técnicas dos últimos 12 meses foram de 44,9% calculadas sobre o mercado faturado de baixa tensão (de acordo com o critério da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel), representando uma redução de 0,5 ponto percentual (pp) em relação a dezembro de 2012. A Light explica que ainda incide sobre esse índice o impacto negativo neste decorrente do encerramento contratual dos clientes inadimplentes de longa data.

A companhia informou que o custo médio de compra de energia aumentou 22,1% na comparação entre os mesmos trimestres de 2012 e 2013, de R$111,3/MWh para R$136/MWh. A capacidade instalada de geração subiu 8,7%, de 866MW para 942MW, enquanto a garantia física expandiu 6,8%, de 643MW para 687MW.

O consumo total de energia na área de concessão da Light SESA (clientes cativos e transporte de clientes livres) no primeiro trimestre de 2013 foi de 6.407 GWh, um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2012, influenciado principalmente pelo aumento do consumo nos segmentos comercial e residencial. O resultado do trimestre seria um crescimento de 5,3% em relação ao 1T12, caso não houvesse a exclusão dos clientes inadimplentes de longa data do cadastro da Light, conforme resolução Aneel 414/2010.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Energia

Canal Energia
Remuneração baixa tira interesse de investimentos em transmissão
Receita máxima estabelecida pela Aneel deverá ser mantida este ano mas agência ainda vai analisar os fatos que levaram a 40% de lotes sem lance
Mauricio Godoi, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Planejamento e Expansão
10/05/2013

A taxa de retorno e o baixo nível de remuneração foi o principal problema do leilão de transmissão realizado nesta sexta-feira, 10 de maio, pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Dos 10 lotes que foram ofertados apenas seis foram concedidos, sendo que três tiveram apenas um interessado o que levou a um deságio médio de apenas 11,96%, um dos mais reduzidos nos últimos anos. Dos mais de cinco mil quilômetros ofertados, 916 km mais 3 subestações ficaram sem concessionários.

De acordo com a avaliação de Humberto Gargulo, da Upside, a taxa interna de retorno estava muito abaixo do que se imaginava como adequada para esses tipos de projetos tanto que ele, após o leilão, questionou o retorno adotado pela espanhola Abengoa para conseguir arrematar três dos seis lotes que foram concedidos. A Upside lembrou que até as empresas do Grupo Eletobras não apresentaram lances competitivos para os lotes que tiveram concorrência o A e o B.

Ele lembrou que nas contas dos investidores há a percepção de que a taxa livre de risco - representada pelo equivalente à remuneração do titulo de tesouro nacional - que está em cerca de 4,25%. Esse indicador fica quase no mesmo patamar com custo médio ponderado de capital (WACC, a sigla em inglês) de 5%, estimado pelo diretor da Aneel, Julião Coelho, para o certame. Porém, segundo um executivo próximo ao segmento de transmissão, na realidade a taxa de remuneração era de 4,6% o que permitia pouca manobra nos valores.

Essa mesma fonte contou à Agência CanalEnergia que o cenário visto hoje é o reflexo do cenário da baixa taxa de remuneração, empresas descapitalizadas e os maiores riscos de investimento com questões fundiárias. A combinação desses fatores foram desestimulados ante o retorno oferecido. Contudo, descartou qualquer relação com o sentimento de insegurança jurídica que as medidas recentes do governo trouxeram ao setor elétrico.

"A coisa hoje está feia, a RAP está muito apertada para os empreendimentos que foram colocados nos leilões e por isso que não estamos vendo interesse dos investidores", disse a fonte. O sentimento após a disputa realizada na sede da BM&FBovespa era esse mesmo, outra fonte comentou rapidamente que não valia a pena arrematar os lotes de qualquer jeito em uma mostra clara de que as receitas anuais máximas permitidas realmente desagradaram os investidores.

De acordo com o diretor da Aneel, Julião Coelho, esses lotes que não apresentaram lances serão alvo de novos estudos para verificar a causa de terem ficado sem lances e disse que a partir dessa análise a agência vai direcionar a uma solução. Entre as possibilidades estão a revisão da RAP, a alteração da configuração dos lotes para agregar ativos de maior escala, ou ainda, aumentar o prazo para a construção dos empreendimentos nos próximos leilões. Os lotes variavam entre 22 meses e 36 meses a partir da assinatura do contrato de concessão.

"O modelo é seguro e prova disso é que temos investimentos garantidos", afirmou o diretor da Aneel a jornalistas em coletiva após o leilão. "Lotes que dão vazio não são novidade, já aconteceu", minimizou ele apesar de não poder precisar porque as estatais, sempre presentes nas disputas em anos passados não apresentaram lances.

Julião Coelho refutou a ideia de que a metodologia para o cálculo da RAP, alvo das críticas de investidores, possa ser alterada em função desse resultado. Ele explicou que os valores são obtidos por meio de uma forma analisada pela agência reguladora anualmente e que passa por audiência pública. "Não dá para mudar por livre vontade tem base técnica para o resultado. A tendência é de manter a metodologia", comentou.

Pelo lado dos investidores apenas a Neoenergia e a Isolux, que arremataram os lotes G e H, respectivamente falaram sobre o leilão. Para ambas os ativos fazem parte da estratégia de presença na região onde os empreendimentos estão localizados. O da Neoenergia nos estados da PB e RN e da Isolux no PA e TO. A maior vencedora, também espanhola Abengoa se recusou a comentar os resultados.

O Superientnendente de Licitação de Concessões de Transmissão daAneel, Ivo Nazareno, explicou que os problemas apresentados pelos lotes que deram vazio serão analisados e precificados, mas que ainda é cedo para apontar o que deverá ser feito. Dependendo dessa análise, os lotes poderão voltar à disputa ainda este ano.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Jornal da Energia

Governo diz que só negocia após desocupação de Belo Monte
Em nota, Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que reivindicação dos indígenas causa estranheza e os acusa de ligação com garimpo ilegal
Por Maria Domingues, com informações da Agência Brasil

A Secretaria-Geral da Presidência da República afirmou que só aceita negociar sobre a pauta de reivindicação dos indígenas após a desocupação de um dos canteiros de obras da UHE Belo Monte (11.233 MW), no Pará (PA). Desde a última quinta-feira (07/05), grupo formado por cerca de 60 índios de oito etnias invadiu o Sítio Belo Monte, onde trabalham 4 mil, e obstruem a continuidade dos trabalhos.

Desde a última quinta-feira (02/05), o grupo formado por indígena dos povos Mundukuru, Araras, Juruna, Kaiapó, Xipaya, Kuruaia, Assurini e Paranaká estão no local. Eles reivindicam a regulamentação da consulta prévia e a suspensão imediata de todas as obras e estudos relacionados às barragens nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires. Os manifestantes afirmam que só aceitam negociar com um representante do Governo Federal e no local das obras.

Em nota publicada em seu site na noite desta segunda-feira, a Secretaria-Geral da Presidência da República afirma que a reivindicação dos indígenas "causa estranheza" e que as condições apresentadas pelas lideranças são "insinceras" e "inaceitáveis". O órgão afirma que os índios Munduruku, que vivem na região do rio Tapajós, onde o governo tem planos de construir cinco hidrelétricas, não querem a construção dos empreendimentos na região porque estariam envolvidos com o garimpo ilegal de ouro. "Um dos principais porta-vozes dos invasores em Belo Monte é proprietário de seis balsas de garimpo ilegal", diz a nota.

"Só após a retirada dos invasores dos canteiros de Belo Monte iniciaremos um diálogo para estabelecer condições mútuas de negociação, com o acompanhamento do Ministério Público, da imprensa e da sociedade", ressalta a nota.

O Jornal da Energia tentou contato com representantes dos índios Munduruku, mas eles não foram localizados até o fechamento desta matéria. Em vídeo publicado nesta terça-feira no portal de vídeos youtube, o índio Cândido Munduruku, presidente da associação indígena Pusuru, afirmou que a ocupação continuará e voltou a pedir a presença de um representante do governo. Os índios cobram, principalmente, a presença do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Jornalistas

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Pará divulgaram nesta terça-feira (07/05), uma nota conjunta repudiando a decisão judicial que, na prática, impede que assessores, repórteres e correspondentes internacionais entrem em um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, para acompanhar de perto a ocupação do local, que entrou hoje no sexto dia.

Para as entidades, a decisão da juíza estadual Cristina Sandoval Collyer, da comarca de Altamira (PA), “condena quem se dispõe a prestar o serviço da denúncia de diversos problemas vividos pela população daquela região à sociedade paraense e brasileira”.

Na última sexta-feira (3), a juíza acatou parcialmente o pedido de reintegração de posse do Canteiro Belo Monte, feito pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pela construção da usina.

Como a maior parte do grupo é formada por índios, a juíza estadual disse não ter competência para determinar a desocupação total da área, pedido que o consórcio devia apresentar à Justiça Federal. A magistrada, no entanto, concedeu a reintegração de posse contra os não índios que estivessem ocupando o local. Com isso, o fotógrafo da Reuters Lunaé Parracho; o correspondente da Rádio França Internacional (RFI) no Brasil, François Cardona e o jornalista e assessor do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Ruy Sposati, foram retirados do canteiro de obras por um oficial de Justiça auxiliado por policiais

Único não-índio a ser citado nominalmente na decisão, Sposati ainda foi multado em R$ 1 mil. Segundo a juíza, ele contrariou uma sentença judicial de outubro de 2011, que o proibia de, junto com outras pessoas, voltarem a ingressar no empreendimento.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Jornal da Energia

Angra 1 tem novo desligamento
Usina ficou desconectada do SIN por mais de 7 horas
Da redação

A usina nuclear Angra 1 foi desligada automaticamente do Sistema Interligado Nacional (SIN), na manhã da última segunda-feira (06/05), em função da atuação da proteção de um transformador auxiliar, externo à usina. A atuação foi provocada pela presença de umidade em uma das caixas terminais elétricas desse sistema de proteção.

Segundo a Eletronuclear, a caixa terminal foi trocada, e Angra 1 foi religada às 14h59 do mesmo dia. No início da tarde desta terça-feira, (07/05), de acordo com os dados operacionais disponibilizados pela empresa em seu portal, a produção da usina indicava 600MW, de uma capacidade total de 640MW.

Esse foi o terceiro desligamento imprevisto de Angra e o perigo de o fato se repetir já preocupa a Eletronuclear. O último, em 18 de abril, foi provocado pelo desarme, automático causado por um problema eletrônico no sistema de instrumentação e controle da usina.

Angra 2

A usina foi desconectada do SIN no dia 4 de maio para reabastecimento de combustível, conforme parada progamada. A perspectiva é de que Angra 2 volte a gerar energia em cerca de 30 dias.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Energia

Canal Energia
Indígenas continuam ocupação do canteiro de Belo Monte
Grupo reivindica consulta prévia e suspensão de obras e estudos relacionados às barragens nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires
Pedro Aurélio Teixeira, da Agência Brasil , Meio Ambiente
06/05/2013

Um dos canteiros de obras da usina de Belo Monte (PA- 11.233 MW) continua ocupado por indígenas nesta segunda-feira, 6 de maio. Na última quinta-feira, 2 de maio, um grupo de várias etnias indígenas invadiu o canteiro do sítio Belo Monte. De acordo com informações do Consórcio Construtor de Belo Monte, os outros canteiros seguem funcionando normalmente. Os invasores reivindicam a regulamentação da consulta prévia e a suspensão imediata de todas as obras e estudos relacionados às barragens nos rios Xingu, Tapajós e Teles Pires.

Ainda segundo o consórcio, no fim de semana houve a visita de um representante do governo federal ao canteiro da usina, mas as negociações para a retirada dos índios não avançaram. Os invasores teriam prometido uma lista de reivindicações, que não chegou a ser enviada. A Força Nacional de Segurança está presente no canteiro desde a última sexta-feira, 3 de maio, para preservar o patrimônio da obra e a integridade física dos cerca de 4 mil trabalhadores alojados no canteiro. O manifestantes não indígenas foram retirados do local.

Com informações da Agência Brasil.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Energia

Jornal da Energia, 30/04/13
Petrobras: Lucro da área de gás e energia sobe 24% no primeiro trimestre
Alta deve-se ao aumento da geração termelétrica e do preço da energia, mas efeitos foram parcialmente compensados por alta do gás natural e do GNL
Por Maria Domingues

O lucro líquido da área de gás e energia da Petrobras no primeiro trimestre de 2013 foi de R$878 milhões, alta de 24% ante os R$707 reportados no mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, que divulgou os seus resultados trimestrais na noite da última sexta-feira (26/04), a alta deve-se ao aumento da geração termelétrica e do preço médio da energia. Esses dois feitos, porém, foram parcialmente compensados por maiores custos com gás natural e GNL.

A venda de energia elétrica reduziu 19%, de 2.315 MW médios registrados no primeiro trimestre deste ano para 1.864 MW médios do mesmo período do ano passado. A geração de energia elétrica, porém, aumentou quase seis vezes no período, de 862 MW médios para 5.120 MW médios. Para efeito de comparação, o PLD registrado no primeiro trimestre de 2013 era de R$59, ante R$325 no mesmo período deste ano, um valor 5,5 vezes maior. A importação de GNL subiu sete vezes, de 14 mil barris por dia (bpd) para 99 mil bpd, enquanto a importação de gás natural subiu 19%, de 167 mil bpd para 198 mil bpd.

Segundo a companhia, "a redução no volume das vendas de energia foi em função da política de comercialização adotada no contexto de retração nos preços médios no mercado de curto prazo". Enquanto que o aumento da geração está diretamente relacionado aos despachos termelétricos, assim como os aumentos da importação de gás natural e GNL.

