sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 14/12/12
FNU está disposta a enfrentar consequências da MP579
Medida enfraqueceria empresas, promovendo demissões, terceirização e precarização dos serviços de energia
Por Natália Bezutti

Tendo apoiado a renovação das concessões desde o início de suas discussões, a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) se diz agora contrária, e disposta ao enfrentamento contra as consequências da Medida Provisória 579. Em reunião nos dias 10 e 11 de dezembro, a federação teve deliberação enfática.

De acordo com a entidade, a medida enfraquece as empresas, tirando sua capacidade de investimento, e faz com que os trabalhadores paguem por isso, dada a já anunciada demissão em massa de funcionários das companhias, tanto estatais quanto privadas. Além disso, traz o aprofundamento das terceirizações e promove a precarização dos serviços de energia para a população.

“Os especuladores internacionais e nacionais agora atuam para lucrar com água e a energia, através das ações na bolsa. Para impedir que tenham êxito será preciso envolver todos os atores sociais: trabalhadores, sociedade, acadêmicos, pesquisadores e os movimentos sociais. Somente com esse esforço concentrado será possível salvar as empresas”, anuncia o comunicado da federação.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 12/12/12
Instalação de comissão da MP591 fica para 2013
Já a 579 deverá ser votada na Câmara e no Senado ainda neste ano
Da redação, com informações da Agência Câmara

O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), comunicou nesta terça-feira (11/12) que, por acordo de lideranças, as comissões mistas para exame das medidas provisórias 589 a 596 só serão instaladas depois do recesso parlamentar. O acordo inclui a MP591, que aprimora a 579 e considera indenizáveis os ativos de transmissão existentes antes de 2000.

As duas últimas semanas de dezembro serão reservadas, conforme acrescentou Pimentel, para as votações das MPs numeradas até 588/12. Ou seja, a MP579 deverá ser votada pelos parlamentares antes do recesso parlamentar.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Jornal da Energia

Furnas abre chamada para compra de energia
Proponentes vendedores podem fazer a habilitação até o dia 17 de dezembro
Da redação

A Eletrobras Furnas abriu nesta segunda-feira (10/12) uma chamada pública para compra de energia elétrica com período de suprimento de 1 a 31 de janeiro de 2013. O ponto de entrega do produto é no centro de gravidade do submercado Sudeste/Centro-Oeste e a modulação é flat.

Os proponentes vendedores deverão enviar os documentos de habilitação até o 17 de dezembro, às 10h. Para isso, os agentes devem ser cadastrados na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e estar adimplentes com suas obrigações. A divulgação da lista dos habilitados será divulgada no mesmo dia, às 17h.

Já o envio da proposta de venda deve ocorrer até às 13h do dia 18 de dezembro, sendo que a divulgação dos resultados estará disponível até 19 de dezembro, às 18h.

Para esclarecimentos de eventuais dúvidas dos interessados, Furnas coloca à disposição o telefone (21) 2528-5695 e o e-mail comercializacao@furnas.com.br.

Energia

Canal Energia
Não adesão de geradoras estaduais à MP 579 provoca alívio no mercado livre
Expectativa de perda de competitividade esperada do mercado livre se reduz com não destinação de 40% da energia para as cotas
Milton Leal, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, Mercado Livre

O cenário de 2013 para o mercado livre está mais favorável depois que as geradoras Cemig, Cesp, Copel, Celesc e Celg decidiram não prorrogar os contratos de concessão de suas usinas com base nas regras da Medida Provisória 579. Devido a esta opção das empresas estaduais, 40% da parcela de energia que poderia ser transformada em cotas para as distribuidoras não será destinada imediatamente ao mercado regulado. Com isso, a competitividade do ambiente livre ante o cativo, que cairia bastante se todas as geradoras aderissem à proposta do governo federal, ganha novo fôlego na atual conjuntura.

O presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), Reginaldo Medeiros, diz que a decisão das geradoras provocará um alívio entre as bases de comparação tarifária dos dois mercados. Ele explica que como entrará 40% menos energia barata no ambiente regulado, a diferença entre a tarifa de energia e o preço no mercado livre tende a ser maior, favorecendo a princípio a migração de consumidores cativos. Contudo, ele lembra que com o vencimento dos contratos, entre 2015 e 2017, e a transformação da energia em cotas, essa situação tende a se desfazer.

Outro efeito da não adesão das geradoras estaduais diz respeito à menor necessidade de recomposição de lastro que era esperada pelos agentes. Se aceitassem a proposta da MP 579, as companhias destinariam montantes de energia comercializados no mercado livre para as distribuidoras, o que provocaria uma forte necessidade de recontratação para cumprir contratos já firmados. O aumento na demanda por energia elevaria os preços dos contratos. “Essa alta vai ser reduzida, porque houve menor aceitação das geradores, mas é muito tênue saber quanto vai significar isso, teríamos que saber exatamente quanto cada geradora vendeu no mercado livre e qual será sua necessidade”, diz o presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Vianna.

O presidente da comercializadora CMU Energia, Walter Froés, vê com preocupação a situação da Chesf, que terá que contratar energia para cobrir necessidades que serão criadas com a destinação de todo o lastro das usinas vincendas para as distribuidoras. “A Chesf vai ter que ir para recomposição de lastro em um momento que o PLD está volátil e que os preços estarão altos no ano que vem”, opina o executivo, que completa dizendo que a geradora agora está na posição de um trader. “Via de regra não é a experiência desse pessoal”, diz.

Segundo nota técnica publicada pela Chesf, a empresa precisará comprar 604 MWmed em 2013, 211 MWmed em 2014 e 265 MWmed somente para atender contratos firmados no submercado Sudeste/Centro-Oeste. No nordeste, a companhia possui outros contratos com eletrointensivos que precisarão ter lastro recontratado. O professor e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde de Castro, acredita que a Chesf utilizará parte da energia de outras empresas controladas da Eletrobras para recompor parte desta necessidade.

“O hedge de segurança para evitar o risco hidrológico que Furnas e Eletronorte têm é alto. Isso implica dizer que as usinas que não estão sendo renovadas têm uma sobra de energia que geralmente é vendida no curto prazo. Nós analisamos que uma parte da energia necessária para a Chesf certamente será coberta dentro do próprio grupo. Outra parcela ela terá que comprar no mercado livre”, pondera o especialista.

Para Castro, o fato de a Chesf precisar de muita energia com período de contratação de cerca de dois anos pode fazer com que ela negocie bons preços. “Ela pode conseguir preços razoáveis, porque está fazendo uma compra de médio prazo e dando segurança de faturamento aos vendedores”, afirmou.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Energia

Jornal da Energia
Mercosul quer ampliar uso de energia renovável
A afirmação foi colocada durante 1º Fórum Empresarial do Mercosul
Da redação, com informações da Agência Brasil

Representantes dos setores públicos e privados que participaram nesta sexta-feira (07/12) do 1º Fórum Empresarial do Mercosul afirmaram que a ampliação do uso de energias renováveis é um dos principais objetivos dos países do Mercosul nos próximos anos. Para estes representantes, os países do bloco têm potenciais inexplorados e capacidade de abastecimento que podem assegurar o desenvolvimento do continente, garantindo a soberania, além da diversificação das fontes energéticas.

Um deles, o atual presidente da Galvão Energia, Otávio Silveira, disse que o Brasil ainda tem potencial de aproximadamente três vezes a produção nacional de energia eólica. “Precisamos ter fontes sustentáveis, além de integrar as matrizes energéticas, avançando no caminho de uma matriz mais sustentável e independente de combustíveis fósseis”, disse.

Na Argentina, por exemplo, há um plano para ampliação do uso de fontes energéticas mais sustentáveis na matriz. De acordo com secretário de Energia do Ministério do Planejamento argentino, Daniel Cameron, o país pretende sair de 2% de energia proveniente de matrizes renováveis no país para 10% até 2030.

Os combustíveis fósseis, no entanto, ainda têm grande destaque na região. Com o ingresso da Venezuela, cuja adesão ao bloco foi promulgada nesta sexta-feira (07/12), o Mercosul consolida-se como uma das principais potências energéticas do mundo, com 19,6% das reservas provadas de petróleo, 3,1% das reservas de gás natural e 16% das reservas de gás recuperáveis de xisto.

Por conta da entrada da Venezuela, o Mercosul torna-se o detentor da maior reserva de petróleo do mundo, com mais de 310 bilhões de barris de petróleo em reservas certificadas pela Opep. Das reservas, 92,7% estão na Venezuela. O Brasil tenderá a ampliar sua participação nas reservas à medida que os trabalhos de certificação do pré-sal progridam.

