segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Energia

Canal Energia
UHE Colíder: sindicato diz que obras continuarão paralisadas até reconstrução dos alojamentos
Contrato com mais de 2 mil trabalhadores será rescindido, ainda segundo o Sintecomp
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Recursos Humanos
15/02/2013

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil Pesada de Mato Grosso, Adão Pereira Julião, disse que em reunião ocorrida na última quinta-feira, 14 de fevereiro, em que participaram os trabalhadores da obra da UHE Colíder, ficou decidido que os contratos de mais de 2 mil operários serão rescindidos. Isso porque, ainda de acordo com ele, as cidades de Nova Canaã e Colíder não tem como abrigar os trabalhadores, visto que os alojamentos no canteiro de obras foram incendiados.

"Os trabalhadores estão alojados em um ginásio em situação precária. As cidades de Nova Canaã e Colíder não tem condições de abrigar mais de 2 mil trabalhadores. A solução foi rescindir os contratos visto que a obra não tem condições de ser retomada. Todos os trabalhadores receberão seus direitos e a empresa vai indenizar tudo o que foi queimado e eles voltarão para casa", contou Julião à Agência CanalEnergia. O presidente do sindicato explicou que a obra está impossibilitada por 30 dias, tempo em que será realizada a perícia no local. No último dia 11 de fevereiro, um grupo de trabalhadores depredou e incendiou instalações no canteiro de obras da hidrelétrica.

Após o tempo da perícia, ainda segundo Julião, os alojamentos e as instalações terão de ser reconstruídas e os trabalhadores recontratados. Para ele, a obra só será retomada em quatro ou cinco meses. O presidente do Sintecomp ressaltou que os atos de vandalismo foram praticados por uma minoria - entre 30 e 40 trabalhadores - e que não existia motivo de reivindicação. "Os atos foram praticados por uma minoria. A maioria dos trabalhadores estava de baixada ou no feriado de carnaval", comentou. O Consórcio Construtor Colíder informou que estão sendo realizadas demissões parciais, mas não soube precisar o número de trabalhadores que terão seus contratos rescindidos. O motivo das demissões é a dificuldade de acomodação dos funcionários.

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