O desempenho operacional da área de gás e energia foi destacado pela presidente Maria das Graças Foster na mensagem enviada aos acionistas. Na soma de todas as áreas, a Petrobras obteve lucro líquido de R$7,693 bilhões, queda de 17% ante o mesmo período de 2012, quando reportou R$9,214 bilhões. A receita de vendas trimestre somou R$ 72.535 bilhões, alta de 10% na comparação com o primeiro trimestre de 2012. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado caiu 2% no trimestre para R$ 16,231 bilhões.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Canal Energia

Grupo Eletrobras investe R$ 676,049 milhões no primeiro bimestre
Empresas subordinadas ao MME aportaram 13,3% do total estipulado para o ano ou
R$ 13,233 bilhões dos R$ 99,543 bilhões previstos
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Investimentos e Finanças
24/04/2013

O grupo Eletrobras executou no primeiro bimestre do ano 6,6% do seu orçamento anual de R$ 10,240 bilhões. Segundo o Ministério do Planejamento, o grupo investiu no período R$ 676,049 milhões. No total, todas as empresas estatais federais realizaram investimentos de R$ 13,7 bilhões, superando em 10,7% os R$ 12,4 bilhões registrados no ano anterior. Considerando as empresas que compõem o Ministério de Minas e Energia, os investimentos no bimestre chegaram a R$ 13,233 bilhões ou 13,3% dos R$ 99,543 bilhões previstos.

Das empresas do grupo Eletrobras, a Chesf foi a que mais aportou recursos entre janeiro e fevereiro de 2013, investindo R$ 175,528 milhões, o que representa 8,8% do seu orçamento anual de R$ 1,986 bilhão. A Eletronuclear utilizou R$ 89,566 milhões dos R$ 3,136 bilhões de orçamento anual, enquanto Furnas investiu R$ 89,405 milhões dos R$ 1,193 bilhão. A Eletrosul aportou no primeiro bimestre R$ 23,373 milhões dos R$ 600,380 milhões de orçamento anual e a CGTEE, R$ 20,122 milhões dos R$ 215,348 milhões previstos. O Cepel aportou R$ 1,789 milhão dos R$ 21,250 milhões.

Na área de distribuição, a Eletrobras-AM foi a que realizou o maior aporte no período, R$ 189,713 milhões ou 15,5% do orçamento anual de R$ 1,221 bilhão. A Eletrobras-PI aportou recursos de R$ 14,657 milhões, seguida da Eletrobras-RO, que investiu R$ 12,666 milhões. A Eletrobras-AL utilizou 4% do orçamento anual de R$ 182,109 milhões, o que equivale a R$ 7,193 milhões. A Eletrobras-AC e a de Roraima, que atende a capital Boa Vista, investiram no período, R$ 6,242 milhões e R$ 168,456 mil, respectivamente. O grupo Petrobras, ainda segundo o Ministério do Planejamento, investiu R$ 14,1% do orçamento anual ou R$ 12,557 bilhões dos R$ 89,303 bilhões previstos para 2013.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Trabalho e Sindicalismo

Federação Nacional dos UrbanitáriosTrabalhadores querem uma PLR digna, que reflita os resultados de 2012


O balanço negativo da Eletrobras, divulgado terça-feira, dia 02, é reflexo do grande impacto no grupo das medidas tomadas pelo Governo Federal para reduzir as tarifas de energia elétrica. A perda de valor patrimonial foi de R$ 9,4 bilhões (-13%). Por outro lado, a Receita Operacional em 2012 cresceu R$ 4,8 bilhões (16,6%), sendo que o lucro líquido apurado sem as perdas resultantes da Lei 12.783/13 foi de R$ 2,7 bilhões, resultados esses que refletem a contribuição dos trabalhadores do Grupo e não podem ser esquecidos pela direção da Holding neste momento onde se inicia a discussão do acordo coletivo de trabalho.

A FNU e o CNE não têm dúvidas que os resultados apresentados devem ser levados em consideração quanto ao pagamento da PLR. Para a categoria não poderá ser diferente, pois conforme afirma a própria Eletrobras o prejuízo de 2012 “deve ser encarado como um evento pontual resultante dos efeitos da Lei 12.783”. Portanto, uma situação excepcional a qual os trabalhadores não possuem qualquer ingerência, mesmo porque, são atos de gestão.

Desde o início a FNU e o CNE se posicionaram contrários aos critérios adotados pelo Governo com relação a MP 579, por conta do entendimento de que tal medida seria altamente danosa para saúde financeira das empresas do Sistema. Fato que se comprovou com o enorme prejuízo da Holding (o maior da história de empresas com ações na BOVESPA).

É preocupante também a indefinição da forma como serão tomadas as ações do Sistema para lidar com a significativa perda de receitas daqui para frente. O processo de reestruturação tem trazido incertezas quanto ao PDI e a possibilidade “de alterações significativas no que concerne ao mix ‘capital próprio e de terceiros”, sobretudo no que diz respeito às distribuidoras.

A FNU e o CNE entendem que esse cenário de indefinições mostra uma fragilidade da direção do Sistema, que muda o seu discurso a cada tomada de posição do Governo e do mercado. Todos os dias os meios de informação anunciam possíveis medidas e saúda a nova postura da Holding, de “austeridade”, simbolizada pelo corte de gastos, a redução de pessoal, privatizações de distribuidoras, enfim, todas as medidas de caráter neoliberal, que os trabalhadores rejeitam.

As ações e os discursos do Governo Dilma e da Direção da Eletrobras, principalmente do seu Presidente são típicos do modo tucano de governar, vejamos: Estado mínimo (tem que “enxugar” o excesso de pessoal), corte de benefícios, privatização das distribuidoras, enfraquecimento e desestruturação das empresas através da MP 579, ou seja, se jogou no lixou o projeto do Presidente Lula de transformar a Eletrobras na Petrobras do setor elétrico.

A FNU e o CNE repudiam essa agenda neoliberal. Por isso, vão realizar uma forte mobilização pelo pagamento de uma PLR digna e da periculosidade sobre a remuneração. Os trabalhadores eletricitários gostariam que a direção da Eletrobras tivesse a mesma determinação para implantar a portaria interministerial nos moldes da Petrobras, como está tendo para reduzir a periculosidade.

ELETROBRAS ATACA DIREITO À PERICULOSIDADE

A FNU foi informada pela Eletrobras no dia 03/04 sobre mudanças no cálculo da periculosidade (veja em anexo cópia do fax), que trazem grandes prejuízos aos trabalhadores. Desde já a Federação afirma que irá buscar todos os meios legais através do seu departamento jurídico para barrar qualquer ataque a esse direito histórico da categoria, conquistado através de muita luta.

CALENDÁRIO CNE

10 DE ABRIL

9h às 13 h – Reunião na sede da FNU para avaliação da Periculosidade com a presença da assessoria jurídica da Federação, discussão sobre PLR e preparação para mobilização nacional do dia 12 de abril.

