sexta-feira, 1 de junho de 2012

Energia

Canal Energia
Light aguarda parecer do MME sobre concessão da UHE Itaocara
Usina licitada há dez anos precisa de novo período de concessão para ser viável, segundo empresa. Investimento é de R$ 750 milhões
Isabel Correia, da Agência CanalEnergia, de Paracambi (RJ), Negócios e Empresas
31/05/2012
A Light está aguardando o parecer do Ministério de Minas e Energia sobre a hidrelétrica de Itaocara I (RJ-150MW), que foi licitada há dez anos, e ainda não recebeu licença ambiental. Segundo o diretor de energia da companhia, Evandro Vasconcelos, a licitação da usina foi feita sob o antigo do modelo do setor, no qual a concessão era emitida antes da licença ambiental.
Com a demora no processo de licenciamento, a empresa já perdeu um terço da receita da usina, o equivalente a 12 anos, dos 35 de concessão. O executivo afirma que para que a hidrelétrica se torne financeiramente viável, será necessária uma nova concessão, que reiniciasse a contagem dos 35 anos. De acordo com Vasconcelos, a Agência Nacional de Energia Elétrica já se pronunciou favorável à Light e recomendou ao MME que homologasse o pedido.
Outro pleito da companhia é em relação ao Uso do Bem Público, que deveria começar a ser pago em junho. “Nós temos que pagar uma coisa que a gente não sabe nem se vai fazer ou não. Se o governo não der a contagem da concessão a partir de hoje o projeto não é viável financeiramente”, afirmou.
Segundo o diretor, dez usinas passam atualmente pelo mesmo problema. O executivo lembrou que a Abiape, está entrando com uma ação junto à Receita Federal para tentar adiar o pagamento do UBP, e se não for possível, a entidade entrará com ação liminar pedindo a suspensão do pagamento até o início da operação das usinas, conforme antecipado pela Agência CanalEnergia esta semana.
O projeto de Itaocara foi planejado inicialmente com a potência de 200 MW. A pedido do Ibama, a empresa reviu a repartição das quedas e transformou em duas hidrelétricas, Itaocara I, de 150 MW, e Itaocara II, de 50 MW. O investimento para as duas usinas seria de R$ 1,1 bilhão. Para a Itaocara I, o investimento total com custos ambientais é de R$ 750 milhões.
Caso as obras de Itaocara I comecem em março, como planeja a Light, a hidrelétrica estará operando dentro de dois anos. Já a Itaocara II, não pertence mais à companhia e terá sua concessão licitada novamente. Se for do interesse da Light realizar a obra, a empresa terá que concorrer com as demais, e quem apresentar o melhor estudo energético e o melhor projeto ganhará a concessão.

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