O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de 2013. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia estão no grupo como países associados. Há, ainda, como membros observadores, México e Nova Zelândia.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 06/12/12
Comissão adia novamente apresentação de relatório da MP579
Deputado Jilmar Tatto, presidente da comissão, disse que pretende votar medida semana que vem
Por Fabíola Binas

A apresentação do parecer sobre a Medida Provisória 579, discutida por uma comissão mista formada por deputados e senadores, foi adiada mais uma vez. O relator da medida, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não chegou a aparecer no encontro desta quarta-feira (05/12). A matéria trata da renovação das concessões do setor elétrico, da redução e encargos cobrados dos consumidores e da modicidade tarifária.

O presidente da comissão, o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), sugeriu na reunião que a discussão das emendas fosse feita na próxima terça-feira (12/12), para quando foi remarcada apresentação do relatório de Calheiros, que inicialmente estava prevista para 25 de novembro, ao acrescentar que a intenção é ter um desfecho da matéria na próxima semana. “Há uma vontade da presidência em votar a MP na semana que vem”, disse.

Tatto também informou que na reunião de terça também serão apontadas as emendas desabilitadas. Vale lembrar que antes mesmo da apreciação da MP579 na comissão, o texto já sofreu modificações do próprio governo com a publicação da MP591, ocasião em que o Governo Federal sinalizou que os ativos de transmissão existentes antes de 2000 também são indenizáveis. No mesmo dia, por meio de uma portaria interministerial, o Governo Federal reconheceu erro de metodologia no cálculo da compensação de algumas usinas, o que tinha resultou num aumento de mais de R$800 milhões no montante indenizatório.

Ao todo foram sugeridas 431 emendas à MP, sendo o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), um dos membros da comissão, o que mais apresentou propostas, com mais de 90 sugestões de alterações. Parte das sugestões podem ter perdido o sentido, uma vez que representavam reivindicações das empresas para poderem assinar a prorrogação, cujo prazo era até ontem (04/12).

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Energia

Agência Brasil, 05/12/12
Câmara aprova medida que permite Aneel a intervir em empresas com dificuldades financeiras
Ivan Richard e Iolando Lourenço - Repórteres da Agência Brasil

Brasília - A Medida Provisória (MP) 577 que autoriza a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a intervir em empresas do setor elétrico com dificuldades financeiras e de manutenção dos serviços aos consumidores foi aprovada hoje (4) pela Câmara dos Deputados. A matéria segue para análise do Senado.

Um dia depois da publicação da MP, que tem força de lei, a Aneel aprovou, em decisão unânime, a intervenção em oito empresas, todas controladas pelo Grupo Rede Energia. A medida atingiu as concessionárias Cemat (Centrais Elétricas Matogrossenses), Celtins (Companhia Elétrica do Estado do Tocantins), Enersul (Empresa Energética de Mato Grosso do Sul), Força e Luz do Oeste, no Paaná, Companhia Nacional de Energia Elétrica (CNEE), Empresa Elétrica Bragantina (EEB), Caiuá e Vale Paranapanema, no estado de São Paulo.

Juntas, elas atendem mais de 3 milhões de unidades consumidoras em centenas de municípios. As concessionárias terão um prazo de dois meses para apresentar uma proposta de reequilíbrio financeiro e readequação técnica para suspender a intervenção.

Durante a discussão da medida provisória na comissão mista do Congresso, foram incluídos o aumento de R$ 85 mil para R$ 100 mil do valor máximo de imóveis que poderão se beneficiar do Programa Minha Casa, Minha Vida. O valor também será considerado para as empresas construtoras optarem por um regime de tributação especial, que unifica vários tributos no pagamento de 1% da receita mensal conseguida.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 28/11/12
Pedidos de vistas suspendem comissão da MP577 por 24 horas
Encontro que aprovaria relatório final ficou para quarta-feira (28/11)
Por Fabíola Binas
A aprovação do relatório final que propôs pequenos ajustes à Medida Provisória 577 foi adiada para esta quarta-feira (28/11), por conta de pedidos de vistas dos membros da comissão mista que avalia a matéria, que alegaram necessitar de mais tempo para análise do documento. A MP regulamenta a intervenção do governo em empresas de energia por má prestação de serviço ou dificuldades financeiras,
Proposto pelo relator senador Romero Jucá (PMDB-RR), o parecer final não traz grandes mudanças que descaracterizarem a proposta do governo, conforme já havia adiantado o Jornal da Energia. “Procuramos analisar os detalhes. Acatamos um total de 11 emendas, apresentamos outras oito que consideramos benéficas para atender o tema desta medida provisória”, disse o relator quando iniciou a apresentação do parecer final, antes do pedidos de vistas dos seus colegas de comissão.
Ele reconfirmou a proposta de ajuste no que diz respeito ao tempo máximo de duração da intervenção - no texto anterior estipulava um ano - e agora há a possibilidade de prorrogá-lo por outros dois, ou seja, possibilitando uma interferência governamental de até três anos.
Entre as 11 propostas acatadas, está a do senador José Agripino (DEM-RN), que aperfeiçoa o artigo que o órgão ou entidade responsável pela prestação temporária do serviço poderão receber recursos financeiros, desde que seja identificada a origem dos recursos.
O relator fez ainda ajustes com relação a assuntos polêmicos, como a responsabilidade solidária dos representantes das empresas de energia, que poderão ficar com seus bens bloqueados em qualquer situação, criando regras semelhante às utilizadas nas corporações de sociedade anônima (S/A). O texto também criou a opção de desbloqueio dos bens, se a apuração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), submetida ao Ministério Público (MP), constatar que não houve dolo por parte do executivo.
Demais emendas
Outras emendas acolhidas por Jucá, propostas pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) e os também os deputados Marco Rogério (PDT-RO) e Alfredo Kaefer (PSDB-PR) pediam aperfeiçoamento da redação da MP no sentido de esclarecer que a contratação temporária dos empregados da concessionária pelo órgão ou entidade prestador do serviço deve “seguir a regulamentação da Lei de Contratações Temporárias”.
Mais um ponto acatado pelo relator, foi o da emenda que inclui a observação de que não deve recair sobre o poder concedente “quaisquer ônus relativos às obrigações assumidas pela concessionária anteriormente à extinção da concessão”, sugerida pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
Vale lembrar que o governo já se utilizou da MP577, no final de agosto, para decretar a intervenção em oito concessionárias de energia elétrica, controladas pelo Grupo Rede, que apresentaram problemas de sustentabilidade financeira e queda na qualidade de serviços.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 27/11/12
Furnas faz obras de reforço em região de Brasília
Empresa contabiliza R$ 1,8 bilhão, até 2013, de aportes na modernização do sistema de transmissão
Da redação
Furnas informou nesta sexta-feira (23/11) que continua trabalhando no aperfeiçoamento do atendimento de energia à região da Capital Federal, que sofreu recentemente com frequentes interrupções de energia. A companhia divulgou um investimento de R$ 5,2 milhões para colocar em operação o transformador trifásico (230/34,5 kV), de 60 MVA, da Subestação de Brasília Geral.
De acordo com a empresa, o reforço já estava previsto no cronograma do Plano Geral de Empreendimentos de Transmissão em Instalações em Operação (PGET), que estabelece obras de reforço, modernização e revitalização do parque de transmissão da empresa.
Além disso, Furnas diz ter cumprido o recente acordo estabelecido com o Ministério de Minas e Energia (MME) de energizar o equipamento no mês de novembro. “A entrada em operação deste transformador agrega 30MVA na capacidade de transformação da subestação, elevando-a para 240MVA”, acrescentou o diretor de operação de Furnas, Cesar Ribeiro Zani.
Segundo o comunicado da empresa, ela tem implementado rigorosos procedimentos de manutenção em todas as suas instalações a fim “de aumentar as taxas de disponibilidade dos equipamentos, com reflexo direto na confiabilidade operacional do SIN”, colocou a empresa ao contabilizar investimentos de R$ 1,8 bilhão entre 2011 e 2013 para reforço e modernização de seu sistema de transmissão.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Energia

Canal Energia
Tolmasquim afirma que governo não vai deixar Eletrobras perecer
Presidente da EPE participa nesta quinta-feira, de reunião do CMSE no MME
Sueli Montenegro, da Agência CanalEnergia, de Brasília, Negócios e Empresas
22/11/2012
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, afirmou nesta quinta-feira, 22 de novembro, que o governo não vai deixar a Eletrobras falir ou perecer. Tolmasquim explicou que a estatal é muito importante para o país e o governo não cogita ter uma empresa sem condições de atuar no setor elétrico. O dirigente da EPE participa nesta quinta-feira, 22 de novembro, de reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico no Ministério das Minas e Energia.
Ao comentar a desvalorização dos papéis da Eletrobras em decorrência das medidas previstas na medida provisória 579, Tolmasquim admitiu que a empresa terá de adotar ações para se adaptar à nova realidade de custos decorrentes da renovação das concessões da empresa. Os papéis da Eletrobras caíram mais de 10% ontem, o que fez com que a Bolsa de Valores de São Paulo optasse por interromper a negociação dos papéis para reorganizar a negociação.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Energia

Folha de São Paulo
Ação preferencial da Eletrobras tem pior queda da história

As ações preferenciais da Eletrobras desabaram 20% na Bovespa e amargaram a pior queda diária de sua história nesta quarta-feira (21), com investidores assustados com os impactos que a provável renovação antecipada de concessões elétricas terá sobre a estatal. "Será um efeito devastador", resumiu o analista Alexandre Furtado Montes, da Lopes Filho & Associados.

"Mesmo antes da MP 579, todos os indicadores da Eletrobras já eram piores que o de empresas privadas do setor. Agora tudo indica que ela terá fluxo de caixa negativo nos próximos anos", acrescentou, referindo-se à medida provisória sobre a renovação antecipada e condicionada de concessões elétricas que venceriam de 2015 a 2017.

Pelo cálculo apresentado pela Eletrobras ao mercado na última sexta-feira (17), a renovação antecipada das concessões nos moldes estipulados pelo governo federal implicará no reconhecimento de perda de ativo de R$ 17,8 bilhões e em receita R$ 8,7 bilhões menor por ano.

Mas a companhia admite que o impacto da renovação pode ser ainda pior. "Podemos ter perdas maiores do que as consideradas até agora", disse o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, em teleconferência com analistas na segunda-feira (19).

Apesar dos impactos negativos, o mercado considera praticamente certo que a companhia aceitará as condições impostas pelo governo --seu principal acionista-- para renovar suas concessões.

A diretoria da Eletrobras já recomendou aos acionistas que aprovem a renovação das concessões e a decisão final será tomada em 3 de dezembro, quando será realizada uma assembleia de acionistas da Eletrobras para deliberar sobre o tema.

Nesta quarta-feira (21), a ação preferencial de classe B da Eletrobras tombou 20,08%, a R$ 7,84. Foi a maior queda diária da história do papel, para o menor preço desde agosto de 2003. Com isso, o papel acumulou baixa de 43,2 por cento em quatro pregões.

Já as ações ordinárias afundaram 15,7%, a R$ 6,75 --foi a maior baixa diária de fechamento desde outubro de 1997, para a menor cotação desde setembro de 2003.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Jornal da Energia

Jornal da Energia, 20/11/12

MP579: Eletrobras não questionará critério de indenização, mas espera receber por investimentos realizados
Companhia fala em "apertar os sapatos" e nem mesmo distribuidoras escaparão de uma reestruturação na gestão
Por Wagner Freire

Em teleconferência nesta segunda-feira (19/11), o diretor financeiro e de relações com investidores da Eletrobras, Armando Casado de Araújo, deixou claro que a estatal não questionará os critérios de indenização estabelecidos pelo Governo Federal — que fixou o valor de aproximadamente R$14 bilhões como indenização para os ativos de geração e transmissão não amortizados e não depreciados controlados pela companhia e alcançados pela Medida Provisória 579. No entanto, o executivo revelou que a holding conta com uma receita adicional, oriunda do reconhecimento de investimentos feitos nos empreendimentos pela companhia ao longo dos últimos anos.

A expectativa de Casado se materializa porque, a partir do critério de Valor Novo de Reposição, o governo considerou as informações do projeto básico de cada empreendimento para definir o montante a ser indenizado. “A parte de reforços e melhorias entrará no próximo ciclo de revisão tarifária”, destacou. “Os cálculos foram em cima do projeto básico e por isso estamos nos preparando para esse reconhecimento (dos investimentos) na revisão periódica.”

Segundo Casado, a Eletrobras investe, anualmente, entre R$800 milhões e R$1 bilhão em suas usinas. “Estamos levantando o valor total investido. Já disse e repito isso, podem visitar qualquer usina da Eletrobras. Usinas de 30 aos parecem que têm 3 anos.”

Ainda durante a teleconferência, Casado foi enfático por diversas vezes ao afirmar que a Eletrobras precisará passar por uma “reformulação geral”. “Temos que apertar o sapato. Temos uma consciência total de que precisamos repensar a Eletrobras”, disse.

Segundo o diretor, os ajustes não se limitarão a demissão de pessoal, mas sim uma reestruturação geral, que busque a eficiência em todas as frentes de gestão da companhia. “A orientação é de que cada uma vai ter que construir a sua empresa de acordo com as regras”, observou, se referindo a todas as subsidiárias. Nem mesmo as distribuidoras sairão ilesas. “Com certeza teremos que fazer mudanças nas distribuidoras.”

Casado garantiu que mesmo diante de tantas mudanças, a Eletrobras seguirá investindo e espera contar com o apoio da União para buscar projetos que possam alavancar a companhia. “Temos que ser eficientes em O&M. Por outro lado, precisamos ter o maior cuidado em conquistar projetos que permitam maior rentabilidade (para empresa)”.

Ao final, o diretor de relações com investidores mandou uma mensagem aos acionistas. “Gostaria muito de estar aqui divulgando o resultado do terceiro e do quarto trimestre com as expectativas anteriores. Infelizmente fomos acolhidos com a medida provisória. Isso é uma realidade que temos que acatar. Temos capacidade de vencer esse obstáculo. E acredito que a gente vai vencer esse obstáculo”, concluiu.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Jornal da Energia, 14/11/12

Distribuição: Cemig conclui em março investimento de R$ 4 bi em ampliação e melhorias
Recursos fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Distribuidora - Ciclo 2008/2012
Da redação
A Cemig vai concluir até março do ano que vem o investimento da ordem de R$ 4 bilhões na ampliação e melhoria do sistema de distribuição de energia elétrica de Minas Gerais, incluindo obras de expansão, reforço, reforma e manutenção. Além disso, a empresa irá ligar mais de um milhão de novos clientes e modernizar o sistema de medição de energia para boa parte dos seus 7 milhões de consumidores.
Os recursos fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Distribuidora (PDD) – Ciclo 2008/2012. Desde 2008, já foram investidos até o momento R$ 3,6 bilhões sendo que todas as ações previstas serão executadas para a conclusão do projeto até março do próximo ano. Esses investimentos irão beneficiar diretamente mais de 18 milhões de pessoas na área de concessão da empresa.
“Os investimentos em linhas, subestações, redes e parque de medidores, vão continuar garantindo a infraestrutura necessária para atender as demandas dos clientes em relação ao sistema elétrico da Cemig, mantendo o foco nos requisitos de qualidade exigidos pelos clientes e determinados pelo órgão regulador”, afirma o coordenador do PDD, Ronaldo Gomes de Abreu.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Jornal da Energia

Consórcio suspende obras de Belo Monte após episódios de vandalismo
Grupo formado por 30 pessoas encapuzadas teria incendiado e saqueado o Sítio Palmital
Da redação, com informações da Agência Brasil
Alegando questão de segurança, o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) anunciou nesta segunda-feira (12/11) a paralisação das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. A empresa informou que houve vandalismo nos canteiros de trabalho no sábado (10/11) e no domingo (11/11), com o registro de sete pessoas com ferimentos leves.
De acordo com o CCBM, um grupo formado por cerca de 30 pessoas encapuzadas incendiou e saqueou no sábado o Sítio Pimental, uma das frentes de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Ontem, uma nova ocorrência de vandalismo foi registrada no canteiro Canal e Diques e no Sítio Belo Monte, invadidos por cerca de 20 encapuzados.
O Vandalismo ocorre em meio à negociação entre representantes dos trabalhadores e empresa para renovação do acordo coletivo de trabalho, que tem data-base em novembro. Atualmente, há cerca de 15 mil trabalhadores contratados para atuarem nas frentes de obra, 12 mil diretamente pelo CCBM. A expectativa é que o ápice de contratações aconteça em 2013, quando o empreendimento terá 23 mil trabalhadores.
Na nota, o CCBM informou que, após as assembleias terem transcorrido normalmente nas frentes de obra localizadas nos canteiros Sítio Belo Monte e Canais e Diques, “cerca de 30 pessoas que não representam os trabalhadores” impediram a realização da assembleia que estava acontecendo em Sítio Pimental, outra frente de obra, localizada a 70 quilômetros de Altamira.
Ainda segundo a nota do CCBM, o grupo era formado por pessoas encapuzadas e armadas com pedaços de madeira. Eles teriam ameaçado os trabalhadores que iriam participar da assembleia e destruído instalações, computadores e diversos outros objetos, além de depredar a farmácia e a lanchonete instaladas no local e tentarem incendiar uma cozinha.
O CCBM informou que diversos produtos e dinheiro foram saqueados e que dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav) foram expulsos do local pelos manifestantes.
Na invasão de domingo, as ações foram pontuais e de pequenos danos, segundo o CCBM. Mas ela teria gerado um clima de insegurança no local e, por este motivo, as obras foram interrompidas.
A reportagem está tentando obter da Polícia Civil em Altamira (PA) e do Sintrapav esclarecimento sobre as denúncias de vandalismo apresentadas pelo CCBM, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
No início de abril, houve incêndio e depredação de alojamentos de trabalhadores na Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira (RO). Na ocasião, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, classificou os atos de “banditismo” e “vandalismo”.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O Globo