15 horas- Entrega da pauta a Eletrobras

“É A NOSSA ENERGIA QUE ILUMINA O BRASIL”

“OS ELETRICITÁRIOS ESTÃO DE OLHO NAS ELEIÇÕES DE 2014”

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Energia

Jornal da Energia, 03/04/13
Eletrobras: Programa de demissão voluntária depende de aval do Ministério do Planejamento
Iniciativa, que integra Plano Diretor de Negócios e Gestão, apresentado na semana passada, já passou pelo Conselho de Administração e MME
Por Maria Domingues

O Programa de Incentivo ao Desligamento da Eletrobras depende apenas do aval do Ministério do Planejamento para que possa ser implementado. A iniciativa, prevista no Plano Diretor de Negócios e Gestão, anunciado pela empresa na última semana, deverá entrar em vigor ainda neste ano.

Segundo o diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Eletrobrás, Armando Casado de Araújo, o programa já foi aprovado pelo Conselho de Administração da companhia e pelo Ministério de Minas e Energia (MME). "O Ministério do Planejamento solicitou os contratos de metas das outras áreas do plano diretor para poder fazer essa deliberação", disse o executivo, que participou de teleconferência com analistas e investidores nesta terça-feira (02/04).

O plano, salientou Casado de Araújo, já foi padronizado para todas as empresas do Grupo Eletrobras. Dependendo da adesão, poderá ser necessária a realocação de pessoas. Essa possibilidade já havia sido ressaltada pelo presidente da companhia, José da Costa Carvalho Neto, na semana passada. A expectativa da estatal é que 5 mil, ou seja, 18,5% dos 27 mil funcionários da estatal adiram ao plano.

Sobre os demais pontos do Plano Diretor, que prevê redução de custos de 20% para 2013 e de 30% nos próximos anos, Casado de Araújo ressaltou que a companhia terá que "apertar o cinto" para reduzir os custos de operação e manutenção dos ativos renovados seguindo os dispositivos da Medida Provisória 579. O executivo salientou, porém, que os contratos onerosos que não tem relação à atividade fim da companhia serão repassados aos órgãos responsáveis.

Como exemplo, o diretor citou um assentamento localizado próximo da usina de Itaparica (1.500 MW). "Já foi criado um grupo de trabalho, que envolve os ministérios da Integração e do Planejamento, além da Eletrobras e o prazo para a transferência desse assentamento para a Integração é de 180 dias. Só esse contrato onera os cofres da empresa em R$120 milhões ao ano", disse.

Casado de Araújo ressaltou também a padronização das atividades compartilhadas do Grupo Eletrobras e a criação de uma sociedade de propósito específico (SPE) única, que englobará as quatro SPEs relacionadas à Interligação Elétrica do Madeira (IE Madeira). "Conquistaremos um ganho de escala e de gestão com essa junção", disse.

O diretor disse que a relação dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) é "muito grande". As próximas captações a serem realizadas pela companhia terão a União como garantidora. "O objetivo é ter o menor custo de captação possível", disse.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Energia

Jornal da Energia
Eletrobras: Presidente espera adesão de 5 mil em plano de demissão voluntária
Número representa 18,5% de um universo de 27 mil funcionários
Por Maria Domingues

O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto. afirmou nesta quinta-feira (28/03), durante a apresentação do Plano Diretor de Negócios e Gestão da companhia, que espera a adesão de 5 mil, ou seja, 18,5% dos 27 mil funcionários da estatal no Plano de Incentivo ao Desligamento, que deverá ser implantado ainda neste ano.

“Este plano pode levar à sobra de pessoal em algumas empresas e falta em outras. Por isso, vamos fazer com que possa haver uma migração de um empregado de uma empresa para outra", disse o executivo. O plano de desligamento é uma das iniciativas previstas pela companhia para reduzir custos. Para 2013, a meta será de 20%, mas esse percentual será aumentado para 30% nos próximos três anos.

O “Plano Diretor” está em:
http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=13004&id_secao=17

quarta-feira, 27 de março de 2013

Energia

Agência Brasil, 27/03/13
Acordo com Eletrobrás-Furnas traz alívio para atletas da ginástica olímpica
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A situação crítica dos atletas da ginástica olímpica no Rio de Janeiro, país sede das próximas Olimpíadas recebeu um sopro de alívio na manhã de hoje (26), após o anúncio de um contrato publicitário da empresa de energia elétrica Eletrobrás-Furnas com a equipe.

O apoio publicitário prevê o direito de uso da imagem, durante dez meses, do técnico Renato Araújo e dos atletas Dani Hipólito, Petrix Barbosa, Sérgio Sasaki, Jade Barbosa e Caio Campos, todos demitidos do Clube do Flamengo há cerca de três meses. O valor do contrato varia entre R$ 70 mil e R$ 80 mil por mês.

O gerente de Comunicação de Furnas, Leandro Rosa, explicou que a empresa sensibilizou-se com as condições dos atletas e espera que, com o contrato, a equipe consiga mais visibilidade e, futuramente, mais patrocínios.

“Esse orçamento está dentro do plano de mídia da empresa ligado a peças publicitárias. Nossa intenção não é de patrocínio. Os atletas não têm nenhuma obrigatoriedade de utilizar a marca Furnas em compromissos externos. Estamos trazendo os atletas para os projetos institucionais de Furnas. Nosso compromisso é com grandes projetos de perspectiva nacional e de não deixar os atletas órfãos”, declarou Rosa.

Apesar do incentivo, os atletas continuam sem local fixo para treinar. Para Diego Hipólito, veterano entre os atletas olímpicos, o apoio veio em boa hora e vai permitir estabilidade financeira aos atletas enquanto não encontram local adequado para a equipe.

“Eu tenho patrocínio, mas alguns aqui estavam sem clube e sem salário. Esse contrato nos dá uma base e uma tranquilidade para que todos possam buscar local em conjunto”, disse Hypolito, ao informar que temporariamente os rapazes estão treinando no Clube Pinheiros, em São Paulo, graças a um acordo firmado entre o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o clube paulista. As meninas continuam sem um local para treinos, mas existe a possibilidade de, após a Páscoa, treinarem no Clube de Curitiba, para a seletiva do grupo nacional.

Os atletas estão preocupados com a proximidade das Olimpíadas, e afirmam que cada dia sem treino é um obstáculo a mais para a conquista de medalhas. Jade Barbosa é uma das atletas que não tem treinado e está preocupada com a seletiva, em duas semanas. “Estamos sem ginásio para fazer um treino básico e temos que nos preparar para as seletivas. Há três meses achávamos que o grupo estava em vantagem sobre os adversários, pois tínhamos toda uma estrutura, agora isso tudo acabou”, lamentou Jade.

“Esperamos que isso se solucione rápido”, disse Diego Hypolito, “pois temos uma Olimpíada no Brasil e se queremos ter resultados, representar bem o país, temos que começar desde já, pois não se conquista uma medalha em um dia, em uma semana, mas em um ciclo e esse ciclo já começou”, declarou Diego Hypolito.

Petrix Barbosa, atual campeão panamericano, agradeceu a empresa e espera que o acordo sirva de exemplo para outras empresas. “Queremos dar orgulho a empresa e agradecer por essa atitude de apostar na nossa equipe. Esperamos que outras empresas possam fazer o mesmo”, completou.

terça-feira, 26 de março de 2013

Portal Ambiente Energia

Energia eólica, mercado de trabalho em alta

O recente anúncio por parte do governo de mais investimentos no setor de energia, ressaltando a atual capacidade de geração e transmissão no Brasil, soou de maneira positiva também no mercado de energia eólica. “Este segmento, que detém a tecnologia necessária para gerar energia renovável por meio da força dos ventos, viveu ótima fase em 2012 e continua apresentando boas perspectivas, inclusive em termos de contratações no mercado executivo”, afirma Leandro Bakaukas, consultor associado da Search Consultoria em Recursos Humanos.

Segundo a Eletrobrás, este ano serão colocados em operação 535,1 MW (megawatts) de geração eólica, o que representa um incremento de 30% na capacidade instalada desse tipo de energia renovável no País. Diante deste contexto, o mercado de trabalho no setor também deve ter expansão em 2013.

“Para atender a demanda crescente, a busca por executivos para a área industrial, em departamentos como de qualidade, manufatura e infraestrutura, aumentou. Houve ainda muitos processos de seleção para áreas de suporte, como finanças e supply chain”, diz Bakaukas.

A Search prevê que a procura por executivos no setor em 2013 deve continuar no mesmo ritmo ou até mais acelerado que em 2012. Algumas boas notícias reforçam as expectativas positivas. O BNDES acaba de liberar um financiamento de R$ 300 milhões para a construção de 15 parques eólicos na Bahia, que terão capacidade para gerar 386 MW (megawatts) e demandarão investimentos totais de R$ 1,4 bilhões.

Entram em operação em 2013 os complexos eólicos do Livramento (78 MW, RS); Miassaba 3 (68,5 MW, RN); Rei dos Ventos 1 e 3 (118,6 MW, RN); Casa Nova (180 MW, BA); Pedra Branca (30 MW, BA); São Pedro do Lago (30 MW, BA) e Sete Gameleiras (30 MW, BA).

Não é só o Nordeste que apresenta um cenário promissor, segundo o consultor da Search. Recentemente, a Secretaria de Energia de São Paulo lançou um mapa que mostra o potencial de geração de energia eólica no Estado. As cidades de Bauru, Campinas e Sorocaba, por exemplo, têm capacidade de atender 5 milhões de residências durante 12 meses, usando apenas a força do vento. “Isso deve contribuir para o aquecimento das movimentações no mercado executivo do setor, pois os investimentos devem gerar uma necessidade ainda maior de contratações de profissionais qualificados em todos os níveis e áreas”, analisa.

Na opinião do consultor, como o segmento ainda está em formação e carece de processos mais sofisticados, há profissionais que já saem na frente na conquista de uma vaga: “Quem apresentar experiência com alto nível de excelência operacional, souber trabalhar em projetos e atue seguindo as melhores práticas estará em vantagem”.

Search-No mercado desde 2007, a Search Consultoria em Recursos Humanos atua em diversos segmentos (industrial, financeiro, de tecnologia, bens de consumo, construção civil, farmacêutico, entre outros) e concentra sua expertise em Recrutamento de Executivos, Assessment (levantamento das habilidades dos executivos face ao conjunto de competências do cliente, identificação dos “gaps” em cada executivo avaliado e definição de um Plano de Desenvolvimento Individual), Mapeamento de Mercado e Coaching para executivos de empresas clientes.

Entre os diferenciais da empresa estão a equipe de consultores altamente qualificada e reconhecida no mercado, com atuação nas maiores companhias e consultorias do País, e a ética no relacionamento com clientes, candidatos, fornecedores e colaboradores. Para atender seus clientes com excelência também fora do País, a Search mantém aliança estratégica com empresas nos Estados Unidos, Argentina, Europa e Ásia.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Trabalho e Sindicalismo

Diap, 25/03/13
Centrais sindicais lançam em São Paulo 1º de Maio Unificado 2013

Este ano a celebração do Dia do Trabalhador será marcada pela comemoração dos 70 anos da conquista da CLT. O lançamento do 1º de Maio Unificado, evento promovido pelas centrais sindicais NCST, UGT, CTB e Força Sindical, vai ser nesta terça-feira (26).

O ato de lançamento ocorrerá às 10h, no Viaduto do Chá, localizado na região central da cidade de São Paulo.

Com o tema “Garantir Direitos e Avançar nas Conquistas”, o 1º de Maio 2013 trará a defesa da jornada de 40 horas semanais sem redução de salários, fim do fator previdenciário, igualdade de oportunidade entre homens e mulheres, política de valorização dos Aposentados, regulamentação da Convenção 151 e ratificação da Convenção 158, ambas da OIT.

Câmara dos Deputados

Em razão do feriado da sexta-feira (29) santa, a Casa legislativa já estará esvaziada na quinta-feira. Os trabalhos em plenário serão intensos na terça (26) e quarta-feira (27) com sessões deliberativas na parte da manhã. Poderá ser votada, em sessão ordinária, a MP 591/12, que fez mudanças na MP 579/12, sobre novas regras para as concessões de energia elétrica. O aumento de cargos para o PSD na Casa pode ser confirmar em sessão extraordinária para concluir a votação do projeto de resolução (PRC) 178/13. Outras dez proposições na área de segurança podem também ser pautados para votação durante a semana encurtada.

CDH

Até terça-feira (26), a Câmara deverá colocar um ponto final na polêmica gerada com a eleição do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a CDH. Este é o prazo que o presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) concedeu ao líder do PSC para resolver o assunto que vem desgastando a imagem da Casa.

Senado Federal

No Senado, o grande destaque é a votação em segundo turno da PEC 66/2012, que garante aos empregados domésticos direitos já assegurados aos demais trabalhadores, como jornada de trabalho definida, horas extras e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), foi aprovada em primeiro turno no último dia 19. Depois da votação em segundo turno, fica restando apenas a promulgação de emenda constitucional.

Seca no Nordeste

A presidenta Dilma Rousseff deve anunciar novas medidas de combate à seca no Nordeste nesta segunda-feira (25). Será durante visitas da presidenta a obras no sertão de Pernambuco. Pela proposta, os recursos serão disponibilizados diretamente para as prefeituras.

Composição do CNJ

O TST receberá, a partir desta segunda (25), as manifestações de magistrados de primeiro e segundo graus interessados em participar da lista de indicados para o Conselho Nacional de Justiça.

Reforma ministerial

A presidente Dilma Rousseff se reúne com o senador e presidente do PR, Alfredo Nascimento, para discutir o espaço da legenda no governo. É possível que a presidente anuncie mudanças no Ministério dos Transportes. O mais cotado para substituir Paulo Sérgio Passos é o senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP).

