segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Energia

Canal Energia
Meio ambiente predomina em projetos de P&D 2009 de Furnas Eficiência energética e gestão de bacias de reservatórios também estão entre os temas.
Prospecção pública acontece até o próximo dia 18 de setembro
Da Agência CanalEnergia, PeD 28/08/2009

Furnas abriu prospecção pública de propostas para projetos de Pesquisa & Desenvolvimento para o programa de 2009. Até o próximo dia 18 de setembro, as instituições de pesquisa interessadas poderão analisar as 37 demandas e enviar propostas à companhia. De acordo com o gerente da assessoria de suporte à Pesquisa & Desenvolvimento de Furnas, Renato Norbert, a temática predominante dos projetos para este ano envolve meio ambiente com nove demandas. Seis projetos tratam de eficiência energética e cinco demandas estão relacionadas à gestão de bacias de reservatórios.Esta é a primeira vez que Furnas realiza prospecção pública de projetos de P&D pela internet. "Anteriormente os profissionais da companhia faziam independentemente contato com instituições de pesquisa, o projeto era analisado pelo comitê de Furnas e, se fosse aprovado, era submetido à Aneel no bloco de projetos", disse Norbert. A mudança, ainda segundo o executivo, foi uma recomendação da auditoria da companhia.Diferentemente do que ocorreu nos ciclos anteriores, Furnas encontra dificuldades para identificar o valor de investimento para os projetos deste ano devido a atrasos de projetos de outros ciclos. "Os projetos do ciclo 2006/2007 ainda não iniciaram. Então, uma grande quantidade de projetos vai começar em setembro e só quando a gente souber efetivamente quais serão iniciados teremos esse valor. Aí é que a gente vai ter uma noção exata de quanto teremos para o programa de 2009", explicou Norbert.Com o atraso na aprovação de programas de ciclos anteriores, uma das conseqüências destacadas pelo executivo é que as equipes das faculdades se desfazem, o que adia ainda mais a execução dos projetos. Anualmente, Furnas tem investido entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões anualmente em projetos de P&D. Os atrasos, no entanto, não vão interferir na execução de projetos de 2009, uma vez que poderão ser feitos mesmo que os dos programas de períodos anteriores não tenham sido executados ainda. "Eventualmente, pode haver projetos do ciclo 2006/2007 que venham a iniciar pouco antes, junto ou até depois do programa de 2009. É uma consideração estranha, mas quanto menos projetos forem executados nos ciclos anteriores mais dinheiro teremos para executar nesse ano".Diferentemente das normas do manual de P&D de 2006 da Aneel, cujo programa anual era aprovado em bloco pela Aneel, o documento de 2008 prevê que os projetos sejam analisados individualmente e a avaliação inicial de cada projeto para verificar se se caracteriza como atividade de P&D será optativa. Para Renato Norbert, o manual atual é mais "realista"."Quando havia os ciclos, a Aneel datava o início de todos os projetos, que deveriam ser executados a partir daquela data. Se atrasasse, teríamos que justificar esse atraso. O manual atual é mais realista porque o projeto só inicia quando efetivamente a empresa informa e encaminha a proposta à agência. A quantidade de ofícios que a gente troca hoje com a Aneel justificando atraso de projetos vai diminuir muito, porque esses projetos serão melhor administrados. A mudança na regra foi muito positiva", disse. Furnas espera que os projetos de 2009 comecem a ser encaminhados à Aneel no final deste ano ou no início de 2010.Ciclos anteriores - De acordo com despacho publicado no Diário Oficial da União no último dia 9 de julho, os programas do ciclo 2006/2007 devem ser iniciados em setembro. Já o programa de 2008 já tem um projeto iniciado, que trata da gestão de P&D. Envolve, entre outras questões, gastos que as equipes têm pra promover o P&D na empresa, participação em congressos e seminários na área.Além disso, Furnas tem aprovados dois projetos estratégicos pela Aneel, que são aqueles cujo subtema é de grande relevância para o setor elétrico e exige um esforço conjunto e coordenado de várias empresas e entidades executoras. Um deles chama-se "Alternativas não convencionais para transmissão de energia elétrica por longas distâncias". O projeto, que tem a Eletronorte como proponente e Furnas como uma das cooperadas, já está na fase de negociação e assinatura de contrato. A previsão é que o projeto seja iniciado em novembro deste ano. O investimento que Furnas utilizará é da ordem de R$ 355 mil no primeiro ano e R$ 190 mil no segundo ano.Outro projeto tem como tema o monitoramento da emissão de gases de efeito estufa em reservatórios de usinas hidrelétricas. Por ter caído em exigência na Aneel, o projeto será submetido pela segunda vez à agência na próxima sedia 31 de agosto. A proponente também é a Eletronorte e as cooperadas são Furnas e Chesf e o Cepel é o coordenador tecnico. Serão investidos cerca de R$ 5,5 milhões no primeiro ano e R$ 3,5 milhões no segundo.

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