Belo Monte volta a ser alvo de vandalismos, afirma consórcio
Grupo formado por pessoas encapuzadas, armadas com pedaços de madeira, teria destruídos computadores, uma farmácia e saqueado lanchonete do Sítio Pimental
BRASÍLIA — De acordo com o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), empresa contratada para executar as obras civis da Usina Hidrelétrica Belo Monte, o Sítio Pimental, uma de suas frentes de obras, foi alvo de vandalismo no sábado. De acordo com o consórcio, um grupo formado por pessoas encapuzadas, armadas com pedaços de madeira e ameaçando os trabalhadores que iriam participar da assembleia para apresentação da proposta feita pelo CCBM à pauta de reivindicações do sindicato dos trabalhadores sobre aumento salarial, sequestrou caminhões e caminhonetes, tentou impedir a saída do canteiro de funcionários do turno do dia, destruiu instalações e objetos de propriedade da empresa.
Computadores, mesas, cadeiras, arquivos, entre outros, teriam sido destruídos, além da tentativa de incendiarem uma cozinha. De acordo com o CCBM, também foram depredadas a farmácia e a lanchonete do local, saqueados seus produtos e furtado o dinheiro dos caixas.
A assessoria de imprensa do Consórcio Belo Monte ainda informou que os “atos de vandalismo no canteiro da usina não vão prejudicar a continuidade da obra porque não foram atingidos restaurantes e alojamentos”.
Os caminhões com os operários chegarão de Altamira normalmente nesta segunda-feira, assegurou a assessoria de imprensa. A empresa ainda não tem estimativas dos prejuízos, mas avalia que não foram significativos.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Agência Brasil

Ministra defende preferência para hidrelétricas na ampliação da matriz energética do país
Thais Leitão e Carolina Gonçalves - Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, voltou a defender hoje (8) as usinas hidrelétricas como forma mais segura e barata de ampliação da matriz energética no país. Segundo ela, a outra opção possível, a obtenção de energia a partir de usinas nucleares, além de mais cara, é menos limpa ambientalmente.
“Nenhum país que tem potencial hidrelétrico renuncia [a esse potencial], porque é uma energia mais barata e segura. Outra opção é a nucelar, mas eu prefiro dez hidrelétricas a uma nucelar. Não estou nem falando do custo ambiental, mas é uma energia mais cara e os estudos estão aí [para comprovar]”, disse.
Como exemplo, a ministra garantiu que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, não inviabiliza outros aproveitamentos dos recursos hídricos na região.
“Ao contrário, um estudo divulgado há pouco comprova que o Rio Madeira [em Rondônia, onde estão sendo construídas as usinas Santo Antônio e Jirau] tem a maior diversificação de peixes no Brasil, e o barramento não impede isso”, disse.
Izabella Teixeira participou hoje (8) de debate sobre os rumos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada em junho passado, no segundo dia de trabalhos da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, que ocorre em Brasília.
Ao fim do debate, ao responder a críticas de um participante sobre a política energética do país, ela lembrou que as contribuições da sociedade civil e de movimentos ambientais são consideradas pelo governo. “Ninguém é dono da verdade, só o povo, com sua democracia”, disse.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 07/11/12
MP579: governo não recuará sobre valores de indenização para o setor elétrico
Mesmo com a insatisfação de algumas empresas, montante de R$20 bilhões em indenizações será mantido
Da redação, com informações da Agência Brasil
Mesmo com a insatisfação de algumas empresas do setor elétrico com as indenizações calculadas para renovar as concessões que vencem entre 2015 e 2017, os valores não devem ser revistos. Segundo fontes do governo, as indenizações foram calculadas de acordo com uma fórmula aceita internacionalmente, que leva em conta o valor que o empreendimento teria se fosse construído agora, descontada a depreciação.
Na última quinta-feira (1/11), o Ministério de Minas e Energia publicou portaria anunciando o total de R$ 20 bilhões em indenização para concessionárias de geração e transmissão de energia que terão as concessões renovadas no ano que vem.
As indenizações correspondem aos investimentos que já foram feitos pelas empresas vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou não depreciados. Elas estão previstas na Medida Provisória 579, que estabeleceu as regras para a renovação das concessões que vencem entre 2015 e 2017, com a redução das tarifas para os consumidores.
Os valores foram obtidos com base em estudos realizados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo o governo, o preço médio da energia deverá passar de R$ 90 para R$ 25 por megawatt-hora.
As mudanças promovidas não devem afetar os investimentos no setor, segundo o governo. A avaliação é que o Brasil é um dos países que mais têm atraído investimentos externos no setor elétrico nos últimos anos, porque tem regras estáveis, leilões de usinas e linhas de transmissão com excelentes deságios e, além disso, deverá dobrar seu potencial energético nos próximos 15 anos.
A redução da energia deverá ficar em torno de 16,2% para os consumidores residenciais e 28% para as indústrias a partir do início do ano que vem, mesmo com a desistência de algumas usinas hidrelétricas de participar da renovação promovida pelo governo.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 06/11/12
Associações do setor vão a Brasília para pressionar por mudanças na MP579
Comissão mista que analisa a Medida Provisória realiza reunião nesta terça-feira (06/11)
Por Fabíola Binas
Desapontadas com os R$ 20 bilhões que o Ministério das Minas e Energia (MME) se propôs a pagar como indenização para as concessionárias de geração e transmissão com contratos vincendos até 2017, além dos valores abaixo dos esperado para as tarifas que devem compor a remunerarão de operação e manutenção para quem aderir as condições previstas pela MP 579, as associações representativas do setor, mercarão presença no Senado nesta terça-feira (06/11), na tentativa de reverter a situação e convencer os parlamentares sobre a necessidade de mudanças na MP.
A comissão mista, formada por deputados e senadores, que terá como relator o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), encontrará com as entidades setoriais, que pretendem defender com afinco os pleitos de suas filiadas. “As empresas associadas com as quais nós conseguimos falar, passaram o final de semana analisando os números e a condição delas é de bastante preocupação com valores apresentados bem abaixo das expectativas”, disse o presidente do conselho de administração da Associação Brasileira das Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE), Alexei Marcorin Vivan.
Ele contou que a ABCE deve fazer uma apresentação sobre pontos como as indenizações, os valores de tarifas propostos e reflexões sobre a Receita Anua Permitida (RAP), no caso das transmissoras, além da Receita Anual de Geração (RAG) – regra nova para remunerar as geradoras que a aceitarem os novos moldes de renovação. “Não é só operar e manter. É preciso que essa tarifa cubra investimentos para que se possa fazer melhorias e ampliações no sistema”, comentou Vivan, acrescentando que ainda existe outra questão a ser observada no caso das transmissoras: o fato do governo não ter considerado os ativos que foram construídos antes de 2000, sendo que muitas empresas fizeram investimentos relevantes antes desse ano.
Vivan lembrou ainda o caso de geradoras que tiveram um “susto” com o valor proposto pelo governo, como no caso da hidrelétrica de Ilha Solteira (3.444 MW), de concessão da Cesp, que deve receber pela unidade citada, mais a usina de Três Irmãos (807,5MW), aproximadamente R$ 1 bilhão, quando tinha a expectativa de ser indenizada em, pelo menos, R$ 8 bilhões. “Fora outras usinas”, falou. “O governo deveria considerar essas questões”, falou ao ressaltar que as empresas sempre seguiram um padrão de contabilidade transparente, com contas auditadas e, além de tudo, fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
Emendas
Já o presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Antônio Neiva, falou que a associação sugeriu emendas que foram apresentadas por parlamentares e devem atenuar efeito negativo do detalhamento anunciado na última quinta (01/11). “Uma delas é a possibilidade de que a antecipação do fim da concessão para 2013 não impeça a execução dos contratos que foram feitos entre 2013 e 2015, pois foram feitas vendas no mercado livre dessa energia”, disse.
“Caso isso aconteça, a geradora teria que comprar no mercado o lastro para atender esses compromissos”, ressaltou ao dizer que a proposta é de que haja a permissão para que as empresaa geradoras possam cumprir os contratos de venda de energia no mercado livre, que foram feitos dentro do período de concessão e “dentro da legalidade”, como disse ao Jornal da Energia.
Outra proposta de alteração sugerida seria que fosse mantida para algumas usinas a possibilidade de renovação pelo modelo antigo, que daria direito a mais 20 anos de concessão. “Como as da Cemig”, mencionou Neiva ao listar as unidades de Jaguara (424 MW), Miranda (408 MW) e São Simão (1.710 MW). “São usinas que tinham essa perspectiva de prorrogação”, lamentou. A Cemig não solicitou renovação para esses ativos e promete brigar até o fim pelo direito de mantê-las.
O executivo da Abrage acredita na possibilidade reverter a situação no Senado. “Nós acreditamos. Se não pudéssemos aprimorar o que está colocado, não precisaríamos ir ao Congresso”, expôs ao opinar que todo esse imbróglio também impacta os objetivos de modicidade tarifária do Governo. Ele também promete discutir durante o encontro a questão, normalmente realizados, garantido a continuidade da prestação com excelência.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Energia

Jornal da Energia
São Paulo, 01 de Novembro de 2012 - 20:56
MP579:Governo Federal pagará R$ 20 bilhões a geradores e transmissores
Serão R$ 12,9 bilhões para as concessionárias de transmissão e R$7,1 bilhões para as de geração
Por Fabíola Binas, Maria Domingues e Wagner Freire
O Ministério de Minas e Energia (MME) pagará cerca de R$ 20 bilhões para as concessionárias de geração e transmissão com contratos vincendos até 2017, conforme estipula a Medida Provisória 579. Serão R$ 12,9 bilhões para as transmissoras e R$ 7,1 bilhões para as geradoras. Os números constam na Portaria Interministerial 580, publicada nesta quinta-feira (01/11), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
O valor está dentro do saldo atual total da Reserva Global de Reversão (RGR), que segundo a Eletrobras é de R$ 14,5 bilhões em conta e mais R$ 6,98 bilhões a receber das concessionárias nos próximos anos.
Além dos valores de indenização, a Portaria Interministerial 580 também trouxe o cálculo das novas tarifas a serem pagas para as empresas que aderirem às condições de renovação. A Medida Provisória 579 dispõe sobre a renovação dos contratos de concessão com vencimento até 2017, a redução dos encargos para os consumidores e também sobre a modicidade tarifária.
Geração
A lista dos geradores conta com 15 ativos não amortizados e depreciados. Ou seja, não foram contempladas pelos cálculos do governo e não receberão indenização outras 67 hidrelétricas que tiveram seus pedidos de renovação dos contratos de concessão autorizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na semana passada. A soma dos valores que será pago aos geradores é de R$7,1 bilhões.
A companhia com mais ativos a serem indenizados é a Chesf, com cinco hidrelétricas, seguidas por Furnas e Cesp, com dois. Eletronorte, Zona da Mata Geração, DME Distribuição, Celesc e Companhia Hidroelétrica São Patrício receberão indenização apenas por um empreendimento.
De acordo com os cálculos do Governo Federal, a Chesf receberá R$5,1 bilhões. Entraram na lista: Xingó (3.162MW) - com o maior valor de todas as hidrelétricas, de R$ 2,925 bilhões, Paulo Afonso IV (2.462MW), com R$ 360,472 milhões, Luiz Gonzaga (1.687MW), com R$ 1,687 bilhões, Apolonio Sales (400MW), com R$ 84,612 milhões, e Boa Esperança (237,5MW), com R$ 72,783 milhões.
Outra empresa da Eletrobras, Furnas, por sua vez, terá direito a R$ 730,9 milhões por Marimbondo (1.440MW) e Corumbá I (375MW),sendo R$64,37 milhões e R$666,5 milhões, respectivamente. A indenização da Eletronorte será de R$ 35,492 milhões por Coaracy Nunes (67,98MW).
A Cesp, por sua vez, receberá R$1 bilhão, montante muito abaixo dos pelo menos R$8 bilhões estimados pelo secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal. Serão R$ 985,691 milhões por Três Irmãos (807,5MW) e R$ 21,886 milhões por Ilha Solteira (3.444MW).
Transmissores
Já a relação que aponta os valores de indenização para as concessões de transmissão lista nove empresas a serem indenizadas, o que indicou um montante a ser pago de cerca de R$ 12,9 bilhões, valor abaixo dos R$ 15,2 bilhões por ativos não amortizados, calculados pela Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), para contemplar suas oito filiadas que teriam direito a indenização, caso aceitem as condições apresentadas pelo Governo.
O montante maior ficou para a Cteep, que teria direito a receber aproximados R$ 2,89 bilhões, seguida pela Furnas Centrais Elétricas, com um valor indenizatório praticamente igual ao da Ceteep, na casa de R$ 2,87 bilhões. Já a Eletrosul ficou com uma fatia próxima a R$ 1,98 bilhão a receber. Entre as empresas com pagamentos calculados na casa de R$ 1 bilhão, estão a Eletronorte com cerca de R$ 1,68 bilhão e a Chesf, que terá R$ 1,58 bilhão.
Depois das cinco indenizações bilionárias, estão as quatro empresas de transmissão que vão receber milhões, lideradas pela Copel, com a cifra estimada em R$ 893 milhões, seguida pela CEEE, com aproximados R$ 661 milhões. Na lanterna das empresas transmissoras está a Cemig, com algo em torno de R$ 285 milhões e por último, a Celg, que pode receber R$ 98 milhões.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Energia

Energia

Jornal da Energia, 31/10/12
Diretor da Aneel diz que houve falha humana em blecaute
Nelson Hübner disse que um equipamento de proteção não foi devidamente programado,~mas não crê que erro foi intencional
Da redação, com informações da Agência Brasil
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, disse nesta terça-feira (30/10) que houve falha humana no episódio de falta de energia que atingiu os estados do Norte e do Nordeste na semana passada. “Tem falha humana, sem dúvida nenhuma, na programação da proteção de um equipamento. O equipamento não foi devidamente programado”. Ele não acredita, porém, que a falha tenha sido intencional.
Hübner disse que a Aneel está trabalhando em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para buscar as causas dos últimos casos de falta de energia no país. “Estamos buscando uma série de ações para coibir esse tipo de falha. O sistema brasileiro, que é tão sofisticado, tem que ter níveis de cobertura em termos de procedimentos, porque não pode a ação de um elemento qualquer causar um defeito. Temos que ter essas proteções, e é isso que vamos buscar.”
O diretor da Aneel informou que o governo deve publicar nesta quinta-feira (1/11) as regras que as empresas do setor elétrico terão que cumprir para a renovação das concessões que vencem a partir de 2015. As empresas que não se manifestaram dentro do prazo ficarão fora da renovação.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 30/10/12
Consumo de energia elétrica cresce 1,8% em setembro, informa EPE
Classe comercial segue puxando a demanda nacional, com taxa de 6,2% no mês
Da redação
O consumo de energia elétrica no país alcançou 37,6 mil GWh em setembro, o que representa um crescimento de 1,8% em relação a igual período do ano anterior. A classe comercial segue liderando a expansão do mercado nacional de energia elétrica, com taxa de 6,2% no mês. O destaque é a região Sul, onde a elevação foi de 8,4%. As informações são da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que divulgou nesta segunda-feira (29/10) os dados da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica.
Segundo a EPE, o consumo das residências aumentou 2,2% no mês, acumulando crescimento de 4,3% de janeiro a setembro, destacando-se a expansão nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Já o consumo das indústrias, por sua vez, segue impactado pelas incertezas quanto ao cenário externo. Apesar de ter apresentado ligeira melhora (+0,6%) frente a agosto, na série dessazonalizada, recuou 1,3% relativamente a setembro de 2011.
No terceiro trimestre, o crescimento nacional do consumo de eletricidade também atingiu 1,8%.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Energia

O Globo, 26/10/12
Apagão atinge os nove estados do Nordeste, além de áreas de Tocantins, Pará e DF
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), não se sabe ainda o que causou o desligamento nas linhas de transmissão
RIO - Um apagão à 23h14m de quinta-feira (0h14m de sexta no horário de Brasília) atingiu os nove estados da região Nordeste. Concessionárias de Ceará, Maranhão, Paraíba e Bahia confirmaram o blecaute. As redes sociais informam ainda sobre a falta de energia no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Piauí e parte dos estados do Pará, Tocantins, além de parte do Distrito Federal. Em Belém e em Palmas a energia elétrica voltou pouco depois de 1h30m (horário de Brasília).
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão responsável por administrar o Sistema Interligado Nacional, confirmou a falta de luz na região Nordeste, mas não se sabe ainda o que causou o desligamento nas linhas de transmissão. As causas estão sendo investigadas e a prioridade agora é restabelecer a energia.
De acordo com a assessoria da Companhia de Eletricidade do Estado (Coelba) da Bahia, um problema no sistema interligado nacional, do Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS), afetou a região e atingiu todos os consumidores baianos. Ainda segundo a Coelba, a companhia deixou de receber energia para fazer a distribuição. Não há previsão para que o serviço seja restabelecido. A Coelba afirmou que outros estados do país também foram afetados pelo apagão.
A Paraíba também sofreu um apagão que afetou todas as cidades do Estado. De acordo com informações da assessoria de imprensa da concessionária de energia elétrica do Estado, Energisa, o problema não é de distribuição.
No Ceará, a Companhia de Energia Elétrica do Ceará (Coelce), empresa distribuidora de energia no estado, informou que houve um problema no sistema interligado nacional que afetou todo o Nordeste. A companhia não soube informar sobre as causas do blecaute.
Em Fortaleza, moradores dos bairros, Messejana, Benfica, Jardim Iracema, Barra do Ceará, Fátima, Aldeota, Meireles relataram a queda de energia. Moradores de outras cidades do estado como Crato, Juazeiro do Norte, Sobral e Maracanaú usam as redes sociais para falar sobre a falta de energia.
É a segunda vez nos últimos 35 dias que ocorre um apagão na região Nordeste. Em 22 de setembro, segundo o ONS, um problema nas interligações Sudeste/Norte e Sudeste/Nordeste, atingiu o fornecimento de energia elétrica em parte da região Nordeste do país

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Energia

Canal Energia
MP 579: Redução média na tarifa pode superar os 20% estimados
Além dos descontos já previstos, consumidores serão beneficiados ainda com revisão tarifária que excluirá térmicas inutilizadas
Tatiana Resende, da Agência CanalEnergia, Regulação e Política
24/10/2012
De acordo com o o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Nelson Hubner, o desconto na tarifa de energia a partir da desoneração da conta de luz e renovação de contratos de geradoras e transmissoras, previsto na MP 579, poderá superar os 20% estimados inicialmente. Depois de palestrar no XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica, no Rio de Janeiro, o diretor explicou que os consumidores deverão ser beneficiados, além dos descontos já previstos, com a revisão tarifária, que irá considerar a exclusão de usinas térmicas leiloadas e não iniciaram a operação no prazo estipulado.
O diretor disse ainda que, até sexta-feira, 26, a Aneel vai repassar ao Ministério de Minas e Energia todos os valores de indenização dos sistemas de transmissão, onde o governo vai pagar os ativos não depreciados e de geração, que é calculado pelo nível de depreciação de cada usina. Além do valor que será repassado aos atuais proprietários das usinas, a Aneel analisa também o custo de operação e manutenção que a usina terá associado aos encargos como a Tarifa de Uso, a Compensação Financeira pelo Uso do Recurso Hídrico, entre outros.
A previsão é de que o valor da indenização, que segundo Hubner deve ficar em torno de R$ 20 bilhões, seja divulgado oficialmente no dia 1º de novembro. Para o executivo, apesar do alto valor, a Reserva Global de Reversão deverá cobrir o montante. "A MP estabelece que todos esses fundos sejam fundidos e, pela simulação que fizemos, dependendo do valor que a gente tenha que pagar, porque até então só tínhamos estimativas e não o valor correto, nos dois primeiros anos, o dinheiro todo para cobrir essa indenização poderia não dar. Mas aí poderíamos partir para a negociação, ou com as empresas, ou com o Tesouro".
Além disso, Hubner também comentou uma possível discussão com a sociedade sobre a diferenciação de tarifas. Com o sinal regulatório que pode ser dado, há uma intenção para que se comece a discutir uma diferenciação de tarifa entre áreas que possuem redes subterrâneas, que podem custar até dez vezes mais do que redes aéreas, por exemplo. "Por que não é possível ter uma tarifa diferenciada para um consumidor que reside numa área muito mais densamente povoada e que exige um nível de qualidade muito maior?", disse Hubner.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Energia

Canal Energia
Aneel recomenda ao MME renovação de 82 contratos e extinção três concessões de usinas
Na transmissão, a recomendação abrangeu todos os nove contratos com prorrogação solicitada
Sueli Montenegro, da Agência CanalEnergia, de Brasília, Regulação e Política
23/10/2012
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica decidiu encaminhar ao Ministério de Minas e Energia os pedidos de prorrogação das concessões de 82 hidrelétricas e de nove transmissoras com contratos a vencer até 2017. A Aneel vai recomendar a extinção imediata das usinas Paredão, da CERR (RR); Isabel, da Emae (SP); e Piloto, da Chesf; além da não renovação da central geradora Piraí (780 kW), da Celesc, que passará a ter apenas o registro após o término da concessão, conforme previsto na legislação para usinas com potência inferior a 1 MW.
No caso da usina da CERR, a extinção será decretada porque o empreendimento, outorgado em 1984, não foi construído. Embora tenha solicitado a prorrogação, a concessionária não enviou a documentação solicitada pela agência. Já as usinas da Emae e da Chesf estão desativadas.
A Aneel analisou nesta terça-feira, 23 de outubro, as solicitações de renovação para 86 empreendimentos de geração e todos os pedidos relativos às concessões de transmissão enquadrados na Medida Provisória 579. Estão pendentes de análise outros 20 contratos de usinas e 41 contratos de distribuição de energia.
Os processos já analisados incluem 18 usinas da Cemig Geração e Transmissão; 12 da Chesf, 12 da CEEE Geração e Transmissão; oito da Ceslesc Geração; seis de Furnas; cinco da Emae; quatro da Copel e três da Cesp, entre outros. Os contratos de transmissão abrangem o conjunto de empreendimentos da CTEEP; Copel GT; CEEE GT; Celg GT; Cemig GT; Furnas, Eletronorte, Eletrosul e Chesf, todas do grupo Eletrobras.
Em seis processos, o encaminhamento do pedido de renovação ao MME irá acompanhado da recomendação para que o ministério avalie o desempenho dessas usinas e verifique a possibilidade de modernização para aumentar a eficiência operacional. O grupo é composto pela pequena central hidrelétrica Araras e pela UHE Pedra, da Chesf; UHE Sinceridade, da Zona da Mata Geração; PCHs Forquilha e Ijuizinho, da CEEE-GT; e UHE Rio do Peixe, da CPFL Leste Paulista. Todas elas têm garantia física bastante inferior à capacidade instalada.
Três situações mereceram tratamento específico da Aneel, por tratarem de usinas que passaram por ampliações recentes, ainda não amortizadas: a UHEs Pery, da Celesc; Pedro Affonso Junqueira, da DME, de Poços de Caldas (MG) e Edgar de Souza, da Emae. Para esses casos, a sugestão da Aneel é de que seja feita a renovação por 30 anos, com exclusão do sistema de cotas por 20 anos de parte da capacidade instalada cujos investimentos ainda não foram pagos. Nos dez anos restantes, essa capacidade adicional entraria no rateio que será feito pelas distribuidoras, e os geradores passariam a receber apenas o custo de operação e manutenção dos empreendimentos.
Pery, por exemplo, funciona atualmente com 4,4 MW de potência instalada e passará a operar com 30 MW até o ano que vem. A Celesc prevê a entrada de duas novas unidades geradoras, uma delas em dezembro próximo e a outra em fevereiro de 2013.
O pagamento da tarifa cheia por um período de 20 anos é exatamente uma das reivindicações dos geradores cujos empreendimentos não foram beneficiados por uma primeira prorrogação aplicada em 1995 às demais concessões de hidrelétricas que terão vencimento até 2017. É o caso da Cemig, que desistiu de solicitar a renovação das usinas de São Simão, Jaguara e Miranda.
Para o diretor da Aneel Julião Coelho, não cabe à agência o poder de flexibilizar o que está previsto na MP 579, que estende a essas usinas as mesmas condições dadas às demais no processo de prorrogação por 30 anos. "Se a MP for convertida em lei da forma como está hoje, a Aneel não tem como fazer essa prorrogação, a não ser que o Congresso restabeleça o prazo [para solicitação da renovação pela empresa] e reduza o alcance, preservando essa usinas", explicou Coelho.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 23/10/12
Desligamentos de LTs causam interrupção de carga de 1GW na sexta (19), aponta ONS
Como resultado, parte da capital Federal ficou aproximadamente 1h30 sem luz
Por Wagner Freire
O Informativo Preliminar Diário da Operação (IPDO) da última sexta-feira (19/10) aponta que Brasília ficou sem energia por causa de uma sequência de desligamentos automáticos em linhas de transmissão conectadas à subestação Samambaia, de responsabilidade da Eletrobras Furnas.
Segundo o IPDO, ocorreram duas interrupções sequênciais, a primeira iniciada às 14h30 e a segunda às 15h19. No total houve uma interrupção de aproximadamente 1GW de cargas. As causas ainda não foram identificadas, informa o boletim elaborado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).
Em nota, Furnas esclarece que a interrupção no fornecimento de energia ocorrida nesta sexta no Distrito Federal não é de responsabilidade da empresa. "O desligamento teve início em uma linha da Companhia Energética de Brasília (CEB), de Samambaia para Brasília Norte, que posteriormente provocou o desligamento das três linhas, também de propriedade da CEB, que ligam as subestações de Brasília-Sul (de Furnas) à Subestação de Brasília-Norte (da CEB)", escreve.
Histórico
Ás 14h30min ocorreu o primeiro desligamento automático da Barra B2 de 345kV da Subestação Samambaia. Na sequência, as linhas de transmissão Samambaia-Bandeirante C2 e Samambaia - Brasília Sul C2 também foram desenergizadas. Consta ainda o desligamento geral do setor de 138kV da SE Samambaia com consequente corte de energia nas LTs 138kV Samambaia/Rio Vermelho, Samambaia-Monjolo e Samambaia - Brasília Norte. No mesmo instante, segundo o ONS, houve o desligamento automático da LT Brasília Sul/Ceilândia Sul C1 e c2 e a interrupção da geração da unidade número 2 da hidrelétrica Corumbá IV.
Essa primeira interrupção teve como consequência o corte de 400MW de cargas, sendo 300MW de cargas da CEB e 100 MW da Celg. A normalização dos equipamentos, linhas e cargas foram iniciadas às 14h50, sendo que 40 minutos depois todas as cargas já haviam sido recompostas.
Porém, às 15h19 ocorreu um segundo desligamento automático das LTs 138kV Brasília Sul/Brasília Norte C1, C2 e C3 e Samambaia/Brasília Norte. Ao mesmo instante, de acordo com o ONS, ocorreu o desligamento automático da unidade de geração número 2 da hidrelétrica Corumbá III.
Nesta interrupção, 600MW de cargas deixaram de ser transmitidas, sendo 570MW da CEB e 30MW da Celg. A normalização foi iniciada às 15h30 e concluída às 16h03. Neste horário, "todas as cargas já haviam sido recompostas", garante o operador nacional.
As hidrelétricas Corumbá IV e Corumbá III têm, respectivamente, 127MW e 93,6 MW de potência instalada. Ambas estão localizadas no município de Luziânia, em Goiás.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 20/10/12
Aneel pode aprovar edital de leilão pré-Belo Monte na próxima semana
Se a agência reguladora não alterar as cláusulas de vedação de participação, Chesf, Furnas e Eletronorte ficarão fora do certame
Da redação
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) inclui na pauta da reunião ordinária da próxima terça-feira (23/10) a aprovação do edital de transmissão n°7/2012. O certame é um dos mais esperados do ano, pois nele será licitado os sistemas estruturantes para o escoamento da energia gerada pela hidrelétrica Belo Monte (11.233MW), em construção no rio Xingu, no Pará.
O edital do próximo leilão de transmissão, que passou por audiência pública, trouxe uma novidade que limita a participação de empresas que registram problemas frequentes com cronogramas de obras.
Durante reunião do dia 11 de julho, o diretor Julião Coelho, relator do processo, destacou que seria vedada a participação no certame, individualmente ou em consórcio com participação superior a 10%, os agentes que apresentaram atraso médio superior a 180 dias, considerando projetos em andamentos e concluídos nos últimos três anos, e, ao mesmo tempo, acumular três ou mais penalidades já transitadas em julgado.
Dessa forma, Chesf, Furnas e Eletronorte seriam algumas das empresas que ficariam de fora do leilão, que ofertará oito lotes, sendo que os lotes de A e G, que demandarão R$2,8 bilhões de investimento, são as linhas conhecidas como Pré-Belo Monte.
O lote A é formado por seis subestações em 500kv e 1.816 quilômetros de linhas. As instalações passaram pelos Estados de Tocantins, Piauí e Bahia. Já o lote G é composto por três linhas, que somam 961 quilômetros. Essas instalações passaram pelos Estados da Bahia, Minas Gerais e Goiás.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Energia