Brics

Na quarta-feira (27), a presidente Dilma Rousseff participa da V Cúpula de reunião do Brics, em Durban, na África do Sul. Líderes de Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul vão discutir relatórios preparados por grupos de trabalho liderados pelo Brasil sobre o fundo de reservas proposto, e outro da Índia e da África do Sul sobre a criação de um banco de desenvolvimento conjunto, que forneceria recursos a economias emergentes e em desenvolvimento para projetos de infraestrutura.

Alexandre Tombini

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participará da reunião de ministros de Finanças e de presidentes de Bancos Centrais do Brics, em Durban (África do Sul). Tombini também estará presente na reunião bilateral com o South African Reserve Bank. Tombini retorna ao país na quarta-feira e, no dia seguinte, participa de reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Inflação

O Banco Central divulga, na quinta-feira (28), às 8h30, o Relatório Trimestral de Inflação referente ao primeiro trimestre de 2013. Às 11 horas, haverá entrevista com o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton Araújo, transmitida ao vivo pela internet pelo BC. (Com Arko Advice)

Veja, a seguir, a previsão dos principais acontecimentos políticos desta semana:

Segunda-feira (25)

- Presidente Dilma Rousseff anuncia, em Pernambuco, pacote de medidas emergenciais para combater os efeitos da seca no Nordeste.

- Direção nacional do PT se reúne com os presidentes de seus 27 diretórios para traçar estratégias de coligações e candidaturas aos governos estaduais e ao Senado, em São Paulo, para evitar tensões com aliados em colégios eleitorais importantes.

- Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, se reúne com Gill Marcus, presidente do Banco Central da África do Sul, em Durban.

- Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, anunciam parceria para criar um Grupo de Trabalho (GT) bilateral São Paulo-Estados Unidos, com o objetivo de desenvolver projetos e programas de cooperação nas áreas de Educação; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; Segurança e Justiça; Comércio e Investimento e Cooperação bilateral com a África.

- Secretaria do Tesouro Nacional divulgará o relatório mensal da Dívida Pública referente ao mês de fevereiro de 2013.

- Fundação Perseu Abramo lança na Biblioteca Nacional, em Brasília, a partir das 19h30, o documento “Exclusão nos equipamentos culturais e potencial do Vale Cultura no Brasil”. Os dados que fundamentam este estudo são do IBGE e do Ministério do Trabalho e Emprego e apontam a falta de cinemas, bibliotecas, teatros, museus, centros culturais, vídeo locadoras, entre outros por região e por Estados. Mostram também o volume de recursos que será colocado no mercado cultural com esse benefício.

- Tesouro Nacional divulga o relatório mensal da Dívida Pública de fevereiro.

Terça-feira (26)

- Presidente Dilma Rousseff se reúne com o presidente do PR e senador Alfredo Nascimento (AM), para discutir novas mudanças na equipe ministerial.

- Comissão Mista do Congresso que discute a MP dos Portos (595/12) realiza audiência pública com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, da Bahia, Jaques Wagner, e do Rio Grande do Sul, Tarso Genro - Governador do Estado do Rio Grande do Sul.

- Comissão Mista do Congresso que discute a MP 599/12, que cria dois fundos para compensar as perdas dos estados com a unificação da alíquota do ICMS , realiza audiência pública com Carlos Mauro Benevides Filho, Secretário de Fazenda do Ceará, Jáder Rieffe Julianelli Afonso, Secretário de Fazenda Mato Grosso do Sul, Odir Alberto Pinheiro Tonollier, Secretário de Fazenda do Rio Grande do Sul, Renato Augusto Zagallo Villela dos Santos, Secretário de Fazenda do Rio de Janeiro; e Afonso Lobo Moraes, Secretário da Fazenda do Amazonas.

- Comissão Mista do Congresso sobre a MP 601/12 (benefícios fiscais da desoneração da folha de pagamento aos setores da construção civil, do comércio varejista e de serviços navais – manutenção e reparação de embarcações) realiza audiência pública com o diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica, Edmar Bacha, o presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Pedro Luiz Barreiros Passos, e o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Fernando Figueiredo.

- Ex-presidente Lula e o ex-presidente da Espanha Felipe González participam do seminário “Novos Desafios da Sociedade”, organizado pelo Valor, em São Paulo.

- Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participa da reunião de ministros de Finanças e de presidentes de Bancos Centrais do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Durban (África do Sul).

Quarta-feira (27)

- Presidente Dilma Rousseff participa da V Cúpula de reunião do BRICS, em Durban, na África do Sul.

- Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , retorna ao Brasil após viagem à África do Sul.

- IBGE divulga Índice de Preços ao Produtor – Indústrias de Transformação, mês de referência fevereiro.

Quinta-feira (28)

- Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) faz audiência pública sobre a proposta de regulamento sobre as condições de uso de radiofrequências na Faixa de 698 MHz a 806 MHz. A faixa de 700 MHz é utilizada atualmente pela radiodifusão. O governo pretende com a nova destinação possibilitar a transição da TV analógica para a TV digital.

- Reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

- IBGE divulga o desemprego de fevereiro.

- Banco Central divulga resultado do setor público consolidado em fevereiro.

- Banco Central divulga relatório trimestral de inflação.

- Será divulgada a terceira reestimativa do PIB dos EUA relativo ao 4º trimestre.

Sexta-feira (29)

- Feriado nacional (Paixão de Cristo).

sexta-feira, 22 de março de 2013

Energia

Jornal da Energia, 22/03/13
Índios e ribeirinhos paralisam trabalhos em Belo Monte
Movimentos sociais estão proibidos de entrar na obra, mas decisão não é válida para esses manifestantes
Fabiola Binas e Maria Domingues

Os trabalhos em um dos canteiros da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW) estão paralisados por conta da ocupação realizada por cerca de 60 pessoas, entre índios, ribeirinhos e colonos da região de Altamira (PA). No canteiro denominado Sítio Pimental, atuam por volta de cinco mil dos 20 mil colaboradores que estão construindo a Usina Hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW). A manifestação foi iniciada na manhã desta quinta-feira (21/03).

Para o local das obras, está valendo uma decisão judicial que estabeleceu um intérdito proibitório - ação que visa repelir algum tipo de ameaça à posse - aos principais movimentos sociais que atuam na região de Altamira, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS). Porém, a medida solicitada pela Norte Energia, responsável pela construção e operação Belo Monte, não vale para os manifestantes que se encontram no local.

De acordo com informações da Norte Energia “gerentes e equipe técnica da empresa estão no Sítio Pimental desde o início desta manhã (21/03) conjuntamente com a Força Nacional, dialogando para a desocupação da área”. A companhia diz estar “aberta ao diálogo”, mas afirma que tomará “todas as medidas legais cabíveis para a continuidade do trabalho desocupação da área”. Ainda de acordo com a Norte Energia, nesta quarta-feira (20/03), foram acordadas questões que afetam a área de indígena do local, junto à lideranças da Aldeia Muratú.

Contatados pela reportagem, o MXVPS negou ter relação com o episódio. "O Xingu Vivo apoia a causa, mas não tem relação com a manifestação. Esse é um protesto dos indígenas e dos ribeirinhos", disse a advogada do Movimento, Roberta Amanajas, ressaltando que a ocupação tem como objetivo cobrar as condicionantes não cumpridas pela Norte Energia.

