segunda-feira, 16 de abril de 2012

Energia

Jornal da Energia, 14/04/12Estudo coloca Brasil no top 10 mundial de energia limpaPaís acelera crescimento da geração eólica e se torna líder global em capacidade instalada de biomassaPor Luciano Costa
A expansão eólica, junto com as usinas a biomassa, pequenas hidrelétricas e biodiesel, coloccou o Brasil no top 10 mundial de energia renovável. A nova posição do País aparece no relatório Who´s winning the clean energy race? (Quem está ganhando a corrida da energia limpa), produzido pela Pew Charitable Trusts, organização dedicada a estudos e análises ligadas a políticas públicas.Em 2011, o País recebeu investimentos de US$8 bilhões nessas fontes, com a instalação de 400MW eólicos e 1,9GW a biomassa. Com isso, o Brasil apareceu na décima colocação entre os países com mais aportes no setor - em uma lista que ainda inclui o "Resto da Europa" em quinto lugar.Os recursos destinados à geração limpa cresceram 15% entre 2010 e 2011 no País, o que o põe em nono lugar nesse ranking anual. Os brasileiros ainda aparecem no top 10 de crescimento acumulado entre 2006 e 2011, tanto por valores quanto por GW instalados. Na lista dos países que mais evoluíram em capacidade instalada renovável nos últimos cinco anos, aliás, o Brasil se destaca no terceiro lugar, com 49% de expansão - atrás apenas de China (92%) e Turquia (85%).No mundo, os investimentos em geração limpa somaram US$237,2 bilhões em 2011, o que representa um avanço de 6,5% frente a 2010 - excluídos aportes em pesquisa e desenvolvimento. O número é quase 600% superior aos desembolsos de 2004, quando o relatório da Pew começou a ser divulgado anualmente."O custo da geração eólica e solar está caindo rapidamente, com os preços de módulos fotovoltaicos tendo caído 50% somente em 2011", aponta o texto. Pela análise, a junção de valores mais baixos com taxas de retorno menores acelerou esses setores nos últimos anos. Foram 83,5GW em potência instalada em 2011, sendo 43GW a vento e 29,7GW solares.O ano também marcou o retorno dos Estados Unidos à liderança nos investimentos, com US$48 bilhões, contra US$45,5 bilhões da China. Apesar do ritmo mais fraco do país asiático, que estagnou e teve avanço de apenas 1% frente a 2010, o relatório destaca que o governo local aprovou leis que devem acelerar a implantação futura de usinas solares. Os chineses têm a meta de chegar a 2020 com 50GW da fonte e, para isso, adotaram em 2011 um programa de tarifas feed-in pela primeira vez. A medida é considerada importante para a indústria solar mundial caso a demanda na Europa caia como o previsto.

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