DIEESE
Renovação das Concessões no Setor Elétrico - Algumas considerações e consequências
A MP 579, do governo federal, estabelece critérios para a renovação das concessões no setor elétrico brasileiro tendo como objetivo a redução das tarifas de energia que, nos últimos anos, ficaram entre as mais caras do mundo. A Nota Técnica 114 analisa os critérios da MP, avalia as mudanças no contexto do setor e as consequências que as medidas podem trazer para as condições de trabalho dos que atuam no setor, já deterioradas nos últimos anos.
Para ler a nota:
http://www.dieese.org.br/notatecnica/notaTec114concessoesSetorEletrico.pdf

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 18/10/12
Instalação de comissão acirra disputa política em torno de renovação das concessões
Formação do grupo foi marcada por briga dentro dos próprios partidos por nomeações e terminou com a escolha de figurões para os principais cargos
Por Fabíola Binas, de São Paulo (SP)
A formação da comissão mista, formada por deputados e senadores, na manhã desta quarta-feira (17/10), para avaliar a Medida Provisória 579, acirrou a disputa política em torno do tema. Houve concorrência dentro dos partidos que desejavam participar do grupo, para indicação de seus representantes. A MP trata da renovação das concessões do setor elétrico e da redução e encargos cobrados dos consumidores.
Conforme adiantou o Jornal da Energia há um mês, o grupo que apreciará as 431 emendas apresentadas por diversas siglas partidárias, terá como relator o senador o Renan Calheiros (PMDB-AL) e como presidente, o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (PT-SP).
“A indicação do Renan Calheiros, que pode vir a ser o presidente do Senado, e do Jilmar Tatto (PT-SP), que é o líder do PT, deixou clara a prioridade com que o governo e os partidos, de uma forma geral, estão tratando essa questão”, comentou à reportagem o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), um dos membros da comissão e que, sozinho, apresentou mais de 90 emendas à medida provisória.
Jardim afirmou que na formação do grupo, ficou clara a disputa interna nos partidos para conquista de uma vaga no processo. “Estão se multiplicando os contatos bilaterais”, disse o deputado ao acrescentar que os partidos estão analisando as emendas e que ele próprio deveria ter uma reunião com o relator Renan Calheiros ainda nesta semana. Jardim acredita que entre os temas que virão a tona, serão mais discutidas questões como os parâmetros para o cálculo da amortização e os valores de referência.
“A expectativa é aprovar a MP o mais rápido possível a fim de evitar dúvidas e insegurança no setor”, declarou o senador Calheiros. Segundo informações passadas pelo gabinete do relator da comissão mista, nesta manhã ficou fechada uma primeira reunião de trabalho para o próximo dia 31, quando será elaborada um agenda de trabalho para o grupo.
O relator nomeado antecipou que as audiências públicas com todos os envolvidos no setor, devem acontecer dando sequência aos trabalhos. Destes encontros vão participar representantes dos governos federal e estaduais, empresas e consumidores. A ideia é fomentar o diálogo, sendo que nesta tarde, o próprio Renan Calheiros teria uma reunião com o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal.
PT
Em seu portal, na tarde desta terça , a liderança do PT ressaltava a nomeação de seus deputados - além do líder Jilmar Tatto, e do deputado Weliton Prado (PT-MG), ambos titulares, a comissão mista conta ainda com José Mentor (SP) e Jesus Rodrigues (PI) como suplentes do grupo que vai analisar a matéria.
MP 577
O vice-líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), criticou parlamentares tucanos por emendas prejudiciais à 579. “Nós estamos discutindo aqui interesses da nação que não podem ser sobrepostos a interesses regionais ou de empresas”, opinou. Para Ferro a lógica colocada pela MP é recompor a realidade dos custos de energia, pois há um paradoxo, onde o custo de geração é baixo por conta hidreletricidade, mas tarifa é uma das mais caras, pois custos praticados pelas distribuidoras é alto.
Ferro foi nomeado para para presidir a comissão que vai tratar de outro assunto de peso para o setor: a MP 577/12 , sobre a extinção das concessões de serviço público de energia elétrica e a prestação temporária desse serviço.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Jornal da Energia

Eletrobras prevê que 2013 será difícil e já estima queda anual de R$ 6 bi na receita
Presidente José da Costa Neto desmentiu boatos e garantiu não ter recebido ordem do Governo Federal para venda de distribuidoras
Por Wagner Freire, de São Paulo (SP)
O cenário criado no setor elétrico com a edição da Medida Provisória 579 já faz com que o presidente da Eletrobras, José da Costa Neto, fale abertamente em redução de custos na estatal brasileira. Segundo o executivo, com a diminuição da receita causada pela renovação de concessões que vencem até 2017, a empresa precisa se preparar para esse novo contexto e prevê corte de pessoal, redução na contratação de serviços de terceiros, entre outras despesas previstas para serem enxugadas.
A estimativa preliminar de Costa Neto é de que a Eletrobras perca pelo menos R$6 bilhões ao ano de receita. "É uma simples estimativa. Nós só vamos poder falar no montante exato quando tivermos os valores da receita de operação e manutenção (que serão apresentados pela Aneel em 1º de novembro)", disse nesta terça-feira (16/10), após participar do seminário sobre a Renovação das Concessões do Setor Elétrico, promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), em São Paulo.
Segundo Neto, o ano de 2013 será o ano mais difícil para a Eletrobras. "Ao mesmo tempo em que é o ano que vamos dar uma guinada em termos de redução de custo, de gestão. Esperamos que seja o início de uma nova caminhada da empresa."
Quanto aos boatos de que a Eletrobras poderia se desfazer de suas distribuidoras federalizadas, o executivo garantiu que não recebeu nenhuma orientação do governo nesse sentido. "O que estamos fazendo é a opção por reduzir custos, aumentar a lucratividade, além de algumas análises de reestruturação organizacional e societária", disse.
Neto falou ainda sobre o valor da indenização esperada pela estatal pelos ativos não amortizados. "Não sabemos ao certo, mas R$20 bilhões não pagaria a Eletrobras", afirmou.
Apesar da previsão de redução da receita, Neto disse que a estatal continuará investindo nos próximos anos. "Queremos continuar com o nosso market share. Inclusive em todas as simulações que temos feito, notamos que precisamos aumentar nossa participação.”
O executivo também não prevê dificuldades na captação de recursos para novos investimentos. "Acredito que nesse caso vamos ter todo o apoio do governo federal na obtenção dos recursos necessário. Até porque as usinas e o sistema de transmissão do Amazonas e as grandes interligações da América do Sul só se viabilizam se a Eletrobras estiver presente. Somos um instrumento essencial para o setor elétrico brasileiro."