Já a advogada de Direitos Humanos, Maíra Irigaray, esteve no Sítio Pimental e descreveu a situação como "tensa". “As pessoas que estão lá, não vão sair enquanto não houver uma reunião para uma solução”, reforçou. Ela contou ainda que um jornalista, que fazia fotos na área ocupada, foi retirado pela Polícia Federal e deixado em uma das estradas que dão acesso ao canteiro.

De acordo com o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), as atividades foram paralisadas na área, pois no Sítio Pimental há uma grande circulação de máquinas pesadas e caminhões, sendo que os trabalhadores que atuam no local usam equipamentos de segurança, que não são utilizados pelos manifestantes. Logo, as obras forma interrompidas “por motivo de segurança”.

Essa tensão alastra-se desde os primórdios dos trabalhos nos canteiros. As obras já foram paralisadas diversas vezes, sendo que as instalações do CCBM sofreram depredações e até roubo, em um processo que tramita na Polícia Civil do Pará. Por outro lado, na Câmara dos Deputados, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) doTráfico de Pessoas está prestes a recomendar a paralisação da contrução, alegando que a usina provocou a migração de 30 mil a 40 mil pessoas para a região, sem que o município tivesse estrutura para receber tanta gente, o que teria provocado o aumento dos indicadores de violência, do tráfico de drogas e da mendicância.

Além disso, um parecer do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), que tem como objetivo avaliar o andamento dos programas listados no Projeto Básico Ambiental (PBA), cujo cumprimento é uma condição para que as obras da hidrelétrica tenham continuidade, está com parte das ações de reponsabilidae da Norte Energia, avaliadas com o status de “não atendidas” ou “parcialmente atendidas”, conforme relatório emitido pelo órgão no ano passado.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Energia

Jornal da Energia, 20/03/13
Usina nuclear Angra 2 é religada
Unidade apresentou problema em bomba de fluido de controle
Da redação

A usina nuclear Angra 2 (1.350 MW) foi sincronizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) nesta terça-feira (19/03) às 10h15, após solucionar problema em umas das bombas de fluido de controle da usina. A unidade está em processo de elevação de potência e a previsão é que seu reator atinja 100% ainda hoje.

Angra 2 havia sido desligada na última segunda-feira (18/03) após perda da pressão do fluido de controle da turbina - na parte não nuclear da usina, onde não há radiação. Após verificações e testes, os profissionais da Eletronuclear fizeram o reparo da bomba.

Segundo a estatal, o episódio não apresentou qualquer risco à segurança da usina, aos trabalhadores da empresa, à população ou ao meio ambiente.

terça-feira, 19 de março de 2013

Energia

Jornal da Energia, 19/03/13
EPE projeta investimentos de R$ 14,6 bi para transmissão até 2017
Programa para o período 2013-2017 prevê a construção 10.500 quilômetros de linhas e 21 novas subestações
Da redação

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima em R$14,6 bilhões os investimentos para o setor de transmissão no período de 2013-2017. O montante é 8,1% maior do que os R$13,5 bilhões da versão anterior, que projetava os investimentos de 2012-2016. O valor consta no Programa de Expansão da Transmissão (PET), divulgado nesta segunda-feira pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Segundo a EPE, o plano elenca as linhas e as subestações previstas para entrar em operação no horizonte quinquenal, incluindo empreendimentos anteriormente previstos e novos projetos.

O PET 2013-2017 prevê 10.500 quilômetros de linhas de transmissão, um total de aportes de R$8,4 bilhões. Serão 4.752 quilômetros (R$4,9 bilhões) no Norte, mais 2.705 quilômetros para o Sudeste- Centro Oeste (R$1,5 bilhão), outros 2.418 quilômetros no Nordeste (R$1,5 bilhão) e 625 quilômetros para o Sul (R$500 milhões).

A EPE projeta a construção de 21 subestações nos próximos cinco anos, que juntas somarão R$6,2 bilhões em investimentos, sendo sete no Sudeste/Centro Oeste (R$2,8 bilhões), seis no Norte (R$2,2 bilhões), cinco no Nordeste (R$900 milhões) e três na região Sul (R$300 milhões).

Entre os destaques do programa está o sistema de transmissão associado à usina hidrelétrica de Belo Monte (11.233MW), cuja linha principal, em tensão de 800 quilovolts (kV) em corrente contínua, interligará a subestação Xingu, no Pará, ao Terminal Minas, em Minas Gerais. O empreendimento, cuja entrada em operação é estimada para janeiro de 2017, terá uma extensão de 2.140 quilômetros e capacidade de escoar até 4.000 MW para a região Sudeste. O investimento total previsto para implantação da linha de transmissão e das subestações associadas é de R$ 4 bilhões.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Energia

Jornal da Energia, 15/03/13
Presidente da Eletrobras apresenta esboço de plano de reestruturação ao MME
Costa Neto esteve em reunião com o ministro Edison Lobão nesta quinta 14/03
Por Fabíola Binas, com informações da Agência Brasil

O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto esteve na tarde desta quinta-feira (14/3) no Ministério de Minas e Energia (MME), para apresentar, ao ministro Edison Lobão, o primeiro esboço da estratégia de reestruturação da companhia. O plano surgiu da necessidade de adaptar a estatal ao novo cenário do setor após a Medida Provisória 579, que dispõe sobre a renovação das concessões e a redução das tarifas de energia.

Contatada pelo Jornal da Energia, a assessoria da estatal confirmou que o executivo se encontrava em reunião no ministério até o início da noite, mas não forneceu detalhes sobre o assunto. Porém, Costa Neto já havia afirmado no mês passado que o esboço do plano de reestruturação estaria quase pronto, e que a apresentação ao governo aconteceria no início deste mês. Segundo o presidente da empresa, a ideia era focar em uma redução de gastos da ordem de 30%, com o intuito de obter um aumento de receitas na mesma proporção. Além disso, uma nova estrutura de negócios seria sugerida, de modo que ela pudesse obter um ganho substancial de eficiência.

O mercado chegou a cogitar que a Eletrobras venderia parte de suas distribuidoras, porém o presidente da companhia apenas mencionou que ofereceria "diversas opções para que o governo escolha”. Após a aprovação do governo, acionista controlador, o plano ainda tem que ser apreciado pelo conselho de administração da empresa.

Hoje, os papéis da companhia apresentaram forte queda no pregão desta quinta-feira da BM&FBovespa. As ações ON (ELET3) caíram 4,55%, a R$6,92. AS PNBs, por sua vez, retraíram 3%, negociadas a R$12,28.

