segunda-feira, 31 de maio de 2010

Canal Energia

Belo Monte equivale a menos do que é desmatado diariamente na Amazônia, afirma especialista
Nos últimos anos, em média, todo dia são pelo menos 500 quilômetros quadrados a menos de florestas, equivalente à área a ser alagada, segundo Ivan Camargo
Da Agência CanalEnergia, Meio Ambiente
28/05/2010
O total de área a ser alagada pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte corresponde a menos do que é desmatado em um dia na Amazônia. Isto é o que afirmou o professor Ivan de Toledo Camargo, da Faculdade de Tecnologia da Univerdade de Brasília. durante o 27º Fórum Brasil Europa, realizado na última quinta-feira 27 de maio. “Belo Monte equivale a menos do que é desmatado diariamente na Amazônia. Nos últimos anos, em média, todo dia são pelo menos 500 quilômetros quadrados a menos de florestas. É uma dimensão muito próxima ao que está previsto em termos de área a ser alagada por essa hidrelétrica, que garantirá boa parte da energia a ser consumida no país”, disse o professor, que integrou a Câmara de Gestão da Crise durante o racionamento de energia em 2001.

O engenheiro eletricista também falou sobre o uso de energia solar no Brasil através de painéis de captação. Segundo ele, "é um equívoco encher o país de painéis de energia solar". "Esse tipo de energia só é indicado para as comunidades isoladas do país", afirmou Camargo. "Nem a energia solar nem a eólica são a solução para o Brasil. Primeiro por serem sazonais, ficando interrompidas em períodos do ano. Precisamos investir pesado nas eólicas, mas tendo em mente a necessidade de sistemas complementares, provavelmente à base de hidrelétricas e de biomassa”, complementou.

O especialista sugeriu o uso do bagaço de cana de açúcar nesses sistemas complementares, seguindo o exemplo da Europa, que utiliza usinas térmicas para complementar a energia eólica. “O Brasil possui 9 milhões de hectares dedicados a plantações de cana-de-açúcar. Em 2020 serão 12 milhões. Ou seja: teremos ainda muita energia que poderá ser gerada a partir da biomassa”, avalia o professor.

Com informações da Agência Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário