terça-feira, 18 de agosto de 2009

Folha de São Paulo

18/08/09 - Com reservatórios cheios, conta de luz pode ficar mais barata em 2010 LORENNA RODRIGUES da Folha Online, em Brasília
Os reservatórios das hidrelétricas brasileiras atingiram em agosto o maior nível de água armazenada dos últimos 10 anos. De acordo com o diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Hermes Chipp, por conta disso não será necessário acionar usinas termelétricas adicionais até o fim do ano --o que pode significar uma economia na conta de luz do brasileiro em 2010, já que as térmicas são mais caras do que as hidrelétricas. Fora algumas termelétricas de produção mais barata, como as nucleares Angra 1 e 2, essas usinas só são acionadas quando é necessário poupar água nos reservatórios das hidrelétricas por algum motivo. No ano passado, por exemplo, que teve um início com poucas chuvas, térmicas a gás ficaram ligadas praticamente o ano inteiro e outras a carvão também foram utilizadas. Isso contribuiu para encarecer a energia e 2009 foi marcado por reajustes significativos nas contas de luz --na Eletropaulo, por exemplo, o aumento chegou a 13%. De acordo com o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hubner, além das chuvas terem sido muito maiores inclusive no período seco este ano --no Sul está 200% acima da média histórica-- a queda da demanda por energia elétrica por conta da crise econômica também contribuiu para poupar água nos reservatórios. Para Hubner, algumas distribuidoras de energia elétrica podem ter um reajuste negativo em 2010 porque, a alteração deste ano levou em consideração uma previsão de compra de energia térmica que não se concretizou. "Fizemos uma previsão de geração de térmica [que não ocorreu] e, por causa disso, pode dar uma tarifa negativa para algumas empresas", afirmou, acrescentando que a queda do dólar também pode contribuir para isso, já que deixa a energia comprada de Itaipu mais barata. Em pleno período seco, os níveis dos reservatórios da Região Sul estão em 85,8%, na região Nordeste 80,7%, no Norte 75,9% e no subsistema Sudeste/Centro-Oeste 74,1%.
IFE: nº 2.556 - 17 de agosto de 2009Editor:Prof. Nivalde J. de Castro

Nenhum comentário:

Postar um comentário