Distribuição

A Eletrobras comunicou hoje a abertura de uma licitação internacional para implementação do Projeto Energia+, que conta com recursos do Banco Mundial, para desenvolver ações para objetivo de melhorar o desempenho e a gestão das subsidiárias de distribuição. A empresa chegou a realizar audiências públicas representantes de fornecedores para esclarecer dúvidas e receber contribuições sobre o fornecimento e implantação de infraestrutura de medição avançada, entre outros aspectos técnicos.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Energia

Agência Brasil, 13/03/13
Eletropaulo já recebeu R$ 13,5 milhões em multas por má prestação de serviços
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Eletropaulo, concessionária que fornece eletricidade para 24 municípios paulistas, incluindo a capital, recebeu desde 2011 R$ 13,56 multas da Fundação Procon de São Paulo por má prestação de serviços. Foram três autuações: a primeira e maior multa foi aplicada em 2011 (R$ 6,48 milhões).

Em 2012 e em janeiro deste ano foram mais duas autuações no valor de R$ 3,54 milhões por problemas que incluem interrupção do fornecimento de energia ou não reembolso dos consumidores que tiveram prejuízos com as quedas de energia. A empresa recorreu de todas as penalidades e nenhuma foi paga até o momento.

Após os problemas no fornecimento na Grande São Paulo apresentados no 14 de fevereiro, o Procon abriu mais um processo que pode resultar em uma multa de até R$ 6, milhões. Na ocasião, além de deixar consumidores até 17 horas sem energia, um falha tirou do ar, por cerca de seis horas, o serviço telefônico de atendimento ao consumidor (SAC).

A Eletropaulo responsabilizou a empresa que faz gestão dos sistemas de informação do SAC pela falha. A concessionária disse ainda que deixou à disposição dos clientes outros canais de atendimento, como as mensagens por celular, as lojas físicas e a página na internet. “Mas é evidente que se o consumidor não tem energia na sua casa, como ele vai acessar a internet?”, indaga o diretor de Fiscalização do Procon, Márcio Marcucci. “Independentemente da causa que gerou a indisponibilidade do SAC, a Eletropaulo responde perante os consumidores”, acrescentou sobre as justificativas da concessionária.

O Procon recomenda que em caso de prejuízo causado pela falta de energia, o consumidor procure a empresa responsável pelo serviço para fazer a reclamação. Entre os danos que podem ser reclamados estão desde aparelhos eletroeletrônicos queimados, produtos que necessitam de refrigeração e estragaram e problemas para entrega de trabalhos que dependiam da eletricidade para serem concluídos.

A Eletropaulo orienta que os pedidos de indenização sejam feitos pela página na internet ou pelos formulários distribuídos nas lojas conveniadas. A consumidor deve reunir o máximo de informações sobre o caso, detalhes sobre o aparelho danificado, horário da ocorrência e o problema apresentado pelo equipamento. Após perícia técnica, a empresa concederá a indenização ou apresentará uma justificativa por escrito com as razões do indeferimento do pedido.

Caso os canais oferecidos pela empresa não atendam adequadamente o consumidor, a pessoa que se sentir prejudicada pode procurar o Procon ou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

segunda-feira, 11 de março de 2013

Energia

Portal Ambiente Energia
Inovação em energia projeta R$ 47,28 milhões em 2013

Os R$ 47,28 milhões previstos para o Fundo Setorial de Energia (CT-Energ) devem apoiar projetos nas áreas de hidrogênio, biocombustível, smart grid, sistemas fotovoltaicos e LEDs, geração eólica, combustão e eficiência energética. Em sua 32ª reunião ordinária, nesta quarta-feira (6), no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), o comitê gestor do fundo aprovou editais com previsão de lançamento neste semestre.

Presidente do colegiado, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata, ressaltou a necessidade de impor mais agilidade na execução dos recursos. “Cabe a nós simplificar os processos, para fazer com que o dinheiro seja colocado o mais rápido possível à disposição de quem executa”, reconheceu.

O atual projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), em trâmite no Congresso Nacional, prevê R$ 78,55 milhões para o CT-Energ, a serem distribuídos entre taxas e despesas administrativas, compromissos de anos anteriores e os cerca de R$ 47 milhões disponíveis para 2013. O montante coloca o setor de energia como o dono do quinto melhor orçamento dos 15 fundos setoriais que integram o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (FNDCT).

As áreas apoiadas foram definidas na última reunião do comitê, com base em seminário realizado em dezembro de 2012, também no CNPq. Considerados “estruturantes” pelo colegiado, hidrogênio, biocombustível, smart grid, sistemas fotovoltaicos e LEDs devem dividir R$ 30 milhões. Já para geração eólica, combustão e eficiência energética, estão previstos R$ 10 milhões. “Com os R$ 7 milhões restantes, nossa estratégia foi alavancar mais recursos, como os R$ 230 milhões destinados a ações transversais da secretaria”, explicou Prata.

Se confirmados, esses R$ 230 milhões atenderiam os seis programas estruturantes da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec): Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e aos Parques Tecnológicos (PNI), nanotecnologia, terras raras e, particularmente, energias renováveis, com R$ 35 milhões.

Novos editais - À frente da equipe técnica responsável pelas propostas de apoio às áreas, o coordenador-geral de Tecnologias Setoriais do MCTI, Adriano Duarte, lembrou os dez anos do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para a Economia do Hidrogênio (ProH2). “Os convênios terminaram em 2012 e a ideia é lançar um edital para dar continuidade a esses grupos de pesquisa”, informou.

Segundo Duarte, há previsão de “ações casadas” com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel/MME) em smart grid – redes inteligentes de eletricidade –, sistemas fotovoltaicos e LEDs e geração eólica, voltadas à formação de recursos humanos e à capacitação de laboratórios. O trabalho para desenvolver no país a energia movida a vento teria como ponto de partida publicação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em que universidades, empresas e governo mapearam os gargalos do setor.

Em biocombustíveis, o apoio se concentraria na indústria de matéria-prima, especialmente com microalgas, pela possibilidade de o Brasil tomar a vanguarda mundial em pesquisas do gênero. Já em eficiência energética, as ações contemplariam certificação de edifícios, em parceria com a Eletrobras – Centrais Elétricas Brasileiras. Na “fase de colher protótipos”, conforme chamou Duarte, a Rede Nacional de Combustão (RNC) lidera as pesquisas em sua área.

Documentos - A exemplo do comitê gestor do Fundo Setorial de Recursos Minerais (CT-Mineral), reunido na segunda-feira (4), o colegiado do CT-Energ discutiu suas propostas de regimento interno e manual operativo, além de um documento de diretrizes em elaboração pelo CGEE. De acordo com a coordenadora-geral da Assessoria de Coordenação dos Fundos Setoriais (Ascof), Elianne Prescott.,os códigos devem atender às especificidades de cada fundo, sem desobedecer às normas gerais do FNDCT, regulamentado pela Lei 11.540.

Compõem o colegiado representantes do MCTI, do Ministério de Minas e Energia, da Aneel, da Finep – Agência Brasileira da Inovação (vinculada ao MCTI), do CNPq, da comunidade científica e tecnológica e do setor produtivo. Novas reuniões foram marcadas para os dias 19 de junho, 11 de setembro e 4 de dezembro.

Fonte: MCT