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 16/10/12
Furnas receberá R$4 milhões para reforçar instalações de transmissão
Aval da agência reguladora foi concedido durante reunião de diretoria na última terça-feira (9/10)
Da redação
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou Furnas a realizar reforços em suas instalações de transmissão. A partir da operação comercial dos reforços, a subsidiária do Grupo Eletrobras terá direito de receber novas parcelas de Receita Anual Permitida (RAP), que somam R$4 milhões. A autorização foi concedida durante reunião da agência na última terça-feira (9/10),
As obras a serem realizadas compreendem a substituição parcial de cabos pára-raios da linha de transmissão Mogi das Cruzes - Atibaia II; instalações de transformador reserva na Subestação Tijuco Preto; além da implantação de módulos de conexão no seccionamento da linha de transmissão Santa Cruz - Jacarepaguá I.
A RAP é estabelecida pela Aneel para remunerar os investimentos das concessionárias em instalações de transmissão de energia elétrica. Essa receita também cobre os custos de operação e manutenção que as empresas têm com esses empreendimentos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Energia

Jornal da Energia
Furnas decide prorrogar contratos de todos ativos com vencimento até 2017
Empresa comunicou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta quinta-feira (11)
Da redação
Furnas anunciou nesta quinta-feira (11/10) ter comunicado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) seu interesse em prorrogar a concessão de todos os ativos com vencimento até 2017, pelo prazo de até 30 anos, em atendimento à Medida Provisória 579.
“Análise preliminar dos números mostra que a empresa já está ajustada ao novo cenário do setor elétrico brasileiro, com seus custos equilibrados, e preparada para as receitas previstas com os parâmetros estabelecidos pelo governo. Isso permite que Furnas continue cumprindo o objetivo da empresa, o de operar e manter as suas usinas, linhas e subestações”, destaca o presidente de Furnas, Flavio Decat.
O conjunto de empreendimentos de geração cuja prorrogação foi solicitada inclui as usinas de Furnas (MG), Luiz Carlos Barreto de Carvalho (SP/MG), Marimbondo (MG), Funil (RJ), Corumbá (GO) e Porto Colômbia (MG/SP), que, juntas, somam 4.617 MW de capacidade instalada. Já o sistema de transmissão compreende 46 subestações e 151 linhas que totalizam 18.500 km de extensão, por onde passa 40% de toda a energia consumida no País.
Junto com a manifestação favorável à prorrogação, foram entregues os documentos comprobatórios de regularidade fiscal, trabalhista e setorial e de qualificação jurídica, econômico-financeira e técnica relativos ao serviço prestado, além dos projetos básicos de cada um dos empreendimentos de geração.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 11/10/12
Governo se debruça sobre MP 579
Comissão mista, com deputados e senadores, deve ser formada no dia 16 de outubro para análise da Medida Provisória
Por Fabíola Binas, com informações da Agência Brasil
O Governo tem trabalhado a todo vapor para garantir que MP579, que trata da renovação das concessões do setor elétrico e da redução e encargos cobrados dos consumidores de energia, trate de seguir entre os temas prioritários na sua agenda de interesses. Na manhã desta quarta-feira (10/10), aconteceu no Ministério de Minas e Energia (MME), a primeira reunião para discussão das 431 emendas com propostas de alterações ao conteúdo da medida.
Bastou passar o primeiro turno das eleições para que as principais figuras do governo se debruçarem sobre as emendas, rumo ao objetivo de garantir a aprovação da medida sem desfigurar dos princípios centrais propostos. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, entre as propostas há “emendas que extrapolam” o teor da MP, sendo que será feita um análise do que é possível ser aceito.
Do encontro ocorrido nesta manhã, participaram ainda o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Luis Adams e o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Antônio Henrique.
Comissão
O Jornal da Energia havia adiantado há duas semanas, a intenção dos parlamentares de instalar a comissão especial mista que avaliará a MP579, no dia 16 de outubro. O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), que foi indicado para presidir o grupo de trabalho, disse a data fazia todo sentido, pois haveria a eleição e, logo em seguida, uma semana para fazer os acertos necessários para instalar a comissão.
Em contato com o gabinete de Tatto nesta tarde, a reportagem confirmou com a assessoria que os parlamentares estão se movimentando para abrir os trabalhos na próxima terça. O senador Renan Calheiros continua o indicado para ser o relator da MP, de acordo com seu escritório em Brasília. A instalação da comissão promete um debate acirrado por conta das mais de 400 modificações apresentadas e a intenção do governo em não ceder facilmente.
Para se ter uma ideia, só o deputado Arnaldo Jardim (PPS/SP) apresentou sozinho, mais de 90 emendas ao texto da MP. Ele afirmou na época que todos os interessados estão se preparando para entrar no debate. Já a liderança do governo na Câmara, representada pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP) respondeu ao JE que serão mobilizados os partidos da base “para garantir a aprovação da medida sem desfigurar os princípios centrais que garantem a redução tarifária para os consumidores de energia”.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 10/10/12
Para especialista da Unesp, problema em Furnas foi pontual
Canesin ressalta, porém, que o país precisa aumentar capacidade de geração e transmissão urgentemente
Por Fabíola Binas
Ao analisar a pane ocorrida em uma subestação de Furnas, na última quarta-feira (3/10), que provocou interrupção do fornecimento de energia em parte das regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste e Norte do país, um especialista da Universidade Estadual Paulista (Unesp), analisou que a ocorrência não está relacionada à problemas com a demanda.
“O fato não tem nada a ver com a demanda, visto que ela, no contexto nacional, estava dentro da capacidade”, comentou Carlos Alberto Canesin, especialista em engenharia elétrica da Unesp de Ilha Solteira, ao acrescentar que, apesar de não ter feito uma investigação mais profunda a respeito, os indícios apontam para um problema local da rede de distribuição.
Em declarações dadas ao Podcast da Unesp, ele lembrou que mesmo que a ocorrência não tenha tido relação com a questão da demanda, o país, passa por uma necessidade urgente do aumento da capacidade. “As questões que envolvem isso demandarão no futuro próximo ampliação significativada nossa capacidade de geração e transmissão.”, disse.
Canesin crê na necessidade de que sejam exploradas as fontes disponíveis, como os grandes complexos hidrelétricos. “Existem projetos que estão há décadas em discussão e planejamento, com uma lenta execução das obras”, afirmou ao listar que entre os entraves, está a legislação imposta pelo país e as questões sociais de impacto ambiental. “O país tem que ter a determinação de que esta fonte tem que ser explorada e colocada ao bem do serviço público”, finalizou.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Energia

Jornal da Energia, 09/10/12
Governo quer "pente fino” em transmissão
Ideia é prevenir panes como a que ocorreu na semana passada, em subestação de Furnas
Da redação, com informações da Agência Brasil
O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann declarou nesta segunda-feira (8/10) que que o governo quer promover um “pente fino” no sistema de transmissão de energia, ainda este ano, com técnicos das próprias empresas. O objetivo é prevenir panes no sistema elétrico, como as que deixaram várias regiões do país no escuro, na última semana.
De acordo com Zimmermann, a ideia é criar uma estratégia de vistoria com intercâmbio de técnicos do setor para revisar procedimentos, com apoio de especialistas de universidades. “Na área nuclear, periodicamente, uma equipe de tal país vem ao Brasil avaliar o funcionamento dos protocolos. A equipe do Brasil vai para outro país, de forma que alguém olhando de fora, faz uma rechecagem dos procedimentos. Queremos fazer isso entre as empresas de transmissão”, explicou.
O ministério estuda a criação de uma resolução para disciplinar a estratégia, que será apresentada à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A meta é iniciar a revisão nas empresas públicas e também nas concessionárias de transmissão de energia em 2012. “Começaremos o pente fino nas subestações mais importantes”, avisou o secretário.